domingo, 22 de novembro de 2009

Assassinos Espirituais – Absoluto versus Relativo

Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno. (Mt 5.37 NVI)

A você, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. Anteriormente abordei a 1ª característica dos Assassinos Espirituais - “Aparência versus Autenticidade”. Hoje escrevo sobre a 2ª característica desse grupo de pessoas: “Absoluto versus Relativo”.

Jesus, no sermão do monte, instruindo os discípulos declarou: Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno. Os assassinos espirituais vivem justamente o contrário dessa orientação do Rabi, pois relativizam o que é absoluto, relativizam a palavra de Deus como álibi para justificar pecados, o falar é marcado de dubiedade e o estilo de vida uma verdadeira incógnita, visto que na ambiência eclesiástica é uma coisa e fora da igreja é outra.

O assassino espiritual na maioria dos casos declara ser crente num evento de cunho evangélico, já na empresa ou junto de descrentes, o indivíduo sofre de amnésia e simplesmente já não se lembra que Jesus é o seu Senhor e Salvador. Paulo disse aos Romanos: “Não me envergonho do evangelho, porque é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Mas o assassino espiritual se envergonha do evangelho, sendo muitas vezes um crente agente secreto, pois ninguém sabe que ele é lavado e remido pelo sangue do Cordeiro.

O assassino espiritual não diz que sim, nem que não, vive em cima do muro, não é frio e nem quente, e causa ânsia de vômito em Deus à semelhança da Igreja de Laodicéia. Para o assassino espiritual o pecado é relativo, a autoridade espiritual é relativa, tudo é relativizado, visto que para ele que não honra a palavra de Deus, defender o absoluto é ser radical demais. Malaquias disse que seria possível perceber a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não servem (Ml 3.18) – Mas o assassino espiritual está travestido de discípulo e muitas vezes engana até mesmo o pastor, mas a Deus não se pode enganar, pois Ele, o Senhor, sonda-nos e conhece-nos por dentro e por fora (Sl 139).

O assassino espiritual faz com que a fé das pessoas fique raquítica, nunca admoesta, nunca traz uma palavra de ensino, sempre tá tudo bem, nada é pecado, nada é errado, nada desagrada a Deus. Para o assassino espiritual, o arrependimento, o viver em novidade de vida, ser santo, entre outras coisas é relativo. E quando alguém prega sobre isso é porque é santo demais. Ele nunca leu a 1ª carta do apóstolo Pedro que diz: Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo que fizerem, pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo”. (1 Pe 1. 15-16)

Jesus disse: “Cuidado, que ninguém os engane”. (Mt 24.4)

Por último, os assassinos espirituais querem relativizar o evangelho, querem pregar um outro evangelho. Olha a orientação de Paulo aos gálatas: “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas ainda que nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado”. (Gl 1.6-8)

Uma vez mais eu lhe digo: cuidado com os assassinos espirituais, vigiai e orai sem cessar.

No amor insondável de Cristo Jesus, nosso Senhor,
Anderson Vieira