sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Preço da Negligência

“Que testemunho te trarei? A quem te compararei, ó filha de Jerusalém? A quem te assemelharei, para te consolar, ó virgem filha de Sião? Porque grande como o mar é a tua quebradura; quem te sarará? Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, e não manifestaram a tua maldade, para impedirem o teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão. Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam as suas cabeças sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam: perfeita em formosura, gozo de toda a terra?” (Lm 2:13-15)

Graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo। Você já foi negligente em relação à palavra de Deus? Você já chorou lágrimas de sangue por aplicar ao seu estilo de vida aquilo que o SENHOR reprova? Agora, imagine você ser levado escravo para uma terra estranha como preço da sua negligência. Foi isso que aconteceu com Judá, em especial Jerusalém. O Deus Todo-Poderoso havia falado através dos seus profetas diversas vezes com o seu povo quanto ao seu mal proceder e sobre os seus inúmeros pecados. A prática de pecados era tamanha que Deus se irou, e o fez por uma causa justa (Lm 1:9). O profeta Amós, há muito tempo havia predito sobre um dia do SENHOR contra o seu povo (Am 5:18). E este dia agora havia chegado (Lm 1:12). Jonathan Edwards disse certa vez: “Quando olho para meu coração e enxergo minha iniqüidade, ele parece um abismo infinitamente mais profundo do que o próprio inferno”. Ao que tudo indica o povo de Judá não enxergava iniqüidade em seus atos e corações, tampouco a condenação divina, caso tivesse visto desta maneira, teria se arrependido.

As lamentações de Jeremias são plausíveis। A situação de Jerusalém era deprimente, angustiante, digna de pranto. Antes do cativeiro Jerusalém resplandecia a glória do Altíssimo, possuía excelência de formosura (Sl 50:2), era a cidade do nosso Deus, do grande Rei, do santo monte – belo e sobranceiro, a alegria de toda terra (Sl 48:-2), a menina dos olhos do Senhor dos Exércitos (Lm 2:18), um lugar de glória extravagante. O que dizer do Monte Sião? Inabalável, firme para sempre (Sl 125). E agora o que se via era pranto e lamento, objeto de escárnio para os seus inimigos.

Como pôde Jerusalém que gozava de tamanho esplendor e formosura diante do Pai, vir a pecar gravemente de modo que, expôs sua nudez e tornou-se repugnante (Lm 1:8)। Esse foi o preço da “NEGLIGÊNCIA”. Nada é mais triste que ver algo que Deus fez com tamanho zelo e perfeição ser destruído pelo pecado. Para Jerusalém o dia da ira do Senhor verdadeiramente havia chegado. Não tinha mais como correr. O povo preferiu dar ouvidos ao seu interior corrompido do que aos decretos de Deus. Profetas anunciaram profecias antropocêntricas e falsas, o resultado não poderia ser outro senão o cativeiro.

Quando leio acontecimentos bíblicos dessa natureza, uma coisa me chama bastante a atenção, o número de vezes que a negligência saiu vitoriosa। Adão e Eva negligenciaram, desobedeceram a Deus e foram lançados fora do Jardim do Éden (Gn 3:23). Já Lúcifer era querubim da guarda ungido e assistia diante do trono de Deus, até que se achou iniqüidade nele, o que o levou a ser expulso da presença de Deus. A Bíblia diz em Ezequiel 28, verso 17, (passagem em que muitos estudiosos opinam que o profeta Ezequiel estava comparando o rei de Tiro com Satanás), que ele possuía “formosura”, um dos mesmos adjetivos atribuídos a Jerusalém, assim como “perfeição”.

Os exemplos citados servem para abrir os nossos olhos। Na nossa vida não precisa ser assim. Podemos caminhar em conformidade com a palavra de Deus sem negligenciar. Um dia fomos cativos. Um dia fomos escravos do pecado. Mas Jesus, o Cristo, o meigo nazareno se manifestou em nossas vidas e nos libertou de toda algema e grilhões. E a liberdade que usufruímos foi paga com sangue inocente na cruz no Monte Caveira. Desprezaremos tamanho sacrifício tornando-nos reféns do pecado novamente? De forma nenhuma.

Sejamos vigilantes para que não cometamos os mesmos erros de Jerusalém। Vivemos na dispensação da graça, mas isso não significa que podemos viver pecando. Semelhante a Jerusalém, caso permaneçamos convictos no pecado sem arrependimento e sem dar crédito aos profetas (Verdadeiros, ver Dt 18:18) de DEUS, o Senhor poderá trazer o dia da ira sobre nossas vidas. É bem verdade que no livro de Lamentações se encontra um dos versículos mais lindos da Bíblia: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã...” (Lm 3:22) – Mas, nunca, jamais nos esqueçamos que Deus é amor (Jo 4:8b), mas também é justiça (Sl 9:8). Como disse o Apóstolo Paulo “QUE diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Rm 6:1-2)

No amor de Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Idolatria – Um ato abominável

“Os costumes religiosos das nações são inúteis: corta-se uma árvore da floresta, um artesão a modela com seu formão; enfeitam-na com prata e ouro, prendendo tudo com martelo e pregos para que não balance. Como um espantalho numa plantação de pepinos, os ídolos são incapazes de falar, e têm que ser transportados porque não conseguem andar. Não tenham medo deles, pois não podem fazer nem mal nem bem”. (Jr 10:3-5 NVI)

A paz de Cristo। Escrevo hoje sobre idolatria. A palavra vem do grego eidolon – “ídolo” e latreuein - “adorar”. Esse termo se refere à adoração ou veneração aos ídolos ou imagens, isso num sentido primário. Como sentido secundário pode indicar a veneração ou adoração à pessoa, objeto, instituição ou qualquer coisa que tome o lugar de Deus. Dessa forma, a idolatria consiste na adoração a algum pseudo-deus. Esse deus falso pode ser representado por um determinado objeto ou imagem. O idólatra deposita a sua confiança em imagens ou objetos quando deveria estar submetendo-se a Deus. A idolatria gera uma reverência indigna, visto que só Deus é digno de honra, glória e louvor. A idolatria usurpa a glória de Deus. Tudo que se torna excessivamente importante em nossa vida pode acabar por se tornar um ídolo. Vejamos alguns exemplos: O carro pode ser tornar um ídolo; a casa de praia; o emprego; determinado objeto pessoal; aquele jogador de futebol; o seu time de futebol; até mesmo um integrante da família pode se tornar um ídolo.

Os gregos atribuíam a pessoas deidades। Os egípcios adoravam ao Nilo, Faraó, Anúbis, Rah, entre outros. Os filisteus adoravam a Dagom, Astarote, Moloque, entre outros. Agora, o que mais me chama a atenção é o fato de os israelitas, o povo escolhido de Deus também cometer essa prática abominável. E praticaram tais práticas sabendo que era algo que Deus, o grande “Eu Sou” abominava. No livro do Êxodo, Deus fala com Moisés no Monte Sinai e dá a ele os 10 mandamentos e diz: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás...”. (Êx 20:3-5) - O salmista vai dizer: “Os ídolos dos gentios são prata e ouro, obra das mãos dos homens”. (Sl 135:15) – O profeta Isaías disse: “A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?” (Is 40:18) – O profeta Habacuque vai dizer: “Que aproveita a imagem de escultura, depois que a esculpiu o seu artífice? Ela é máscara e ensina mentira, para que quem a formou confie na sua obra, fazendo ídolos mudos? Ai daquele que diz ao pau: Acorda! e à pedra muda: Desperta! Pode isso ensinar? Eis que está coberta de ouro e de prata, mas dentro dela não há espírito algum”. (Hc 2:18-19)- O Apóstolo Paulo declara no livro de Atos: “Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens”. (At 17:29)

Há pessoas no meio evangélico idolatrando bispos, pastores, cantores evangélicos, denominações, ministérios, objetos, etc। Vamos nos atentar para o que a palavra de Deus diz: “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura”. (Is 42:8)

Deus não aceita e nem tampouco tolera dividir a sua glória com ninguém। Vigiemos. Oremos. E rendamos a Deus toda adoração que Lhe É devida.

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém. (I Jo 5:21)
Em Cristo,
Anderson Vieira

sábado, 7 de fevereiro de 2009

TV – Tome cuidado

A paz de Cristo seja contigo। Escrevo o artigo desta semana a TV brasileira. Antes de fazer uma análise como cristão, quero fazer uma análise como comunicólogo, publicitário e telespectador. Ultimamente o conteúdo programático dos principais canais de televisão dá ânsia de vômito, repulsa, nojo. Há uma tentativa de uniformização do comportamento humano pautada na imoralidade, sendo a programação uma ferramenta sagaz de manipulação, cujo ápice ocorre na quebra dos valores morais.

Hoje, ao ligar a TV no seu lar, dependendo do programa que estiver passando, é possível sentir o odor da podridão como que de um esgoto a céu aberto correndo bem próximo ao sofá, ali na sala। Além da imoralidade, outra questão interessante é o consumismo. A TV dita moda, as regras de beleza, o comportamento social. É também graças à televisão que o homossexualismo, o adultério, a rebeldia, o consumismo desenfreado, entre outras coisas são vistos hoje com naturalidade. Alguns chamam isso de “quebra de paradigmas e modernidade”, eu chamo de “fundo do poço”.

Na ótica de cristão, digo que é alarmante como as TVs, incluindo aquela que o “bispo” é proprietário, se propõem a romper com as valores cristãos। A programação de modo geral, tendo como maior agente propagador as novelas, através de seus teledramaturgos, exploram questões como homossexualismo, adultério, esoterismo, espiritismo, hinduísmo, criacionismo, etc, como se fossem os melhores princípios de vida.

Quando o telespectador se identifica totalmente com a novela, não conseguindo diferenciar o real da fantasia, ele toma para si os princípios morais da novela para a sua própria vida। Os atores interpretam personagens bem-sucedidos, pessoas com poder, seja ele representado por dinheiro, beleza ou intelecto. Interpretam ainda homossexuais, lésbicas, adúlteros, pervertidos, entre outros, e pessoas tomam esse tipo de conduta para si, como se isso fosse uma coisa digna de ser ostentada e então vivem em função desse modelo, desse estereótipo.

Tem uma novela no ar que está uma verdadeira febre e prega o hinduísmo। Grande parte da população indiana é hindu. O hinduísmo é uma religião politeísta com mais de 30 milhões de deuses, que são adorados das mais diversas maneiras, desde ratos a vacas, etc. Para você ter uma idéia do poder de persuasão de uma novela, os 400 indianos que vivem na cidade de São Paulo, segundo o Consulado-Geral da Índia, andam surpresos com a repercussão da novela da emissora líder de audiência no horário. Desde a estréia, os sáris (roupas típicas), as pulseiras coloridas e até o bindi (símbolo do terceiro olho colocado entre as sobrancelhas) usado pelo elenco começaram a evaporar das lojas especializadas. Também cresceu o movimento em restaurantes, escola de dança, centros de ayurveda (tradiconal medicina indiana) e com certeza, os adeptos do hinduísmo.

A Revista Ultimato On Line de 4 de fevereiro de 2009 traz uma matéria interessante:

Além das bobagens de sempre, agora as pesquisas apontam uma novidade nas novelas, se é que não sabíamos: aonde chega o sinal da Globo, aumenta o número de separações। Não é preciso ser um gênio para perceber como as novelas tratam o casamento, as relações pessoais e, especialmente, os valores cristãos.

A novidade está na pesquisa dirigida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e sugere uma ligação entre as novelas da Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas। Publicada pela BBC.com, a pesquisa leva em conta os censos dos anos 70, 80 e 90 e o alcance da TV Globo em todo o país. Para os autores, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna disponível”.

Não parece história da carochinha, como é o caso dos dramalhões। Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% eram infiéis a seus parceiros.

Já a novela da emissora do “bispo” mostra mutantes, lobisomens, vampiros, etc. Acho que qualquer comentário aqui é perda de tempo. O BBB também nem é digno de ser comentado.
O homem que nasceu de novo, que assumiu um compromisso genuíno com Cristo, deve ser vigilante em relação à televisão. A questão não é jogar o televisor pela janela, mas selecionar aquilo que vai assistir, a fim de não contaminar a si mesmo e nem aos da sua casa. Paulo disse:
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra। coisa, fazei tudo para glória de Deus”. (I Co 10:31) - “Fujam da imoralidade sexual”. (I Co 6:18) - “Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas”. (Cl 3:2) - “Tudo me é permitido, mas nem tudo convêm. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine”. (I Co 6:12)

Dediquemos o nosso tempo ao maior referencial de comportamento, de caráter, de serenidade, respeito e moralidade que a terra já vislumbrou: Jesus Cristo। Chega de horas frente à TV vendo aquilo que não presta e não edifica. Adoremos a Deus em todo o tempo, em espírito e verdade, isso inclui, quando estivermos escolhendo um programa de TV.

Em Cristo,
Anderson Vieira
Soli Deo Gloria