segunda-feira, 24 de agosto de 2009

“Não é este o filho do carpinteiro?”

A paz de Cristo।

A maioria dos apaixonados pelas Escrituras Sagradas sabe que Jesus, o Cristo, herdou a profissão de seu pai José (carpinteiro/artesão)। Era hábito na cultura judaica o filho herdar a profissão do pai. Imagino o que não passou pela cabeça do Messias ao trabalhar com madeira sabendo que um dia seria crucificado no madeiro.

De uma forma geral, o homem tem atração pelo sobrenatural, espetacular, extraordinário। A aparência, o glamour, a suntuosidade, entre outras coisas parecem ter uma força invisível que move as pessoas, às atrai, de maneira que, tudo o que é simples, habitual e normal, é rejeitado. A aparência, por exemplo, exerce um poder de persuasão assombroso, quer seja para o bem, quer seja para o mal.

Jesus Cristo quebrou todos os protocolos। Ele não possuía beleza alguma, diz o profeta messiânico. O próprio nome “Jesus” era um nome comumente atribuído aos rapazes judeus e expressava a fé dos pais em Deus e na Sua promessa n'Aquele que traria salvação a Israel.

O Filho de Deus viveu a maior parte da sua vida em Nazaré, que era um pequeno povoado situado numa encosta da zona montanhosa da Galiléia, longe das grandes rotas comerciais। Nazaré era uma aldeia pequena e desconhecida.

Pobre, de uma família sem expressividade, de uma cidade sem notoriedade alguma, sem holofotes, sem diplomas de teologia, Jesus surge como uma incógnita para os judeus, para os fariseus, para o poderio romano e até mesmo para o povo de Nazaré – “Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama a sua mãe Maria...” (Mt 13:55)

Jesus não se apresenta como revolucionário político‐social। Ele realiza milagres no sábado, ressuscita os mortos, cura os doentes e expulsa demônios. Mais ainda, Jesus chama para discipular homens que ninguém em sã consciência chamaria, denomina os fariseus como raça de víboras, se assenta com pecadores, responde a todas as perguntas sem perguntar nada a ninguém e exerce misericórdia sobre os desvalidos.

A encarnação de Deus num carpinteiro de Nazaré não foi obra do acaso। Tudo já havia sido predito pelos profetas, mas o homem é inclinado para a incredulidade e para aquilo que é aparente e passageiro.

Que Deus não permita que venhamos a cometer o erro dos nazarenos, menosprezando alguém com base na aparência, classe social e posição eclesiástica। Deus não faz acepção de pessoas. Os nazarenos rejeitaram o próprio Deus encarnado. A palavra se cumpriu, o profeta não tem honra em sua terra.

Só Deus mesmo para suportar algo assim। E imaginar que o filósofo mais renomado que a terra já tenha conhecido jamais chegará aos pés do meu Senhor e Salvador, Jesus, o Cristo, um mero carpinteiro de Nazaré.

Na paz do Deus Poderoso,
Anderson Vieira

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Nem uma hora pudestes vigiar comigo?

Texto Áureo: Mt 26।36-41

Contexto
Na noite em que Jesus foi traído, Ele estava no Getsêmani com os seus discípulos. “Getsêmani” quer dizer: “prensa de azeite”.
Estavam com Jesus os discípulos. Mas ao afastar-se para orar levou consigo somente Pedro, Tiago e João. Judas Iscariotes já não estava entre eles.
Era uma hora difícil. Uma hora singular. Todos os pecados da humanidade seriam colocados sobre Ele.
Jesus estava numa agonia de espírito profunda.
Eventos transcendentais estavam para ocorrer. A História da humanidade mudaria definitivamente.
Jesus estava a ponto de se entregar para o Sacrifício dos sacrifícios.
Jesus seria preso, açoitado, crucificado, morto e sepultado.

(Mt 26.40)E, voltando-se para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?

Os discípulos apresentam-nos dois tipos de sono:

1) Sono da negligência: Enquanto Jesus agonizava em oração profunda, os discípulos, aqueles que seriam os futuros líderes e ícones da Igreja, estavam dormindo, em sono profundo। A maioria do povo de Deus não está acompanhando a vigilância e a oração que Deus mandou.
Grande parte da Igreja está adormecida no momento mais importante da batalha। Quantas coisas deixam de ser conquistadas pelo fato do povo de Deus não orar.

2) Sono carnal: À semelhança dos discípulos, a fadiga, o cansaço, os afazeres da vida, enfim, a carne tem suplantado o espírito de maneira que a igreja não tem mais forças para orar, para passar noites em vigília। A igreja não tem priorizado a vida de oração. Por isso Paulo vai dizer: Desperta, ó tu que dormes. (Ef 5.14) – Por isso Jesus disse: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. (Mt 26.41)

Na Bíblia não vemos Jesus ensinando ninguém a pregar। Mas vemos Jesus ensinando a orar. Tanto é verdade que os discípulos, que constantemente O viam em oração, disseram: “Senhor, ensina-nos a orar”!

“Um cristão que não hora é como um fuzil sem munição em meio ao campo de batalha”.
Devemos vencer os inimigos da nossa alma que nos impedem de passar um tempo em oração com Deus.

Dados de pesquisas:
Há uma pesquisa realizada pelo jornal Leadership, dos Estados Unidos, que diz o seguinte: 57% dos líderes cristãos do mundo oram menos de 20 minutos por dia. 34% oram entre 20 e 60 minutos por dia e 9% oram entre 60 e 90 minutos por dia. Estou falando dos líderes do mundo inteiro. A média é de 22 minutos por dia.
Uma outra pesquisa diz o seguinte: 28% dos pregadores, 1 em cada 4 pastores, oram menos de 10 minutos por dia.
Por fim, uma terceira pesquisa nos mostra que a média de oração dos Pastores australianos é de 23 minutos por dia. A média dos Pastores japoneses é de 44 minutos diários, e a média dos Pastores coreanos é de 90 minutos por dia.

Os ícones da igreja oravam:
John Wesley, fundador da igreja Wesleiana, orava duas horas por dia. Olha o resultado de duas horas por dia: a igreja Wesleiana está no mundo inteiro, milhares e milhares de igrejas.
Martinho Lutero: O homem da reforma, orava 3 horas por dia.
Pastor Paul Yong Cho, líder da igreja da Coréia, a maior igreja do mundo com 700 mil membros diz que eles começam o dia em oração no templo. Oram no mínimo 2 horas por dia.

Conclusão
Uma das grandes mentiras de Satanás é a de que não temos tempo para orar. Entretanto, todos nós temos muito tempo para comer, dormir e respirar. Quando compreendermos que a oração é tão importante quanto dormir, comer e respirar, ficaremos admirados ao constatar quanto tempo dispomos para oração.

Nós precisamos crescer em oração, para que a igreja cresça em poder. É hora de despertar.
Em Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O fermento de Herodes

“Quando Herodes viu Jesus, ficou muito alegre, porque havia muito tempo queria vê-lo। Pelo que ouvira falar dele, esperava vê-lo realizar algum milagre”. (Lc 23.8 NVI)

A você, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória para todo o sempre।

Escrever acerca dos heróis da fé é magnífico। Abordar a vida de Jesus envolve grande privilégio. Agora, dissertar sobre um déspota como Herodes Antipas, filho de Herodes, o grande, é bem desafiador, visto que sua biografia é desprezível.

Herodes Antipas foi quem mandou decapitar João Batista e trazer sua cabeça numa bandeja de prata, influenciado por Herodias। Ele foi tetrarca da Galiléia durante todo o período da vida do nosso Senhor Jesus. Era um príncipe frívolo e foi acusado de imensos crimes infames. Era conhecido por sua megalomania e crueldade.

Pois bem, após essa breve introdução, vamos ao texto। Jesus é preso e Pilatos ao interrogá-lo e saber que ele era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, que na ocasião encontrava-se em Jerusalém (Lc 23.7). Na sequência o texto diz que Herodes viu Jesus e ficou muito alegre, que queria vê-lo havia muito tempo, que ouvira falar dele e esperava ser testemunha ocular de um milagre. Ora, será que esse indecoroso se arrependeu de suas maldades e expressou toda essa alegria de forma autêntica ao encontrar Jesus? A resposta é não. Aquilo que parece um pedido inocente e legítimo de um sinal por parte de Herodes, é, na verdade, uma rejeição ao seu ministério e a todos os seus sinais anteriores. Jesus disse aos seus discípulos: “Vede, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes” (Mc 8.15).

Jesus sabia do intento do coração de Herodes e sequer falou com ele। Herodes foi a única pessoa das Sagradas Escrituras com quem Jesus se recusou a falar. Esse fermento de Herodes do qual Jesus se refere representa a falta de escrúpulos, o pecado, a ausência de arrependimento, a presença do mal e a incredulidade.

O fermento tem a capacidade de alterar, corromper e na vida do cristão gera crescimento sem substância, sem conteúdo e deturpa os princípios indubitáveis contidos na palavra de Deus।

A advertência de Jesus aos discípulos se estende a nós। Vigiemos para que o fermento de Herodes não venha levedar a nossa vida. Até porquê, a casa de pão(Belém) já nos forneceu o Pão da Vida.

Na paz de Yeshua Hamashia,
Anderson Vieira