segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Jesus, Judas e o presidente Lula

A paz de Cristo. A graça do Senhor Jesus seja convosco. O meu amor seja com você, em Cristo Jesus. Em recente entrevista concedida ao Jornal Folha de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, para governar o país, "Jesus teria que chamar Judas para coalizão".

Coalizão significa “aliança tática entre partidos, ou potências, ou classes sociais etc., visando a um objetivo comum. É notório que a frase outrora dita pelo presidente da nação brasileira é de uma ignorância singular. Acredito que o Exmo. Sr. Presidente da República, perdeu a grande oportunidade de ter ficado de boca fechada ao invés de abordar um tema do qual, creio eu, não conhece bulhufas. Porque se conhecesse, não teria dito tal asneira.

Vamos aos fatos e para a Bíblia, é claro.

É importante começar dizendo que Jesus jamais chamaria Judas para uma aliança partidária porque não era um político e seu reino não era um partido. Como parece que o presidente não sabe quem é Jesus, vai que esse e-mail chega até ele, então vou apresentá-Lo:

Comecemos pelo seu nome: Jesus Cristo é o Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, e o seu governo é firmado mediante o juízo e a justiça, e diferente dos políticos que cumprem mandatos, o governo de Jesus é eterno, sem fim. (Is 9.6)

Jesus não é petista, não é da direita e nem da esquerda, nem tampouco é um lobista, enfim, não pertence a qualquer partido. Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. (Mt 16.16) Jesus é santo. (Jo 8.46) Jesus é o Verbo que se fez carne. (Jo 1.14) Jesus é o caminho, a verdade, e a vida. (Jo 14.6) Jesus é o pão da vida. (Jo 6.35) Jesus é a luz do mundo. (Jo 8.12) Jesus é o bom pastor (Jo 10.11) Jesus é a ressurreição e a vida (Jo 11.25). Jesus é o salvador e redentor (Cl 1.14/ Ef 2.13). Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2), o Senhor dos senhores e Rei dos reis, e se encontra à destra do Pai (Mc 16.19) e intercede por nós (I Tm 2.5). Ele se entregou por amor a nós (I Pe 1.20), Ele nos resgatou da maldição, fazendo-se a si próprio maldição em nosso lugar (Gl 3.13). Sem nunca ter pecado, Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades. Foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca (Is 53.7).

Diferente da maioria dos políticos que promete, promete e promete e nada faz, Jesus tem palavra. Nenhuma de suas palavras se perdeu pelo caminho, pelo contrário, tudo que Ele disse se cumpriu.

Diferente de (alguns) políticos que fazem alianças partidárias a fim visar seus próprios interesses, Jesus repudiou o comportamento das autoridades constituídas na época, a saber, fariseus, saduceus e todos que viviam na hipocrisia.

Os políticos são bons em pedir votos, pedir isso e aquilo, Jesus não, Ele se doou, ele se dá, mais bem aventurada coisa é dar do que receber.

Jesus foi crucificado no madeiro e suas palavras não eram dúbias. Ele foi firme até o fim. E por isso o Pai o exaltou sobre todos.

Jesus tem princípios e valores inegociáveis, não se vende e nem se vendeu, não se deixava influenciar pelo sistema. Uma pena não poder dizer o mesmo de alguns políticos.

Jesus até chamou Judas, mas para uma aliança apostólica e não para interesses mesquinhos e avarentos como muitas vezes se vê no congresso. Judas á semelhança de muitos políticos corruptos se vendeu por dinheiro. Judas negociou princípios e valores. Judas foi um traidor. Já Jesus foi para o confronto com a cruz, com Pilatos e o povo judeu, e não negociou a missão pela qual foi enviado.

A verdade é que Jesus não precisa de coalizão com ninguém para governar. Ele governa o coração do seu povo que o reconhece como Senhor e Salvador. Jesus é Senhor, é Rei, é Sacerdote Único e Perfeito (Hb 7). A política de Jesus não é deste mundo. O seu governo é celestial.

Por fim, Sr. Presidente, o seu governo logo será esquecido e terá fim. Mas o governo de Cristo é eterno. Jesus o chama Sr. Presidente, não para uma coalizão, mas para um reino glorioso, para uma vida regenerada, para um propósito transcendental, muito maior que a política ou qualquer outra coisa que o senhor tenha conhecido em suas inúmeras viagens pelo mundo e em seu mandato finito.

Jesus lhe diz: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. E digo, nem mesmo o Presidente da República verá a Deus sem antes entregar a sua vida a Jesus.

E deixo-lhe, Senhor Presidente, um conselho de Salomão: “Como maçãs de ouro em bandejas de prata, assim é a palavra dita no tempo certo”. (Provérbios 25.11)

No amor de Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

As três cruzes no Calvário

“Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda”. (Lc 23.33 Versão Genebra)

A paz de Cristo. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.

Martinho Lutero declarou que a doutrina cristã distingue-se de qualquer outra e, em especial daquela que apenas parece ser cristã, pelo fato de ela ser a doutrina da cruz. A. W. Tozer disse que a cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. Concordo plenamente com ambas afirmações. Eu, toda vez que ceio, ao fechar os olhos vejo nitidamente os cravos sendo pregados nas mãos de Jesus e o sangue vertendo. A cruz de Cristo é pra mim a maior prova de amor que Deus poderia conceder-me. É algo que não se pode discernir através da lógica, apenas através da fé no filho de Deus.

Pois bem, três cruzes foram levantadas no monte em forma de caveira no dia conhecido pelos cristãos como “sexta-feira santa”. As três cruzes apontam para três verdades distintas:

1ª Cruz – Cruz da Perdição
Na cruz que estava à esquerda da cruz em que estava Jesus, temos o malfeitor que blasfemava do nosso Senhor e Salvador (Lc 23.39). Esse homem estava sendo crucificado pelos crimes que cometera. Suas palavras de ofensa contra o Mestre revelam o seu caráter e do que está cheio o seu coração. Nem a morte iminente foi capaz de comovê-lo. A incredulidade, a dureza de coração e palavras de baixo calão se apoderaram de seu ser. O resultado foi a perdição. O arrependimento não encontrou lugar em sua vida naquele momento que definiria de uma vez por todas o futuro da sua alma. O malfeitor morreu nos seus pecados. Por isso essa 1ª cruz pode ser chamada de cruz da perdição ou cruz da incredulidade. Se traçarmos um paralelo com os dias atuais, veremos um grande número de pessoas que espiritualmente estão pregados nessa cruz da incredulidade.

2ª Cruz - Cruz da Salvação
Na cruz que estava à direita da cruz em que estava Jesus, temos o malfeitor a quem a tradição deu o nome de “Dimas”. Esse homem na hora derradeira, no confronto com a morte, faz algo notável, surpreendente, algo que nem o povo judeu, nem os escribas e fariseus foram capazes de entender, que é o fato de Jesus possuir um reino e esse reino ser vindouro. Ele viu em Jesus autoridade, poder, glória e majestade. Enquanto a maioria escarnecia de Jesus crucificado, esse homem defende Jesus perante o outro malfeitor e revela temor a Deus (Lc 23.40). Ele reconhece seus próprios pecados e discerne que o sangue de Jesus era sem mácula (Lc 23.41). Então ele se arrepende e solicita entrar no reino de Jesus (Lc 23.42) e a resposta me faz suspirar frente ao computador: “E Jesus lhe responde: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.43).” Diferente do malfeitor que blasfemou e morreu sem arrependimento, esse homem chamado Dimas se arrepende genuinamente e ouve dos lábios do mestre uma promessa de caráter irrevogável – a salvação da sua alma. Por isso essa 2ª cruz pode ser chamada cruz da salvação. Traçando novamente um paralelo com os dias atuais, também tem muita gente se arrependendo que irá gozar da vida eterna na presença de Deus na Nova Jerusalém – Glória a Deus.

3ª Cruz - Cruz da Expiação, Propiciação, Substituição, Redenção e Reconciliação
Na cruz do centro temos Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus é crucificado entre malfeitores e se cumpre a profecia do profeta messiânico: “...foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (Is 53.12). A cruz de Jesus ao centro revela a mensagem principal, o amor incondicional, o pagamento de uma dívida impagável, um evento transcedente e único na história humana. O justo padeceu pelos injustos. “Mas Deus prova o Seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Essa é a cruz da salvação, expiação, propiciação, substituição, redenção e reconciliação. Jamais nos esqueçamos que o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. O SENHOR fez cair sobre Jesus a iniquidade de todos nós. Jamais nos esqueçamos da cruz de Jesus, o Cristo.

No amor d’Aquele que deu seu filho por mim na cruz,
Anderson Vieira