segunda-feira, 30 de junho de 2008

Esconderijo do Altíssimo

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
(Sl 91:1)

O objetivo da tentação é sempre levar-nos a fazer algo. Durante os primeiros meses da guerra entre Japão e China, perdemos inúmeros tanques, e, por isso, ficamos impossibilitados de enfrentar o exército japonês até que a próxima estratégia fosse planejada e colocada em execução. Um único tiro era disparado em um tanque japonês por um franco-atirador chinês à espreita. Após um considerável intervalo de tempo, ao primeiro seguia-se um segundo tiro; depois, após outros instantes de silêncio vinha outro tiro, até que o soldado que dirigia o tanque, ansioso por localizar o lugar de onde provinham os tiros, levantava a cabeça para olhar ao redor. O próximo tiro, cuidadosamente calculado, era certeiro. Enquanto permaneceu escondido, ele estava completamente a salvo. Toda estratégia fora desenvolvida com o objetivo de fazê-lo ficar desprotegido.

Da mesma forma, as tentações de Satanás destinam-se a fazer com que nos exponhamos. Ele sabe muito bem que no momento em que abandonamos nosso Esconderijo, no momento em que nos afastamos do abrigo de Cristo e agimos dependendo de nós mesmos, ele alcançou uma vitória.

Devocional extraído do livro “Uma mesa no deserto”, de *Watchman Nee.

*Watchman Nee nasceu na China, tornou-se cristão em 1920 e foi preso pelo governo comunista, morrendo na prisão vinte anos depois. Suas obras têm trazido revelações a milhares de cristãos, umas das mais conhecidas é “Autoridade Espiritual”.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Só Deus transforma a maldição em bênção


“Naquele dia o Livro de Moisés foi lido em alta voz diante do povo, e nele achou-se escrito que nenhum amonita ou moabita jamais poderia ser admitido ao povo de Deus, pois eles, em vez de darem água e comida aos israelitas, tinham contratado Balaão para invocar maldição sobre eles। O nosso Deus, porém, transformou maldição em bênção”. (Ne 13:1-2)


A paz de Cristo। Hoje abordo o Livro de Neemias. O objetivo do texto escrito, em primeira instância, é de esclarecer o sentido original das palavras bênção e maldição. Em teologia isso se chama exegese. O termo refere-se ao estudo da interpretação exata que pode ser aplicada a um texto, frase ou palavra, a fim de se compreender melhor o seu sentido original.

Bênção e maldição numa abordagem geral são princípios ativos que, por intermédio de forças espirituais (divinas ou diabólicas), podem arruinar ou edificar as diversas áreas da vida humana। A obediência aos princípios divinos atrai a bênção, mas a desobediência pode ser fatal, subjugando a pessoa a uma maldição। O termo bênção em hebraico é BARAK e no grego EULOGEO. No hebraico tem na sua raiz os seguintes significados: ajoelhar-se, submeter-se, honrar um superior. Assim sendo, quem quer a bênção precisa manter uma relação de obediência com AQUELE que a detém: Deus!

Em hebraico, pelo menos seis palavras são utilizadas para especificar tipos ou formas de maldição: ALAH, QALAL, ‘ARAR, QABAB, NAQAB e ZA’AM। Em grego, aparecem quatro: ANATHEMA, KATARAOMAI, KAKOLOGEO e RHAKA. Mas quero me deter apenas à palavra do contexto de Neemias que é QALAL.

QALAL - Este termo aparece cerca de 130 vezes no Antigo Testamento। O sentido básico de sua raiz quer dizer diminuir, lidar desdenhosamente, ridicularizar, zombar. Significa desejar a alguém uma posição inferior ou rebaixá-la de seu estado. O veículo que canaliza este tipo de maldição é a língua. Os pagãos achavam que podiam manipular os deuses através de suas palavras. É devido a isso que vemos Balaão sendo chamado para amaldiçoar Israel (Nm 22:6). É referente a esse chamado de Balaão que o Livro de Neemias relata no capítulo 13, nos primeiros versos dizendo que o SENHOR transformou maldição em bênção. Ou seja, não se pode amaldiçoar aquilo que Deus abençoou! Aleluia!

É agora que entro no título da mensagem, “Só Deus transforma maldição em bênção”। Poderia falar do Israel que foi liberto das mãos do faraó, que triunfou no mar vermelho etc, mas quero aproveitar e falar sobre mim, que hoje, lavado e remindo pelo sangue de Jesus, também sou Israel de Deus.

Quando olho para o meu passado, vejo o que significa a intervenção divina na causa de um homem pecador e fadado ao inferno। Mesmo sem roubar, matar e sendo uma pessoa de bem, como muitos declaram ser, por não conhecer a Jesus e nem a santa palavra, eu vivia uma vida maldita, indigna e sem esperança. Até que, por meio da minha esposa conheci o Deus vivo, o homem das mãos perfuradas e a terceira pessoa da trindade. E então ao desfrutar da verdade que liberta os cativos, que abre os olhos dos cegos, ouvidos dos surdos e que quebra os grilhões da alma, fui liberto das mãos de satanás, contemplando a palavra que diz que o Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do diabo. Hoje caminho rumo à nova Jerusalém com a expectativa de conhecer a Jesus como ele realmente é. Eu me rendi aos pés de Jesus quatro anos atrás, muitas foram e são as lutas, mas como é bom servir a um Deus que dia após dia me leva em triunfo. Como é bom servir a um Deus que transforma alguém sem história, pobre, cego e nu em geração eleita, sacerdócio real e propriedade exclusiva D’Ele.

Não sei qual tem sido a sua história। Mas saiba: O Deus Todo-Poderoso pode mudar a sua história. Só ELE pode e tem poder para transformar a maldição em bênção.

Em Cristo e na bênção,
Dc।Anderson Vieira

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Esdras – Dedicação ao estudo, prática e ensino.

Este Esdras veio da Babilônia. Era um escriba que conhecia a Lei de Moisés dada pelo SENHOR, O Deus de Israel. O rei lhe concedera tudo o que ele tinha pedido, pois a mão do SENHOR, o seu Deus, estava sobre ele...Pois Esdras tinha decidido dedicar-se a estudar a Lei do SENHOR e a praticá-la, e a ensinar os seus decretos e mandamentos aos israelitas. (Ed 7: 6;10)

A paz de Cristo. A narrativa do livro Esdras foi escrita com o intuito de encorajar os judeus que haviam retornado do exílio, revelando-lhes que, embora Israel estivesse sob o domínio persa, o seu Deus soberano daria continuidade à sua obra redentora, restabelecendo o culto verdadeiro entre eles. E para cumprir o seu propósito Deus se utiliza de Esdras, sacerdote e escriba. Deus sempre utilizou, utiliza e utilizará homens para que os seus planos se cumpram na terra. Homens estes incapazes por si só, mas capacitados por Deus. No caso de Esdras, inúmeras qualidades são notáveis, mas três delas se sobressaem e me chamam bastante atenção. É sobre elas que quero falar nesse breve texto. Acredito que qualquer cristão que esteja disposto a ser instrumento nas mãos de Deus, inevitavelmente terá tais marcas:

1) Esdras decidiu dedicar-se a estudar a Lei do SENHOR. – À semelhança de Esdras, se queremos ser usados pelo PAI precisamos urgentemente consagrar mais do nosso tempo à preciosa palavra de Deus. No livro do profeta Oséias, Israel sofre algumas acusações, entre elas, o fato de ter rejeitado o conhecimento, o que levou o povo à destruição (Os 4:6). Jesus também enfatiza a importância das Escrituras e declara: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mt 22:29). É interessante que o verso apresenta-nos o verbo decidir. Cabe a nós a DECISÃO de se dedicar mais à Bíblia ou não. Por falar nisso, você já leu a Bíblia hoje?

2) Esdras não apenas decidiu estudar a Lei do Senhor como também praticá-la. – Parece óbvio, mas não é. De nada vale fazermos compromisso de ler a Bíblia toda, se tudo o que lermos não for colocado em prática. É um processo simples, mas que se tornou complicado. Digo isso porque infelizmente muitos não estão dispostos a ler a Bíblia. E sem conhecimento como praticar? Imagine um aparelho hiper sofisticado sem o manual de instrução. A Bíblia é como uma arma poderosa, mas para usá-la é preciso saber como se aperta o gatilho e se coloca a munição, para então mirar e acertar no alvo inimigo. Leiamos e pratiquemos o que a santa palavra diz, pois a fé sem atitudes, sem obras é morta.

3) Esdras além de estudar e praticar, também ensinava. – Você percebe que coisa maravilhosa e digna de júbilo? Pense comigo. Quem sabe você conhece pouco da Escritura, mas com a decisão de estudar e auxílio do Espírito Santo você vai aprendendo, e rápido. Até que, com o aprendizado você começa a praticar. De tão alegre com a mudança de vida que teve, compartilha esse conhecimento com outros e passa a ensinar. E esses que aprenderam com você também ensinarão a outros. É um processo infinito. Mas veja que alguém teve que começar a ensinar. Aleluia. Você, filho de Deus, tem ensinado, discipulado ou compartilhado o seu conhecimento bíblico com alguém? Se a resposta for não se inspire em Esdras e mãos à obra.

Estude, pratique e ensine sabendo que o seu trabalho não é vão no SENHOR.

Em Cristo,
Anderson Vieira

domingo, 1 de junho de 2008

A Videira Verdadeira - (João 15)

A paz de Cristo. O nosso Senhor Jesus declara ser a Videira verdadeira no evangelho segundo escreveu João, capítulo 15. Essa linguagem figurada de Jesus é bem esclarecedora e nos revela algumas verdades. São elas:

1) Sem Jesus nada podemos fazer. Nada produzimos.
“Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15:4-5)

2) Se nada produzimos, pra nada servimos.
“Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem”. (Jo 15:6)

3) Se obedecermos aos seus mandamentos seremos pessoas felizes.
“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo”. Gozo é o mesmo que alegria. (Jo 15:10-11)

4) Caminhar de acordo com a Palavra nos torna amigos de Jesus.
“Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer”. (Jo 15:15)

Será que temos sido árvores frutíferas?

Em Cristo,
Anderson Vieira