segunda-feira, 20 de agosto de 2007

A IGREJA TEM UM ALTAR

A Igreja tem um Altar

A paz de Cristo. Tomo a liberdade por meio deste artigo de continuar abordando o tema altar. Só que agora pautando a Igreja, partindo para a coletividade. A Igreja existe em Cristo e através de Cristo. E, por isso, é uma realidade distinta do Novo Testamento.
A Igreja é a família de Deus, é o seu rebanho (Jo 10:16), é o seu Israel (Gl 6:16), o corpo e a noiva de Cristo (Ef 1:22-23, 5:23-32), e santuário do Espírito Santo (1 Co 3:16). É uma comunidade que presta culto a Deus, cujas portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18).
E quais são as tarefas da Igreja em nossos dias?
Deus confiou a mensagem de Cristo à Igreja a fim de que essa mensagem seja propagada a todos os homens do mundo. A Igreja é o corpo de Cristo na Terra. O pensamento da cabeça que é Jesus Cristo manifesta-se por intermédio do corpo que é a Igreja. Sem um corpo a cabeça não tem como se expressar. Na atual dispensação Deus abençoa os homens por meio da Igreja, que é um agente abençoador. Devemos sempre lembrar que Deus confiou Cristo, o Espírito Santo e Sua Palavra à Igreja. A Igreja é um alto-falante de Deus aqui na Terra. A responsabilidade da Igreja é enorme.
A Igreja (Instituição Eclesiástica) tem um altar, ou se preferir, vários altares. Conforme abordado no estudo anterior, altar é lugar de sacrifício, é o lugar onde Deus requer o nosso melhor. Em Levítico 3:13 a Palavra declara que o fogo arderá continuamente no altar; não se apagará. Em Romanos 12, o Apóstolo Paulo declara que devemos apresentar o nosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus... Será que a Igreja deste século tem sacrificado o melhor a Deus? Como será que está o Altar da Igreja perante o Todo-Poderoso. Se nos pautarmos nas Escrituras Sagradas que são a nossa regra de fé, veremos que alguns altares precisam ser restaurados urgentemente na Igreja. São eles:

Altar da Palavra;
Altar da Unidade;
Altar da Santidade;
Altar do Amor;
Altar da Esperança.

Devido ao tamanho do texto já escrito até aqui, vou limitar-me a abordar o Altar da Palavra e na semana quem vem abordo os demais altares.

Altar da Palavra: Todos sabemos que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus. Também sabemos que Deus vela pela Sua Palavra, mas que o povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento (Os 4:6).
O Altar da Palavra está quebrado em muitas igrejas. Temos contemplado na mídia, em livros, púlpitos, youtube, etc., as coisas mais absurdas em relação à Palavra de Deus. É texto fora de contexto, nenhuma regra de interpretação, distorção e invenções da Palavra, invenções de termos que não constam em lugar algum das Escrituras. Em muitos púlpitos a sequidão já impera, pois o Rio de Águas vivas já não flui devido ao abandono da Palavra. Tudo está sendo relativizado. Estão dizendo coisas que o Meu Mestre Jesus não disse. Estão dizendo “Assim diz o Senhor quando Deus na verdade nada falou”, Jeremias 23 aborda sobre isso. Tudo aquilo que não possui respaldo bíblico deve ser rejeitado e abolido da Igreja. O louvor é importante, assim como os demais ministérios, mas nada, absolutamente nada substitui a Palavra de Deus. O nosso pão diário. A Bíblia Sagrada é o manual de vida do povo de Deus, é o leme dos navegantes, a bússola da fé e o GPS que nos guia sempre pelos melhores caminhos. A Santa Palavra é lâmpada para os nossos pés. Mas muitas igrejas estão caminhando no escuro por terem abandonado a genuína palavra. Os homens estão procurando métodos e Deus está procurando Igrejas que sejam fiéis à Sua Palavra. Essa crise de identidade do meio eclesiástico, esse troca-troca de denominações por parte de seus membros e essa falta de autoridade que a Igreja alcançou é fruto da distorção da Palavra. Jesus pregava uma palavra simples e poderosa. O Autor e Consumador da nossa fé é Jesus Cristo. Assim como também é a Cabeça da Igreja. Voltemos a focar a Palavra de Deus, dessa forma o altar voltará a fumegar. É Deus quem dá o crescimento e que vela pela Sua Palavra. Pregando a Palavra Deus, o Senhor aceitará a nossa oferta, o nosso sacrifício no altar, a chama não se apagará.

Continua na próxima semana...

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

TEMOS UM ALTAR

Temos um altar

A paz de Cristo. A Palavra de Deus declara em Hebreus 13:10 que nós temos um altar. A palavra altar aparece nas Escrituras Sagradas cerca de 322 vezes. Altar no Antigo Testamento era o local onde o sacrifício era oferecido ao Senhor.

O povo israelita sabia da importância do altar e construíam-no de acordo como Deus havia determinado por intermédio de Moisés. Um altar construído de qualquer forma não possuía valor algum. E sacrifício feito em altar quebrado não é recebido pelo Senhor. Elias no Monte Carmelo no confronto com os profetas de baal ofereceu sacrifício ao Senhor após restaurar o altar que estava quebrado e o fogo desceu do céu em resposta.

Altar é lugar de adoração, agradecimento, reconciliação, arrependimento, sacrifício, desafio, aprovação e misericórdia.

A cruz foi o altar escolhido por Deus. E Deus sacrificou o Seu Melhor: Jesus Cristo, o meigo nazareno, o Cordeiro que tirou o pecado do mundo. Graças ao sacrifício de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, não precisamos mais fazer como se fazia no Antigo Testamento, quando era preciso sacrificar bois, outros pombos, cordeiros. Cristo se fez cordeiro para humanidade.

Deus pediu a Abraão o seu melhor, Isaque. Deus também quer o nosso melhor. Como está o seu altar diante de Deus? Restaure o seu altar na presença do Eterno de Israel e ofereça seu sacrifício com jejuns, súplicas e orações. O meu pastor sempre declara que sacrifícios sem custos não são sacrifícios e que não devemos ofertar a Deus algo que não nos custe nada. Chegou o dia de reparar o altar e ofertar o melhor. O véu se rasgou graças ao altar e ao santo sacrifico, cujo sangue verteu por mim e por você. Seja um Abraão e edifique muitos altares para Deus.

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Aparência – Fator determinante

Aparência – Fator determinante

A paz de Cristo. Quero abordar neste artigo o tema “aparência”. O novo Aurélio define aparência como: Aquilo que se mostra à primeira vista, exteriormente, aspecto, sinal exterior. Desde a antiguidade a aparência vem sendo abordada, inclusive, a Bíblia Sagrada, tanto no Velho quanto no Novo Testamento relata-nos acerca da aparência de vários personagens como: Lúcifer, Adão, Eva, Sansão, Absalão, Davi, Paulo, e até mesmo acerca do Mestre Jesus, que, segundo a Palavra não possuía qualquer beleza ou majestade que nos atraísse.

A aparência no âmbito social tornou-se um fator determinante. Para concorrer a uma vaga de emprego, o candidato deve enviar o currículo juntamente com sua foto, acredito piamente que mesmo tendo uma boa bagagem profissional, não tendo boa aparência, dificilmente obterá a vaga, estou dando esse diagnóstico por inferência. No “American Idol Britânico” me chamou a atenção um calouro gordinho, com um dos dentes quebrados, alguém que não se enquadra nos padrões de beleza dos nossos dias. Os jurados ao vê-lo estamparam em seus rostos deboche e o candidato não se abalou. E quando abriu a sua boca, cantou ópera de tal maneira que deixou Simon Cowell, um dos jurados mais críticos, simplesmente de boca aberta. O julgamento pela aparência traiu o corpo de jurados e milhares de pessoas na platéia que romperam em lágrimas. Afinal, como um cara de dente quebrado, gordinho e vendedor de celular poderia cantar ópera? Não é um perfil da sociedade contemporânea.

Nada melhor que números para se comprovar aquilo que se diz. Veja bem, hoje o Brasil já ultrapassa os Estados Unidos em número de cirurgias plásticas estéticas, tornando-se o país que mais fez esse tipo de intervenção no mundo. Eu disse do mundo. Segundo a jornalista de beleza Inês de Castro, nós temos uma média de 01 milhão de plásticas por ano nos dias de hoje, sendo 40% lipoaspirações. E dados recentes apontam que a juventude também entrou na onda de fazer cirurgia plástica. Não sou sociólogo, nem antropólogo para aprofundar-me em paradigmas sociais brasileiros, mas quero fazer algumas considerações à luz das Escrituras Sagradas rapidamente.

Em relação ao julgamento por aparência envolvendo pessoas, há um caso bíblico envolvendo o Profeta Samuel e os filhos de Jessé, relatado em 1 Sm 16 nos versículos 6 e 7: Quando chegaram, Samuel viu Eliabe e pensou:”Com certeza é este que o Senhor quer ungir”. O Senhor, contudo, disse a Samuel: “Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração”. Oh Glória, Deus não vê a questão dos olhos verdes, nem tampouco peso, cor, etnia ou algo assim, Deus sonda o quebrantamento e as intenções de nossos corações. Em dias em que se supervalorizou tanto a aparência, Deus nos motiva a caminhar na contra mão dos padrões pré-estabelecidos.

Tiago em sua epístola, capítulo 2, vai dizer que não se deve fazer “acepção” de pessoas nas sinagogas. Se o Espírito Santo levou-o a escrever sobre isso é porque algo estava acontecendo dessa natureza. Em nossas igrejas acontece algo parecido? Acepção é uma palavra semelhante à aparência. Tiago faz uma analogia entre um homem em trajes de luxo e um pobre, quem sabe, mal vestido. Ele nos exorta a não fazermos distinção. Em outras palavras, igreja de Cristo, pare de olhar as aparências, tratai a todos com amor. Em Romanos 2: 11 está escrito que para com Deus não há acepção de pessoas.

As aparências são enganosas, Salomão nos alerta, há caminhos que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte, ou seja, existem caminhos de aparência agradável aos olhos humanos, mas na realidade são abismos para a nossa alma. Os animais mais belos da natureza com cores vivas e encantadoras na maioria das vezes são altamente venenosos. O fator determinante deve ser o Espírito Santo, Ele nos guiará a tomar as decisões corretas e sábias.

Busquemos um olhar como o de Jesus, um olhar santo, manso, sublime e suave. Felizes os limpos de coração, porque verão a Deus, disse Jesus.

Sê tu uma bênção.
Em Cristo,
Anderson Vieira