quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Vivendo as promessas de Deus

Em meu último artigo do ano, espero que Deus cumpra as suas promessas em sua vida. Feliz Natal com Cristo e Próspero Ano Novo.

“Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala, e deixa de agir? ACASO PROMETE, E DEIXA DE CUMPRIR?” (Nm 23.19 NVI – Grifo meu)

A paz de Cristo. Todo fim de ano a história se repete, o homem olha para trás e percebe que seus projetos, ideais e promessas se perderam pelo caminho. Mas então, votos são renovados, novos projetos são postos no papel. Os propósitos mais comuns e corriqueiros são os de fazer regime, dar mais atenção aos filhos, sair mais com a esposa (o), trabalhar menos etc. Em relação a fortalecer a espiritualidade, fala-se em ler mais a Bíblia, orar mais, jejuar mais, ir mais à igreja, ser mais atuante nos ministérios, buscar ainda mais a santificação etc. Mas conforme o ano vai findando e o dia 31 de dezembro se aproxima, é possível fazer duas constatações: a primeira é a de que a maioria dos projetos pessoais fracassou e a segunda é que as mesmas promessas serão feitas de novo para o ano seguinte.

A inconstância do homem frente às dificuldades da vida faz com que ele ao invés de andar para frente, muitas vezes ande para trás. Promete inúmeras coisas a si mesmo e aos que estão ao seu redor e não cumpre nada. Salomão disse em Eclesiastes 5.4-5: “Quando você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra seu voto. É melhor não fazer voto do que fazer e não cumprir”.

Verdade indubitável é que, quando o homem busca caminhar em seus próprios caminhos, sob as suas promessas pessoais, se estribando em seu próprio entendimento, automaticamente ele exclui a vontade de Deus de sua vida.

Mas eu quero convidar você a caminhar não em suas promessas, mas sob as promessas de Deus. Viver as promessas de Deus. Nestas promessas você pode confiar, pois não falham jamais. Ao invés de fazer um monte de projetos pessoais para o novo ano, busque descobrir as promessas que Deus tem pra você durante o ano que chega e para o restante dos anos da sua vida.

Em suma, a promessa é uma declaração que assegura que determinada coisa será feita ou cumprida. A Bíblia Sagrada contém mais de 30 mil promessas voltadas para os filhos de Deus.

Por que devemos confiar nas promessas de Deus? Entre milhares selecionei apenas 04. São elas:

1) Porque tudo que Deus prometeu, ao contrário do homem, Ele vai cumprir.

Em Números 23.19, a Bíblia diz “Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala, e deixa de agir? ACASO PROMETE, E DEIXA DE CUMPRIR?”. Tenha a plena certeza, nenhuma das promessas de Deus para a sua vida serão frustradas.

2) Porque Deus não é inconstante como o homem, que hoje promete e amanhã já muda de opinião. Deus é imutável e sua palavra permanecerá eternamente.

O profeta Isaías disse no capítulo 40, verso 8: “A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre”. Ao homem de Deus está proposta uma vida eterna, repleta de promessas.

3) Porque Deus entregou o seu filho na cruz do calvário para nos garantir acesso à vida eterna.

Em João 3.16, a Bíblia diz “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.

4) Porque Deus tem prazer em se relacionar com quem Nele busca refúgio e lhe concede paz, alegria, justiça e proteção.

Em Isaías 41.10 está escrito: “Você, porém, ó Israel, meu servo, Jacó, a quem escolhi, vocês, descendentes de Abraão, meu amigo, eu os tirei dos confins da terra, de seus recantos mais distantes eu os chamei. Eu disse: Você é meu servo; eu o escolhi e não o rejeitei. Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitorioso”.

Conclusão
Deus vai cumprir tudo que tem te prometido. Deus vai cumprir as promessas na sua vida. Deixe de fazer os seus próprios projetos e alicerce a sua vida nas promessas do seu Criador em relação a você.

Encerro com a revelação do Apóstolo Paulo: “Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o “sim”. Por isso, por meio dele, o “Amém” é pronunciado por nós para a glória de Deus”. (II Co 1.20)

Deus vai cumprir as promessas em sua vida e será exaltado por meio delas.

Feliz 2011. Viva as promessas de Deus.
Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mortos para o pecado, vivos em Cristo

Introdução (Rm 6.1-11)

O mundo encontra-se morto em seus delitos e pecados. Acredito que vivemos um momento de falência espiritual generalizado. A podridão do pecado tem impregnado o mundo com seu aroma fétido. A ausência de comunhão com Deus por parte deste mundo que jaz no maligno, leva a sociedade a um estado de putrefação espiritual, onde o ser humano tem sido carcomido por vermes em túmulos a céu aberto. Há cheiro de morte espiritual por todos os lados devido à incredulidade da criatura em relação ao seu Criador.

Agora, aqueles que têm o Senhor Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, e nasceram de novo da água e do Espírito, também estão mortos, porém não mortos espiritualmente, mas mortos para o pecado, mortos para o seu “eu” e mortos para esse sistema mundano capitaneado por Satanás. Certo teólogo disse: “Santo é aquele que exagera aquilo que o mundo negligencia."

A grande questão é que deveríamos estar mortos para o pecado, mas insistimos em permanecer vivos. Permitimos que a natureza terrena exerça domínio sobre nós.

O apóstolo Paulo aos Colossenses escreveu: “Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria”. (Cl 3. 3; 5)

Aos Filipenses, Paulo escreveu: ”...porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. (Fp 1.21)

Aos Efésios, Paulo escreveu: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo...”. (Ef 2.1-2)

E aos Gálatas, Paulo escreveu: “Fui crucificado com Cristo. Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. (Gl 2.20)

Desenvolvimento

A Bíblia Sagrada é clara com relação ao morrermos para o pecado já que Cristo vive em nós. Mas o que implica “esse” viver em Cristo? Em um universo infinito, quero dar 05 exemplos do que significa viver em Cristo:

a) Viver em Cristo implica em repudiar o pecado e parecer-me com o meu salvador. Ser santo.

“Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador”.
(Cl 3.8-10)

b) Viver em Cristo implica em suportar, perdoar e amar como Cristo amou.

“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito”.
(Cl 3.13-14)

c) Viver em Cristo implica em ter paz no coração, viver em comunhão e com gratidão.

“Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos”.
(Cl 3.15)

d) Viver em Cristo implica em ter uma vida alicerçada na Bíblia Sagrada e com muitos louvores a Deus.

“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração”.
(Cl 3.16)

e) Viver em Cristo implica em dar bom testemunho.

“Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai”.
(Cl 3.17)

Conclusão

Não podemos permitir que o pecado domine os nossos corpos, fazendo com que obedeçamos aos seus desejos. Devemos morrer para o pecado e viver uma vida santificada. Ofereçamo-nos a Deus como quem voltou da morte para a vida, consagrando o nosso viver a ELE. Temos que morrer para o pecado a fim de que possamos nascer para Cristo.

Anderson Vieira,
Morto para o pecado, vivo em Cristo.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

À espera de um milagre

A paz de Cristo. O maior milagre das Sagradas Escrituras referente ao homem é sem dúvida a conversão, fato em que o homem se arrepende dos seus maus caminhos, recebe o Senhor Jesus Cristo como único e suficiente salvador, nasce da água e do Espírito e passa a ser habitação do Espírito Santo, vivendo então em novidade de vida.

A partir dessa nova vida, de fé em fé, o cristão passa a ter inúmeras experiências com Deus. Em determinados momentos da vida, porém, situações adversas assolam a sua história, situações sem solução, situações das quais apenas uma intervenção divina é capaz de mudar. Tais situações insolúveis requerem aquilo que denominamos “Milagre”.
Se tivermos que definir a palavra milagre, podemos defini-la como:

Milagre é um fato extraordinário que não possui uma explicação científica. É um fato inexplicável, algo que vai além da compreensão humana.

Há um número infinito de pessoas que ainda não experimentou o milagre da conversão por não conhecer a Jesus Cristo.

Muitos cristãos já experimentaram o milagre do novo nascimento, tiveram a sua natureza regenerada e esperam que muitos outros milagres aconteçam. Estão “à espera de um milagre”.

No que tange a fé e esperar a realização de milagres, não houve ninguém como Abraão. Vale ressaltar que fé e milagres andam de mãos dadas. Abraão é ninguém menos que o pai da fé.

Vejamos o que diz a Bíblia Sagrada acerca do patriarca Abraão:

“Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer”. (Rm 4:17-21 ACF)

a) Abraão esperou o milagre porque confiava em Deus
Não existe espera sem confiança. Ninguém espera no altar uma pessoa que não confia. Crer em Deus e esperar milagres é caminhar rumo ao invisível. Disse o escritor do livro de Hebreus: “Ora, a fé a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hb 11.1). Abraão creu contra a esperança. Abraão tinha a certeza de que seria Pai de uma grande nação.

b) Abraão esperou o milagre no tempo de Deus
E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus...- É interessante esse termo “não enfraquecendo na fé”. Já pensou você esperar 10, 20, 30, 50 anos por um milagre? Será que a sua fé enfraqueceria? A de Abraão não enfraqueceu. Estou lembrando enquanto escrevo que muitas vezes oramos dias, semanas, meses, e por não ver o milagre deixamos de orar, de acreditar, de crer. Abraão com quase 100 anos continuava crendo. E sabe qual o padrão de excelência desta fé de Abraão após tanto tempo de espera? A Bíblia revela “...mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus...”. Tem pessoas que até esperam anos pelo milagre, mas há muito tempo não dão glória a Deus, há muito tempo não se alegram. Abraão não. Este esperou glorificando ao Senhor dos Exércitos.

Você está à espera de um milagre?

1) Creia que Deus é poderoso pra fazer mais do que pedimos ou pensamos;
2) Espere o tempo de Deus, não desista, tudo tem o momento certo de acontecer. Nem uma folha cai de uma árvore sem que Deus permita.
3) Caminhe rumo ao milagre pela fé e não pelas circunstâncias.
4) Tenha uma vida de oração e leitura da palavra.
5) Glorifique a Deus, adore-O em espírito e verdade, ainda que o milagre ainda não tenha acontecido.

Conclusão
Continue crendo no seu milagre, pois agindo Deus, quem impedirá?

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Deus resiste aos soberbos

“Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.
(Tg 4.6b Versão Genebra)

A paz de Cristo. Deus cria a partir do nada. Portanto, enquanto o homem não se reduzir a nada, Deus não poderá fazer nada com ele, disse Martinho Lutero. O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda, disse Salomão. Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado, disse Jesus. Já Tiago disse que Deus resiste aos soberbos. O apóstolo Paulo, sabendo do perigo da soberba, disse que se houvesse algo em que devesse se gloriar, que seria em relação à sua fraqueza.

Verdadeiramente a soberba anda na contramão do evangelho de Cristo. A soberba menospreza Aquele que em tudo é superior a nós. Por isso aquele que julga estar de pé deve vigiar para que não caia, mas muitos, por ocuparem uma posição privilegiada, acabam permitindo que esse sentimento altamente destrutivo entre em seus corações.

A Bíblia Sagrada dá testemunho de vários personagens bíblicos que por causa da soberba experimentaram a correção do Deus vivo. Vejamos alguns exemplos:

Satanás: A grande maioria dos teólogos concorda que o texto de Ezequiel, capítulo 28, que aborda a profecia contra o rei de Tiro faz uma alusão clara a Satanás. O verso 17 diz: “Seu coração tornou-se orgulhoso por causa da sua beleza, e você corrompeu a sua sabedoria por causa do seu esplendor”. Tal entendimento também se dá ao texto de Isaías, capítulo 14, versos 13 e 14 que dizem: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. Satanás foi expulso da presença de Deus, o querubim guardião se rebelou contra o seu Criador.

Nabucodonosor: Diz a Bíblia Sagrada em Daniel, capítulo 4, verso 30: “Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade?”, enquanto Nabucodonosor dizia estas palavras andando pelo seu jardim, Deus disse a ele que estava tirando a sua autoridade e que ele seria expulso meio dos homens, passando a viver com os animais selvagens. Deus fez Nabucodonosor pastar como animal e comer capim, tudo devido a sua soberba, o seu orgulho. Depois ele se arrependeu, baixou a crista e Deus lhe restituiu seu reino.

Uzias, rei de Judá: Diz a Escritura Sagrada em 2 Crônicas, capítulo 26, verso 15, que o Rei Uzias foi extraordinariamente ajudado, e assim tornou-se muito poderoso e a sua fama espalhou-se para bem longe. Mas aí o verso subseqüente diz que por tornar-se poderoso, o orgulho provocou a sua queda, a soberba decretou a sua ruína, pois ele se achou no direito de entrar no templo do SENHOR para queimar incenso, uma tarefa exclusiva dos sacerdotes, os descendentes de Arão e então foi tomado pela lepra.

Mas o contrário de soberba é humildade. E Cristo Jesus é um exemplo inigualável, incomparável e extraordinário. Vale lembrar que humildade aqui não quer dizer pobreza e sim estado de espírito.

Cristo Jesus participou da natureza humana, das qualidades humanas, sujeitou-se às fraquezas humanas, foi tentado, porém jamais pecou. Teve sede, cansaço, tristeza, dor etc. Simplesmente o Filho de Deus veio ao mundo como Filho do Homem e foi concebido no ventre de Maria pelo Espírito Santo. Ele simplesmente deixou a sua glória e habitou entre nós. O Deus se fez homem e morreu por nós. Nada pode representar maior ato de amor e humildade do que esse. A Doutrina da Trindade declara que Cristo é verdadeiramente divino. A Doutrina da Encarnação declara que o mesmo Cristo é também plenamente humano.

Um cristão que teve um encontro genuíno com Cristo Jesus e que vive cheio do Espírito Santo jamais incorrerá no erro de se tornar soberbo. É contra a sua nova natureza. É contra tudo que Cristo ensinou e viveu.

Sujeitemo-nos a Deus com esse espírito totalmente dependente e humilde, pedindo a Ele que tenha a cada dia misericórdia de nós, como diz Lamentações 3.22. E se houver algum resquício de soberba, que seja aniquilado da nossa vida em nome de Jesus.

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Confie no SENHOR, ó Israel

“Confie no SENHOR, ó Israel! Ele é o seu socorro e o seu escudo”. (Sl 115.9 NVI)

A paz de Cristo. Dificilmente confiaríamos algum problema da nossa vida nas mãos de um desconhecido. A confiança é algo que, para ser conquistado, exige intimidade, conhecimento e experiências. Dar crédito e confiar não é algo que ocorre em um passe de mágica ou da noite pro dia, na maioria dos casos requere tempo. Confiar em alguém inclui saber com quem realmente se está lidando, o caráter, o testemunho, todas as informações possíveis.

Mas quando se trata de Deus, o Senhor, o Todo-Poderoso, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus criador do universo, o Deus onipotente, onisciente e onipresente, o Deus que amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna, o Deus que vela pela sua palavra para fazê-la cumprir, pois não é homem para mentir e nem filho de homem para se arrepender, as coisas mudam de figura, pois o Senhor dos Exércitos possui caráter irrepreensível e seus feitos são sobremodo excelentes. Como não confiar Naquele que nos criou?

O salmista conhecendo a Deus e confiando plenamente Nele, orienta Israel de forma imperativa dizendo: “Confie no Senhor, ó Israel”. Hoje, nós, os que cremos em Cristo Jesus, somos o Israel de Deus e a palavra se dirige a nós, admoestando-nos para que confiemos em Deus. E a razão é simples, Ele é o nosso escudo e socorro bem-presente. Ele é o nosso Senhor. Ele é o nosso Pai. Nunca nos desamparará.

Em meio às angústias e problemas da vida insistimos muitas vezes em confiar em nossa conta bancária, em nosso intelecto, em nossa capacidade humana, em nosso próprio eu ao invés de confiarmos em um ser Magnífico, Majestoso, Grandioso, Amoroso, Único e Eterno.

A tempestade está sobre a sua vida? Você já não sabe mais o que fazer? Confie no Senhor, pois para Deus nada é impossível. Confie verdadeiramente. Deixe toda ansiedade e medo de lado, creia e então verás a glória de Deus. Melhor é confiar em Deus do que nos homens. Melhor é confiar em Deus do que em qualquer outra coisa.
Confie no Senhor você que está enfermo; você que está sofrendo; você que enfrenta qualquer coisa insolúvel. Confie no Senhor, Ele se lembrará de você e te abençoará.
Confie no Senhor.

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Isaque e Rebeca – A vontade do Pai

Gênesis 24

Abraão não desejava que a esposa para o filho Isaque fosse da terra de Canaã (atual Palestina), mas de sua parentela, na Mesopotâmia (atual Iraque). O povo cananeu era idólatra e sacrificava a vida de crianças para seus deuses. Obviamente, Abraão, como amigo de Deus, não poderia aceitar estas práticas em sua família, por isso seu cuidado em escolher uma esposa para seu filho.

Buscar a vontade de Deus é mais importante do que obter todas as coisas do mundo. Abraão insistiu com seu servo, para que de maneira alguma escolhesse uma esposa para Isaque entre o terrível povo de Canaã (Gn 24.3). Seu desejo (que também era a vontade de Deus) era afastar do pecado e do mal sua descendência. Ele sabia que nossos relacionamentos são importantes, e nos influenciam.

Buscamos a vontade de Deus para nossos relacionamentos:

1) Amizades - que sejam boas amizades e que não levem você a ser tentado a praticar o mal;

2) Namoro - que seja uma pessoa que confessa o Senhor Jesus como único e suficiente Salvador, e na época determinada e autorizada pelos seus pais;

3) Casamento - que seja, além de uma pessoa que confesse Jesus como Senhor e Salvador, alguém que queira servir ao Mestre para sempre, dentro e fora do casamento.

Como conhecer a vontade de Deus para nossa vida:

1) Pela Sua vontade revelada - a Bíblia.
2) Pela oração.
3) Aconselhando-se com quem tem sabedoria e discernimento (pais, professores e pastores) para guiá-lo para o bem.

Sê tu uma bênção.

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Abraão - Exemplo de fé

O homem caiu em pecado e perdeu a comunhão com seu Criador. Deus, entretanto, promete intervir e enviar um Salvador, logo após a queda do homem. Vamos ler Gênesis 3.15. “Descendente” quer dizer uma única pessoa, que pisaria a cabeça da serpente (inimiga do homem, que simboliza Satanás). Através desta pessoa, Deus estabeleceria a redenção (livramento) da humanidade caída no pecado.

Então, muitos anos depois, Deus chama um homem, Abrão, para dar sequência a seu plano de salvação.

Abrão (com um “a”) quer dizer “pai exaltado”

Abraão (com 2 “as”) quer dizer “pai de nações”. Em Gênesis 17.5, Deus muda o nome de Abrão para Abraão, com isto significando que sua descendência seria numerosa. Mas ele não tinha filhos, e estava então com 99 anos!

Deus é assim: usa nossas fraquezas e impossibilidades para demonstrar Sua força e poder! Abraão teve que crer nas promessas de Deus. Apesar da sua idade e da sua esposa, que era estéril e também idosa, Deus agiu na vida deles, como também age em nossas vidas.

Mas por que era tão importante que Abraão tivesse filhos e seus descendentes constituíssem uma nação?

Através da descendência de Abraão, Deus estabeleceria uma nação – os hebreus. Desta nação, viria a nascer o Salvador, que é o Messias (Jesus Cristo).

O plano de Deus foi assim traçado e nada impediria de isto ocorrer. Nem a esterilidade de Sara, nem a avançada idade de Abraão iriam impedir Deus de agir. A isto chamamos de “soberania de Deus”: Ele tem o poder de fazer todas as coisas ocorrerem conforme Seu santo e perfeito desejo! Abraão creu em Deus e é um exemplo de fé confiante para todos nós. Leia Gênesis 15.4-6 e Romanos 4.16.

Abraão obedeceu a Deus, e peregrinou na terra de Canaã, saindo do lugar onde morava e indo para a terra que Deus lhe havia prometido – de Ur à Canaã são quase 1.000 km, numa época em que o principal meio de transporte era através de animais (camelos). Isto se compara também a nós, que somos chamados do mundo para a pátria celestial (céu) – somos apenas peregrinos (viajantes) aqui neste tempo!

Abraão se tornou pai de uma grande nação e um exemplo de fé para todos os que crêem no SENHOR.

Curiosidade: só existem 03 livros na Bíblia (Jó, Lucas e Atos) que não foram escritos pelos descendentes de Abraão. Todos os demais livros (63) foram revelados aos seus descendentes!

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sermão Enfrentar ou Fugir?

“Escuta a minha oração, ó Deus, não ignores a minha súplica; ouve-me e responde-me! Os meus pensamentos me perturbam, e estou atordoado diante do barulho do inimigo, diante da gritaria dos ímpios; pois eles aumentam o meu sofrimento e, irados, mostram seu rancor. O meu coração está acelerado; pavores da morte me assaltam. Temor e tremor me dominam; o medo tomou conta de mim. Então eu disse: QUEM DERA EU TIVESSE ASAS COMO A POMBA; VOARIA ATÉ ENCONTRAR REPOUSO! Sim, eu fugiria para bem longe, e no deserto eu teria o meu abrigo. Eu me apressaria em achar refúgio longe do vendaval e da tempestade”. (Salmo 55. 1-8 NVI Ênfase minha)

A paz de Cristo. Como Davi, muitas vezes eu também desejei ganhar asas e fugir para bem longe; voar para um lugar onde pudesse encontrar sossego para a minha alma e que me fizesse esquecer todos os problemas.

Alguma vez você já se sentiu intimidado diante dos problemas da vida? Alguma vez você já pensou: “Deixarei tudo e fugirei. Não há mais o que fazer, eu vou jogar a tolha diante de tal situação”.

Enfrentar ou Fugir? O que fazer?

Problemas no trabalho, a pessoa pede as contas;
Problemas no casamento, a pessoa pede o divórcio;
Problemas com finanças, a pessoa prefere não colocar as contas no papel para não ter que adequar seu orçamento;
Problemas de relacionamento na igreja, a pessoa prefere mudar de igreja;

A grande verdade é que nesta vida terrena não é possível fugir das circunstâncias. Fugir apenas retarda o confronto que mais cedo ou mais tarde haverá de acontecer. É lógico que temos casos de fuga na Bíblia Sagrada que fizeram parte do plano de Deus e foram necessários como a fuga do povo israelita do Egito; a fuga de José e Maria com o menino Jesus para o Egito fugindo de Herodes; a fuga de Pedro da prisão em Jerusalém, entre outros.

O enfoque da “fuga” abordada aqui é o sentimento de covardia perante os problemas, é o fugir daquilo que deve ser enfrentado para que o plano de Deus se cumpra. É importante ressaltar que ao olhar para as Sagradas Escrituras, logo se percebe que esse desejo, esse sentimento desenfreado de fugir ou até a fuga propriamente dita fez parte da vida de muitos personagens bíblicos, dos quais cito dois exemplos:

ESPIAS: 10 dos 12 príncipes de Israel, enviados por Moisés para espiar a terra de Canaã durante 40 dias, ao se deparar com os habitantes da terra, que eram de grande estatura, tiveram um sentimento de covardia, de fuga perante os seus inimigos, mesmo estando debaixo da promessa de Deus, de que eles habitariam numa terra que emanava leite e mel. Apenas Josué e Calebe não se acovardaram.

PROFETA ELIAS: O profeta Elias enfrentou 450 profetas de Baal, orou a Deus e viu cair fogo do céu e consumir a oferta do altar, depois matou os profetas de Baal ao fio da espada, depois orou para que chovesse, após anos sem chuva dando uma lição no rei Acabe. Mas depois ao ser ameaçado de morte por Jezabel, esposa de Acabe, desejou a morte e fugiu para o Monte Horebe, que significa Monte de Deus.

Mas se por um lado temos exemplos de fugas, não podemos deixar de abordar os exemplos de homens que enfrentaram tudo e todos em nome de Deus.

Primeiro precisamos entender o que significa enfrentar as situações mais adversas:

Enfrentar significa sair da zona de conforto;
Sair do comodismo, da mediocridade espiritual;
Significa vencer seus medos mais profundos;
Significa enfrentar o sofrimento e confiar totalmente em Deus;
Significar crescimento;
Significa a busca pela vitória;
Sem o enfrentamento jamais se conseguirá conquistar a vitória! Deus nos deu um espírito de poder, de ousadia e não tem prazer nos que retrocedem.

Vejamos alguns exemplos:

Abraão enfrentou o desconhecido;
Noé enfrentou as impossibilidades;
Moisés enfrentou o faraó;
Davi enfrentou Golias;
Gideão enfrentou os midianitas;
Misael, Hananias e Azarias enfrentaram Nabucodonosor e a fornalha ardente;
João Batista enfrentou Herodes;
Pedro enfrentou o sobrenatural e andou sobre as águas;
Poderia falar de Martinho Lutero; Jon Wesley; Spurgeon; Martin Luther King; Russel Shedd e tantos outros.

Se nós queremos enfrentar as adversidades da vida ao invés de fugir, só seremos bem-sucedidos agindo da seguinte forma:

1) Mostre ao seu problema o tamanho do seu Deus e enfrente-o: Não existe nada impossível para Deus. Agindo Deus quem impedirá. Se Deus é por nós, quem será contra nós.

2) Antes de enfrentar o problema, enfrente a si mesmo. Vença seus medos, seus traumas. Vença a sua carne. Vença o seu eu. O maior obstáculo ante aos problemas somos nós mesmos.

3) Jesus enfrentou a morte, e morte de cruz. Olhe para a cruz de Cristo e entenda que Jesus venceu para que nós também pudéssemos vencer. A vitória é nossa pelo sangue de Jesus.

Conclusão
Enfrentemos sim os problemas. Mas enfrentemos sob a ótica divina.
Davi disse no verso 22, “Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado”.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Grite por socorro, Deus te ouvirá

“Na minha aflição clamei ao SENHOR; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz; meu grito chegou à sua presença, aos seus ouvidos”. (Sl 18.6 NVI)

A paz de Cristo. As pressões do dia a dia, os problemas, o stress, a correria e muitas outras coisas, têm atuado como um jugo sobre o pescoço de muita gente. Parece-me que somos panelas de pressão com a válvula quebrada, prestes a explodir a qualquer momento.

Poderia falar do grito mais comum, o grito da fúria, do desequilíbrio emocional, do grito gerado pelo “não agüento mais”, todavia, quero dedicar algumas linhas a um grito muito mais estridente, o grito da nossa alma.

O salmo 18 é um cântico que foi entoado quando o SENHOR livrou Davi das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. Quantas são as vezes que somos oprimidos por adversários que buscam de forma silenciosa calar a voz da nossa alma em direção a Deus.

Davi era um homem segundo o coração de Deus justamente pelo fato de reconhecer suas fraquezas e angústias, por discernir que as situações apresentadas em sua vida só poderiam ser resolvidas por meio de uma intervenção divina. Davi não tinha vergonha de gritar, de clamar, de recorrer a Deus em meio ao calor da aflição. O resultado é que o SENHOR ouvia a sua voz, o seu clamor, os gritos da sua alma.

Pode ser que você esteja enfrentando uma situação onde dá vontade de sair pelas ruas aos gritos a fim de que o desespero seja amenizado. Mas o melhor mesmo a fazer é entrar no seu quarto, fechar a porta e rasgar a alma, gritar em silêncio ao Deus que vê em secreto. Procedendo assim, pela fé, o SENHOR se manifestará e será o seu refúgio e fortaleza, fazendo com que você descanse à sua sombra, sim, à sombra do Todo-Poderoso.

Grite por socorro ao seu Deus. Ele te ouvirá.

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Esboço Sermão:Unidade da Igreja - Estabeleça antes que seja tarde!

Leitura texto áureo: Atos 2.42-44 (NVI)

“Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se UNIDOS e tinham TUDO em COMUM”.

Introdução

Um reino dividido contra si mesmo não subsiste, disse o Senhor Jesus (Lucas 11.17).

O apóstolo Paulo, o maior escritor do Novo Testamento dá grande ênfase à questão da unidade da Igreja, dirigindo-se aos efésios disse que eles deveriam se esforçar diligentemente para preservar a unidade do Espírito, pois há um só corpo e um Espírito, uma só esperança, um só SENHOR, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. (Efésos 4.3-6)

Em sua carta endereçada aos Filipenses, o apóstolo Paulo declara: “...completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo sentimento”. (Filipenses 2.2)

Em sua carta à Igreja de Corinto, o apóstolo Paulo aborda diversos assuntos de extrema importância, entre eles a falta de unidade por parte dos coríntios, as divisões:

“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente UNIDOS, na mesma disposição mental e no mesmo parecer”. (1 Coríntios 1.10)

Uns estavam dizendo que eram de Paulo e outros de Apolo, gerando divisões na igreja, contendas e desunião. Tal fato levou Paulo a admoestá-los severamente. (1 Coríntios 3.1-7)

Quando um assunto aparece várias vezes nas Escrituras Sagradas é porque Deus espera que não passe despercebido diante dos nossos olhos, é um sinal de alerta.

Contextualização

Infelizmente temos vivenciado um momento onde as igrejas contemporâneas estão sem unidade, divididas por denominações, interesses, modos de pensar diferentes, conflitos teológicos, entre outras coisas. É cada um por si. Líderes passaram a se ver como concorrentes uns dos outros.

A Igreja Primitiva também tinha muitos problemas, mas a unidade estava estabelecida. Inclusive, igreja que não tem problemas pode ser tudo, menos igreja.

Desenvolvimento

“Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se UNIDOS e tinham TUDO em COMUM”. Atos 2.42-44 (NVI)

A Igreja Primitiva tinha discernimento acerca da importância, do valor da unidade, e isso fez toda diferença. E essa unidade estava alicerçada em 04 pontos fundamentais:

a)Unidade na fé em Jesus Cristo;

A Igreja Primitiva, liderada pelos apóstolos, estava unida em declarar que Jesus Cristo havia vencido a morte, ressuscitado ao 3° dia, estado com eles durante 40 dias, ascendido ao céu e posteriormente enviado o Espírito Santo, revestindo-os de poder e autoridade no Dia de Pentecostes. A unidade estava depositada na pessoa bendita de Cristo Jesus. Eles tinham consciência de que o testemunho acerca do Mestre dito por todos impactaria Jerusalém, Samaria e os confins da terra. E graças a essa unidade, o evangelho chegou até nós. A unidade não estava em assuntos como prosperidade, isso ou aquilo, mas em Jesus Cristo. Era pregado em unidade um evangelho cristocêntrico e não humanista.

b)Unidade na Comunhão;

O Senhor Jesus instruiu muito bem os apóstolos acerca da importância da comunhão, que tinha o seu ápice na ceia do Senhor. Não é por acaso que o salmista declarou: Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em comunhão (Salmo 133). A igreja deve ser um lugar de comunhão, amor, paz e alegria, onde a família de Deus tem prazer em estar reunida, em unidade, para adorar e bendizer ao SENHOR.

c)Unidade nas Adversidades;

A Igreja Primitiva enfrentou perseguições, os primeiros cristãos foram açoitados, decapitados, cerrados ao meio, aprisionados, oprimidos, crucificados, mas devido ao fato da igreja estar unida em meio às adversidades, conseguiu superar todos os obstáculos. Com unidade nas adversidades, a força, o vigor, o poder de Deus se manifestavam cada vez mais. Parece que quanto maior era a perseguição e a opressão, mais a igreja se fortalecia e mais unida se tornava. “O cordão de três dobras não se rebenta com facilidade”. (Eclesiastes 4.12)

d)Unidade na Oração.

Aqui está um dos grandes segredos da Igreja Primitiva, a prioridade da oração. Igreja que não tem unidade na oração está fadada ao fracasso, à apostasia, à ausência da manifestação do poder de Deus.

Uma igreja que não ora em unidade é como um pescador que vai pescar sem isca, é como um soldado que vai pra guerra sem munição, é algo simplesmente absurdo, não tem chance de dar certo.

Em atos 4.31, quando os cristãos reunidos e unidos em um propósito fazem uma oração a Deus, simplesmente aconteceu um terremoto no lugar e todos ficaram cheios do Espírito Santo.

Unidade na oração significa revestimento de poder e autoridade para a igreja.

E não podemos deixar de olhar a Unidade do Deus único – A doutrina da trindade exige que demos honra igual a cada uma das três pessoas distintas na unidade do Deus único. Os três são um: Pai, Filho e Espírito Santo. Se o próprio Deus atua em unidade por que a igreja insiste em estar dividida?

Conclusão

Priorizar a unidade no Corpo de Cristo é uma questão de sobrevivência no reino espiritual.

Em Cristo,
Anderson Vieira

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Esboço Sermão: Cristãos e a Crise de Identidade

Introdução - Marcas da Identidade de Israel

Nação constituída debaixo de uma promessa feita a Abrão, que veio a se tornar Abraão (pai de nações) – (Gn 12.1-2);

Povo que foi feito escravo por 400 anos no Egito, mas que teve um libertador enviado por Deus chamado Moisés;

Nação que era a oliveira formosa de Deus, a menina dos seus olhos;

Povo separado, escolhido para adorar somente a Deus e nenhum outro, rejeitando baal, astarote e outros deuses pagãos;

Povo que teve experiências sobrenaturais como atravessar o mar vermelho a seco, receber maná, codornizes e água no deserto, e ter suas vestimentas preservadas por Deus;

Povo que era governado pelo SENHOR, tendo recebido seus mandamentos e ordenanças como nenhum outro para lhe prestar adoração e receber perdão de seus pecados;

Raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. (1 Pe 2.9).

Leitura: I Samuel 8

Desenvolvimento

O capítulo 8, de 1 Samuel, revela uma perca de identidade por parte de Israel. Semelhantemente, os cristãos da igreja contemporânea têm passado por crises de identidade, perdendo as características de um um povo kadosh.


Texto áureo: “Constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações” (I Sm 8.5)

a) Os anciãos usaram o mal testemunho dos filhos de Samuel como desculpas/álibi para rejeitar a Deus – Os filhos de Samuel estavam pecando, mas Deus não tinha nada a ver com a postura errada deles. Mas os anciãos quiseram tirar proveito disso para tentar justificar a sua decisão de querer um rei. No padrão mundano em qualquer situação de problema todos abandonam o barco. É a lei de Gérson, todos querem apenas se dar bem. Ninguém está disposto a ajudar. Ninguém tem compromisso. Com o povo de Deus não pode ser assim, se surge um problema devemos orar e tentar resolvê-lo em amor. Em muitas igrejas, devido a uma decepção humana, pessoas fazem uso de tal fato para justificar o abandono da igreja, do ministério, do pastor, ou como Israel fez, abandonar até a Deus. Chega de desculpas, Deus quer pessoas compromissadas com Ele. As pessoas apresentam desculpas porque não querem compromisso e nem se sujeitar a Deus de forma plena.

b) Israel ignorou veementemente o fato de que Deus era o seu rei. - Era Deus quem os protegia, supria suas necessidades e sobre eles reinava. Era um modelo de governo teocrático. Eles simplesmente rejeitaram a Deus e o seu governo perfeito. Queriam um homem governando a eles, mostrando de forma espiritual nas entrelinhas que a vontade humana é que prevalecia em suas vidas. Quem tem governado a sua vida? Deus ou você mesmo? Paulo disse aos Gálatas!Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. Ou seja, à Cristo sujeito as minhas vontades, o meu falar, o meu pensar, o meu agir, o meu viver, a minha alma, corpo e espírito agora estão sob os cuidados de Deus.

c) Abandonar o governo de Deus já era um grave erro. Mas se isso viesse acontecer havia uma orientação divina em Deuteronômio 17.14-15 que os israelitas não obedeceram e ainda se espelharam nas nações pagãs. Triplo erro:

1) Apesar de tantas experiências com Deus, Israel não conhecia o caráter de Deus. Quem não conhece a Deus de forma plena não confia. Salmo 37.5 diz para confiarmos o nosso caminho ao SENHOR e o mais Ele fará. Intimidade com Deus é fundamental na caminhada cristã. Israel decidiu abandonar a Deus.

2) A orientação de Deus em Deuteronômio 17.14-15 é que Deus escolheria um rei para os israelitas caso eles viessem a cometer esse grave erro. Mas não, eles tomaram a frente e colocaram Samuel contra a parede.

3) As nações ou o mundo não são parâmetros que devem nortear as atitudes de quem crê em Deus. O modelo de fé e prática do povo de Deus é a palavra de Deus e não aquilo que o mundo dita ou pratica. Inclusive, a intenção de Deus sempre foi que as nações idólatras tivessem Israel como um modelo a ser seguido e não que Israel imitasse as outras nações. Qual tem sido o seu referencial de vida? Em quem você tem se espelhado? Em Jesus ou em pessoas sem qualquer compromisso com Deus e com a sua palavra? O apóstolo Paulo era um imitador de Cristo. E você, quem tem imitado? O nosso alvo sempre deve ser Jesus, buscar chegar à sua estatura.

Conclusão
Nada justifica abandonar a Deus;
Devemos ser governados por Deus;
Devemos imitar a Cristo.

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Deus, o nosso maior desejo

A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, NADA MAIS DESEJO além de estar junto a ti. (Sl 73.25 NVI – Grifo meu)

A paz de Cristo. O salmista Asafe (apesar de alguns escritores atribuírem a Davi este salmo) faz uma daquelas declarações que acredito que param por alguns milésimos de segundos o céu.

Imagine Deus ouvindo em Seu alto e sublime trono a frase: “... nada mais desejo além de estar junto a ti”. Creio que o coração de Deus jubila, pois a única coisa que completa um verdadeiro adorador é o SENHOR. A presença do Pai é a sua melhor porção.

Quando experimentamos um momento do manifestar da presença de Deus, fruto de um coração desejoso pelo revelar da sua glória, tudo ao redor perde o sentido, nada mais importa, o desejo que prevalece é o de estar junto a Deus em espírito e em verdade, é adorá-LO e humilhar-se em sua doce e santa presença. Tem uma canção que expressa essa verdade muito bem, uma parte do refrão diz assim: ♫“Mais vale um dia no centro do teu querer que toda a vida sem jamais te conhecer”♪.

Deus não pode adorar a si mesmo, Ele espera que nós O adoremos. Que o nosso maior desejo, a nossa maior vontade, o nosso alvo, seja sempre render graças a Deus com uma adoração que como incenso suave chega até as regiões celestiais, levando o Pai a declarar uma vez mais: “Estes são meus filhos amados, meus adoradores, em quem tenho prazer”.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pedradas. Devemos estar preparados!

"Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo". (Gl 1.10)

A paz de Cristo. Dias atrás ouvindo uma pregação, o pregador me surpreendeu ao dizer que: “Quem quiser obedecer a Deus deve estar preparado para sofrer”. Num primeiro instante a frase soou meio assustadora e desconexa, mas após refletir um pouco, e principalmente, ao analisar as sagradas escrituras, pude discernir que era uma verdade indubitável.

Agora, eu pergunto a você que lê esse texto: Será que você já foi apedrejado (não no sentido literário) simplesmente por decidir andar em conformidade com a Bíblia Sagrada?

Se a sua resposta é sim, saiba que você não está sozinho e que apedrejamento pior sofreu o primeiro mártir, o diácono Estevão; Paulo e Silas também foram apedrejados na Macedônia; o próprio Senhor Jesus por várias vezes enfrentou situações dificílimas: "Eu e o Pai somos um. Novamente, pegaram os judeus em PEDRAS para lhe atirar. Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me APEDREJAIS? Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te APEDREJAMOS, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo". (Jo 10.30-31 – Grifo meu)

As pedradas são lançadas tendo geralmente por motivação a inveja, ciúme, vingança, ira, calúnia, entre outros sentimentos carnais. Uma coisa que muito me chama a atenção é o fato de que, os que lançam pedras estão próximos de nós e não longe. Uma pedra lançada de longe chega até nós já sem força. Mas uma pedra lançada de perto, pode machucar e até matar.

Mas o que realmente importa é agradar a Deus e não a homens. Mesmo que tenhamos que ser apedrejados por viver o evangelho genuíno, o evangelho cristocêntrico, continuemos a cumprir com as ordenanças do Pai. Que possamos declarar aos nossos acusadores como Estevão: “Senhor, não lhes imputes este pecado”.

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 25 de junho de 2010

"Planos Humanos ou Planos de Deus"

Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Ao invés disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”. (Tg 4.14-15)

A paz de Cristo. Um dos grandes mistérios de uma vida norteada pela fé em Cristo Jesus é a renúncia. É o abdicar das suas próprias vontades para então exercer a vontade do Pai. É o ato de rasgar os planos de natureza humana e permitir que seja escrito um plano com inspiração divina.

Vez por outra em nossa caminhada cristã tomamos atitudes e fazemos planos como se fôssemos donos e guias da nossa vida. Mas nós temos a mente de Cristo. Nós estamos crucificados com Cristo e agora Cristo vive em nós. Logo, é a sua vontade, o seu querer, os seus planos que devem reger a nossa jornada terrestre.

A Bíblia diz que Jesus, estando no Getsêmani, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”. (Mt 26.39) – E Jesus fez esta oração por três vezes com a alma profundamente triste, uma tristeza mortal, mas se submeteu ao plano traçado pelo Pai.

Tenho aprendido que 99,9% das vezes, a vontade e os planos do Pai não são os meus planos. Mas por confiar que os planos de Deus são muito mais nobres e excelentes que os meus, ainda que eu muitas vezes não entenda, me submeto aos Seus planos com um coração contrito e sincero. Ao homem pertencem os planos do coração, mas do SENHOR vem a resposta da língua. (Pv 16.1)

Devemos resistir à tentação de brincar de ser o "Espírito Santo". Pelo contrário, devemos deixar Deus ser Deus na nossa vida e confiar que permanecer nos seus desígnios é o melhor a se fazer.

Não tome nenhuma atitude com base em seu próprio entendimento, permita que Deus direcione os seus atos e você então verá a glória de Deus se manifestar em sua vida.

Ore a Deus neste momento e declare: “Senhor, que na minha vida seja feita a tua vontade”.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dez princípios que nenhum líder pode ignorar

Por Nélio DaSilva

1. Aprecie a sua equipe ministerial
Não importa se você é líder de uma grande ou pequena equipe ministerial. Quando um membro da sua equipe realiza um bom trabalho, não permita que isso passe despercebido. Reconheça, aprecie, elogie. Não consinta que essa preciosa oportunidade de apreciar - ainda que algo aparentemente insignificante - seja desperdiçada.(Pv 27.23)

2. Nunca, jamais, humilhe um membro da sua equipe de ministério
Se você está aborrecido com alguém da sua equipe, pelo fato de essa pessoa haver feito alguma coisa errada, mantenha-se frio, calmo, especialmente em público. Se você optar por humilhá-la - seja de maneira privada, seja em público -, ela poderá nutrir um ressentimento contra você, e seu ministério fatalmente irá sofrer. (Pv 18.21)

3. Crie uma cultura na qual errar não é proibido
Se você não comete erros, chances existem de que você não está crescendo em sua liderança. Se a sua equipe tiver permissão de sentir que os erros são parte do processo de alcançar novas altitudes, em vez de apenas se sentir mal ou envergonhado, então eles irão se arriscar ainda mais em seu favor.(1João 2.1)

4. Lembre-se de detalhes pessoais
Separe um tempo específico para conhecer a sua equipe: quem são eles, quão importante é a sua vida, etc. Mantenha um foco de interesse neles como pessoas e não exclusivamente como instrumentos de trabalho. (Pv 16.22)

5. Não se esconda atrás da sua posição
Seja simplesmente humano e ofereça amizade genuína à sua equipe. Dessa maneira, você poderá apoiar e encorajar uns aos outros quando os momentos difíceis chegarem. (Mt 5.16)

6. Seja abordável
Permita que a sua equipe venha a sentir que ela pode se aproximar de você e lhe falar sobre matérias e questões sensíveis; questões que envolvam dificuldades não apenas ministeriais mas também fora do ministério.(Tg 3.13)

7. Admita seus erros
Se você errou, seja o primeiro a admitir. Lembre-se de que as pessoas fazem aquilo que vêem. Você é um homem ou mulher de Deus, mas você não é infalível! A sua equipe irá respeitá-lo, e mais ainda se você for capaz de admitir os próprios erros.(Pv 28.13)

8. Ouça de maneira que sua equipe possa falar com você
Freqüentemente, as pessoas são intimidadas e temerosas diante da posição exercida pelo líder. Faça tudo que for possível para demonstrar que você está aberto a ouvir o que eles têm a dizer e que eles são importantes e valiosos. (Tg 1.19)

9. Seja claro nos seus pedidos
É sua a responsabilidade assegurar-se de que as pessoas entendem o que você lhes está pedindo. Portanto, comunique-se com clareza; fale, mas também escreva e pergunte se as pessoas realmente entenderam o que você lhes solicitou. (Pv 14.15)

10. Trate a todos com respeito e cortesia,em todo o tempo
Faça isso sempre, particularmente quando há problemas! Toda pessoa que trabalha sob sua liderança é um ser humano valioso que merece ser respeitado. Em última análise, um líder cristão é alguém que tem a grande responsabilidade de demonstrar o caráter de Deus mediante sua própria vida. Exercitar respeito e cortesia à sua equipe é algo que poderá mover o céu na terra.(Pv 20.3)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sustenta-me SENHOR

“Sustenta-me, segundo a tua promessa, e eu viverei; não permitas que se frustrem as minhas esperanças”. (Sl 119.116)

A paz de Cristo. Segundo o Novo Aurélio, a palavra sustentar significa segurar por baixo; impedir que caia; suportar; apoiar; servir de escora. Numa definição mais profunda, sustentar pode significar fornecer ou garantir o necessário para a sobrevivência.

Quando andamos ou estamos de pé, nossas pernas sustentam todo o peso do corpo. O mesmo acontece com as coisas espirituais: em nossa caminhada cristã é o SENHOR que nos sustenta de pé.

Jesus sabendo da incapacidade humana em sustentar-se ou suportar as cargas da vida, disse para tomarmos sobre nós o seu jugo, pois é suave e o seu fardo, leve. (Mt 11.28;30)

Quando decidimos caminhar com as nossas próprias forças, logo a energia se esgota e não conseguimos manter-nos de pé no que tange as coisas espirituais.

Muito me chamou a atenção o discernimento do salmista, pois ele entendeu que são as promessas de Deus que nos sustentam em pé, ainda que, muitas vezes tomados pelo desânimo estejamos caídos, prostrados. Sorrateiramente a carne vai tentando se manifestar, buscando convencer-nos a jogar a toalha, a chutar o balde, mas o Espírito Santo que habita em nós, age como uma catapulta em nossa alma e nos leva além, adiante, aquém do que poderíamos chegar sustentados apenas pela nossa força.

Apenas uma fé alicerçada em Jesus Cristo, a Rocha Eterna, consegue manter-se inabalável em meio as decepções e tribulações da vida.

Assim como o salmista, declare, “sustenta-me SENHOR, segundo a tua promessa, e eu viverei”.

Em Cristo, que me sustenta,
Anderson Vieira

terça-feira, 8 de junho de 2010

Plenitude do Tempo

Então perguntou a Jessé: “Estes são todos os filhos que você tem?” - Jessé respondeu: ”Ainda tenho o caçula, mas ele está cuidando das ovelhas”. - Samuel disse: “Traga-o aqui; não nos sentaremos para comer enquanto ele não chegar”. (I Sm 16.11 NVI)

A paz de Cristo. Se ao homem fosse dado poder ilimitado, creio piamente que uma das coisas que ele manipularia seria o fator tempo. Salomão, no livro de Eclesiastes, capítulo 3, diz que para tudo há uma ocasião certa e um tempo determinado. Há um tempo para tudo. Estamos algemados ao tempo e as chaves dessas algemas foram lançadas num precipício.

A vida humana é limitada pelo tempo, pelo menos essa vida terrestre, já a celestial é infinita, graças a Deus por isso. O tempo é implacável. Mas ao olhar para a carta magna, a Bíblia Sagrada, entre os muitos exemplos de homens de Deus que souberam lidar com o fator tempo, Davi é um deles, ficando atrás, para mim, apenas do pai da fé, Abraão.

Davi não apenas sabia lidar com o tempo como foi agraciado por Deus no tempo oportuno. Quando Samuel vai a Belém, a mando de Deus, ungir um dos filhos de Jessé, para suceder Saul, então Samuel apressadamente pensa que o sucessor seria Eliabe, mas não, nem tampouco Abinadabe, Samá e os demais. Davi está apascentando as ovelhas no campo enquanto o profeta não vê a hora de ungir o futuro rei. Mas Deus tinha um projeto perfeito bem como a hora perfeita e por isso Samuel mandou chamá-lo e o ungiu, e diz a Bíblia que a partir daquele dia (olha o fator tempo), o Espírito do SENHOR apoderou-se de Davi. Se foi a partir “daquele dia”, então podemos entender que o Espírito do SENHOR não havia se apoderado antes, o texto é claro, óbvio.

Mas apesar da promessa de Deus e de ter sido ungido, Davi teve que esperar para sentar no trono de Israel, teve que esperar e passou por momentos de muito sofrimento. Foram muitos anos de espera e quando Davi teve a chance de abreviar o tempo do seu chamado por meio do assassinato de Saul, não o fez, preferiu esperar o tempo Kairos se cumprir.

O grande problema dos cristãos é que a maioria rejeita a história de vida de Davi, de Abraão, de Calebe, e até mesmo do próprio Jesus que diz a Escritura Sagrada: “Quando foi a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher”. (Gl 4.4) – Nem mesmo Jesus, sendo o Deus filho atropelou o tempo.

Quantas são as vezes que queremos tomar o relógio de Deus. Nossas orações muitas vezes dizem termos como: tem que ser hoje Senhor, é pra já Papai, se não fizer agora não precisa mais. E quando o cristão é tomado pela ansiedade e não se sujeita ao tempo de Deus, é só desastre. Casa com a pessoa errada; vai para o ministério despreparado; mete os pés pelas mãos.

Sabe o que eu aprendo com Davi? Quando chega a nossa hora, seja em qual área for, nada impede o agir de Deus. Seja profissional, relacionamento, financeiramente, ministerialmente, Deus jamais se atrasa.

Continue esperando em Deus meu irmão, minha irmã, a sua hora vai chegar:

• Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão. (Is 40.31)
• Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera. (Is 64.4)
• Eu, porém, olharei para o Senhor; esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá. (Mq 7.7)
• Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. (Hb 11.1)

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mornidão Espiritual

E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. (Ap 3.14-16)

A paz de Cristo. Se entre as 7 igrejas do livro da revelação, a igreja de Filadélfia tem o testemunho exemplar, a igreja de Laodicéia é o exemplo da conduta que não deve ser empregada entre os santos.

Laodicéia estava situada no meio de duas cidades especializadas no ramo de água. Hierápolis, há poucos quilômetros dali possuía fontes de água quente, usadas para o tratamento de várias doenças. Do lado oposto, estava Colosso, uma pequena cidade cercada de fontes de água mineral fresca. Dessas duas cidades, vinha água para Laodicéia através de pequenos canos de barro. A água quente que vinha de Hierápolis chegava morna em Laodicéia e a água fresca de Colosso, esquentava no calor do sol e chegava também morna em Laodicéia.

Com base nessa situação é que Jesus usa um exemplo conhecido por todos os laodicenses para explicitar o seu parecer: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”.

Imagine uma igreja impregnada pela mornidão espiritual a ponto de causar ânsia de vômito em seu Senhor? Para entender melhor o que Jesus estava dizendo, experimente beber um copo d’água morna e você verá exatamente o que o mestre estava dizendo.

Ao olhar para Igreja de Laodicéia é possível notar que a mesma mornidão espiritual dos laodicenses se apoderou da igreja contemporânea.

A mornidão espiritual gera indiferença por parte dos santos para com as realidades espirituais. Escolas bíblicas dominicais estão cada vez mais vazias, cultos cada vez mais frios, amor cada vez mais raro, fidelidade a Deus, à igreja e aos líderes já é uma utopia. A leitura bíblica, a busca pelos dons do Espírito Santo, tudo isso se apresenta em nossos dias como algo decadente. Hoje se muda de igreja assim como se muda de roupa e se a prosperidade financeira não chegar aqui, quem sabe chega acolá.
Jesus olhou para a igreja de Laodicéia e sentiu aversão.

A mornidão espiritual faz com que haja inversão de valores, ao invés dos laodicenses se humilharem diante do Senhor, estavam se exaltando e vangloriando-se, como muitos fazem por aí.

Paulos deixa-nos uma orientação clara para que não nos tornemos mornos: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. (Ef 5.18)

Devemos nos encher do Espírito Santo, pois crente vazio é presa fácil de satanás.
O enchimento do Espírito Santo traz nova graça e novo ânimo.
O Espírito Santo nos adestra.
O Espírito Santo traz luz sobre o nosso entendimento.
O Espírito Santo é uma conquista para que a igreja viva em plenitude.
Que o altar da sua vida esteja fumegando e não tomado pela mornidão.

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Desviar-se jamais

Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama. (2 Pe 2.20-22)

A paz de Cristo. Em minha curta caminhada aos pés da cruz de Cristo, quantas foram as pessoas que por razões das mais diversas, vi se desviarem de Jesus, da igreja, da comunhão dos santos.

Vez por outra eu olho para a foto do meu batismo que ocorreu em 2004 e ao olhar para as pessoas que comigo desceram às águas batismais, percebo que muitas delas se perderam pelo caminho, se jogaram com ímpeto nos braços das práticas mundanas novamente. E meu coração entristece.

Todos nós que nascemos de novo temos 3 inimigos declarados: o primeiro somos nós mesmos, a nossa carne, nossa natureza pecadora; o segundo é o diabo, inimigo ferrenho e o terceiro é o mundo (não o mundo físico, mas o sistema pelo qual o mundo é regido, já que a Escritura afirma que ele jaz no maligno).

As palavras da segunda carta de Pedro são duras, fortes, mas de uma veracidade singular, pois Pedro compara aquele que se desviou da fé a um cão que voltou ao seu próprio vômito, a uma porca que volta ao lamaçal após estar limpa. E é assim mesmo, Jesus compra-nos com o seu sangue, nos lava, nos limpa, nos purifica e imagina depois de estar com as vestes brancas, nos jogarmos numa poça de lama, na poça do pecado e fazemos pouco caso do sacrifício do Deus filho, na cruz do calvário.

E você que está de pé, cuide para não cair, afaste-se da aparência do mal e permaneça firme no Senhor e na força do seu poder।

Que Deus nos guarde de tal atitude. Que o SENHOR por meio do Espírito Santo convença os desviados, que são muitos, acerca do pecado, da justiça e do juízo, para que eles possam voltar para o lugar de onde nunca deveriam ter saído. Sejamos sal e luz neste mundo caído. Não nos esqueçamos jamais do propósito pelo qual fomos salvos. E aguardemos firmemente a volta do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

Maranata, ora vem Senhor Jesus.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Jesus, a nossa PAZ

A paz de Cristo. As pessoas têm vivido atormentadas. Problemas conjugais, financeiros, relacionais, entre outros, levam milhares de pessoas à depressão e no ápice da tempestade, muitas vezes ao suicídio.

A sociedade contemporânea quer paz, mas não consegue encontrá-la. Muitos definem “paz” como um lugar aonde se chega ou um estado de espírito. Na verdade, paz é uma pessoa, é um ser divino, é Jesus Cristo de Nazaré.

A Bíblia diz em Isaías que um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros e o seu nome será: Maravilhoso conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade e PRINCÍPE DA PAZ. (Is 9.6)

Jesus disse: Deixo-vos a minha paz. A minha paz vos dou. (Jo 14.27) - Jesus ressuscita e quando aparece aos discípulos, a primeira coisa que ele diz é: Paz seja convosco. (Jo 20:19).

As tribulações da vida transformam-se em nada, quando Jesus, que é a paz personificada, passa a habitar em nós por meio do Espírito Santo. O Reino de Deus é paz, Jesus é o Príncipe da Paz, o Evangelho é da paz e é a nossa paz. (Ef 2.14). É a paz que excede todo entendimento. (Fp 4.7)

Jesus disse: Vos disse essas coisas para que em mim tenhais paz, no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo. (Jo 16.33).

Permita que o Deus da paz lhe conceda ânimo porque a alegria do SENHOR é a nossa força. Vença a depressão, a inquietude, o desespero, deixe Jesus encher de paz o seu coração, de natureza que, a sua vida ganhará um novo sentido, uma nova razão de ser.
PAZ seja convosco.

Em Cristo,
Anderson Vieira.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Como vencer uma grande batalha?

“Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco o SENHOR nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá”. Porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, oraram contra isso, e clamaram ao céu. Então o SENHOR enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria; e envergonhado voltou à sua terra; e, entrando na casa de seu deus, alguns dos seus próprios filhos, o mataram ali à espada. Assim livrou o SENHOR a Ezequias, e aos moradores de Jerusalém, da mão de Senaqueribe, rei da Assíria, e da mão de todos; e de todos os lados os guiou. (II Cr 32.7-8; 20-22)

A paz de Cristo. Qual de nós pode declarar que jamais enfrentou uma grande batalha na vida? Quem nunca enfrentou um Golias face a face? A verdade é que todos nós estamos sujeitos a passar por lutas e provações nesta vida, a diferença se dá na forma, na maneira pela qual nós enfrentamos a peleja.

A Bíblia Sagrada tem respostas e orientações para as situações mais adversas da vida, e como vencer uma grande batalha é uma delas. No segundo livro de Crônicas, o rei Ezequias nos ensina com suas atitudes lições valiosas para vencermos as lutas e os nossos inimigos. É importante ressaltar que o oponente de Ezequias era ninguém menos que Senaqueribe, rei da Assíria, provavelmente, segundo relatos bíblicos, o exército mais poderoso da terra naqueles dias, uma potência que esmagava tudo que cruzava o seu caminho. Mas o rei Ezequias era fiel a Deus e ao invés do desespero, vejamos quais foram as suas atitudes:

a) Estratégia – “Vendo, pois, Ezequias que Senaqueribe vinha, e que estava resolvido contra Jerusalém, teve conselho com os seus príncipes e os seus homens valentes, para que se tapassem as fontes das águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram. Assim muito povo se ajuntou, e tapou todas as fontes, como também o ribeiro que se estendia pelo meio da terra, dizendo: Por que viriam os reis da Assíria, e achariam tantas águas?” (II Cr 32.3-4) – Se desejamos vencer as batalhas que se apresentam em nossa vida precisamos de estratégias, não podemos ir para o campo de batalha de qualquer maneira. A derrota às vezes nos consome porque entramos na linha de combate sem estratégia alguma. O rei Ezequias não fez assim, antes ele consultou seus oficiais e comandantes a fim de descobrir qual a melhor forma de anular o exército inimigo e mandou fechar as fontes de água.

b) Reparar os muros e preparar o armamento – “E ele se animou, e edificou todo o muro quebrado até as torres, e levantou o outro muro por fora; e fortificou a Milo na cidade de Davi, e fez armas e escudos em abundância”. (II Cr 32.5) – Se desejamos resistir ao inimigo, não podemos enfrentá-lo com os muros quebrados e com brechas, e sem o devido armamento. Quantas vezes o muro da nossa vida está em ruínas pelo pecado e caímos na tolice de achar que ainda assim resistiremos aos dardos inflamados do maligno. Caso enfrentemos o nosso adversário desta maneira, seremos presas fáceis. Ezequias mais uma vez nos ensina, ele mandou reparar os muros e fazer lanças e escudos, em outras palavras, ele tinha consciência de que, sem restauração não há quem subsista ao seu adversário.

c) Força e Coragem – “Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria...” (II Cr 32.7) – A palavra de Deus diz que o SENHOR não tem prazer naquele que retrocede. Diz também que recebemos um espírito de ousadia. Em outras palavras, Deus não nos fez para sermos covardes. A caminhada cristã exige coragem, intrepidez, ousadia. Ezequias foi direto em suas palavras ao dizer para o seu povo ter ânimo, coragem. Nunca na história um exército de covardes conquistou alguma coisa. Nós, como exército de Deus, sob a direção do nosso general que é Cristo, não podemos nos acovardar diante das batalhas da vida.


d) É preciso reconhecer que o Deus Todo-Poderoso guerreia as nossas guerras – “...Com ele está o braço de carne, mas conosco o SENHOR nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós”. (II Cr 32.7) – Aqui com certeza está o fator chave para grandes vitórias, confiar no Deus forte, o Guarda de Sião. Naqueles dias muitos exércitos confiavam em cavalos e cavaleiros e desprezavam o Santo de Israel (Is 31.1). Mas Ezequias sabia em quem cria. Confiava no SENHOR, sabia que o sobrenatural de Deus estava do seu lado independente do exército oponente ser muito forte e superior em números. A sua declaração demonstrou que seu coração e a sua esperança estavam depositados no SENHOR dos Exércitos, um Deus que jamais perdeu uma batalha. Em quem temos depositado a nossa esperança em meio às batalhas? É preciso descansar em Deus e permitir que Ele lute por nós.

e) É preciso orar e clamar por ajuda reconhecendo a nossa incapacidade perante o embate – “Porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, oraram contra isso, e clamaram ao céu. Então o SENHOR enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria...” (II Cr 32.20-21) – Eu fico sem ação quando leio um texto desses. Quando o rei (Ezequias), representante do povo e o profeta (Isaías), boca de Deus na terra, levantam um clamor aos céus, Deus simplesmente envia um anjo destruidor e o exército de Ezequias nem precisa ir para a luta. Com apenas um anjo de Deus tudo foi resolvido. O exército mais poderoso da terra foi derrotado por um anjo. E Senaqueribe foi assassinado pelos próprios filhos, o preço a ser pago por aqueles que zombam de Deus e escarnecem do Criador. Quantas são as vezes que o problema, a peleja se apresenta e nós não oramos, mas tentamos vencer a luta do nosso jeito, com a força do nosso braço.

Quando Senaqueribe se levantar contra a tua vida, faça como Ezequias e contemple a vitória em nome de Jesus.

Em Cristo,
Anderson Vieira

terça-feira, 20 de abril de 2010

Aprendendo com João Batista

“É necessário que ele cresça e que eu diminua”. (Jo 3.30 NVI)

A paz de Cristo. A biografia de João, o batista, é incomparável. Apesar das escrituras sagradas não atribuírem a este homem nenhum milagre e do seu nome não constar na galeria dos heróis da fé, entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que ele. Foi ele quem preparou o caminho para o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, fazendo cumprir uma das inúmeras profecias do profeta messiânico Isaías. João Batista foi um homem com um testemunho de vida tão impactante e tremendo, que o mundo não era digno dele.

Acredito que João Batista pode nos ensinar algumas lições importantes:

a) João Batista sabia qual o propósito Deus havia designado para ele cumprir. Ele sabia qual era o seu chamado:

Quando os judeus de Jerusalém enviaram sacerdotes e levitas para perguntarem quem ele era. João Batista respondeu com uma convicção notória: “Não sou o Cristo”. Perguntaram-lhe: “E então, quem é você? É Elias?” Ele disse: “Não sou”. “É o Profeta?” Ele respondeu: “Não”. Finalmente perguntaram: “quem é você? Dê-nos uma resposta, para que a levemos àqueles que nos enviaram. Que diz você acerca de si próprio?” João respondeu com as palavras do profeta Isaías: “Eu sou a voz do que clama no deserto: Façam um caminho reto para o Senhor”. (Jo. 1.19-23)

É de extrema importância que cada cristão saiba qual é o seu chamado e siga-o firmemente, conforme Paulo declara aos efésios, no capítulo 4, verso 11. Se não discernimos isso poderemos vivenciar momentos de crise e frustração. Lembro-me como se fosse hoje, fiz um teste de dons para ver qual poderia ser o meu chamado e tudo apontou para evangelista e não para pastor. Fiquei um pouco frustrado no momento, mas depois o Espírito Santo testificou em meu coração essa verdade. Ser pastor é uma coisa, ser evangelista é outra totalmente diferente.

b) João Batista pregava o que as pessoas precisavam ouvir e não o que elas queriam ouvir:

João Batista sabia que importava agradar a Deus e não a homens. Seus sermões eram duros e exortativos, visto a degradação moral em que o povo se encontrava. Este homem não se deixou intimidar nem pelo rei Herodes, chamando-o publicamente de adúltero. Pregava às pessoas acerca da importância do arrependimento, do abandono do pecado. Alguém poderia dizer que pela dureza ninguém lhe dava ouvidos, pelo contrário, vinha gente de Jerusalém, de toda a Judéia e de toda a região ao redor do Jordão confessando seus pecados e sendo batizados.

Imagine no púlpito da sua igreja uma mensagem dessas: O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo...Ele traz a pá em sua mão e limpará sua eira, juntando seu trigo no celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga.

c) João Batista apesar de ser usado poderosamente por Deus sabia que não era nada comparado a Jesus, e então, sempre exaltava seu Senhor:

Na minha caminhada cristã, se tem uma coisa que Deus precisou me tratar, foi acerca do “achar que sou alguma coisa”. Deus me proporcionou experiências que por pouco não me deixaram manquejando à semelhança de Jacó. Mas ao olhar para João Batista, eu glorifico a Deus porque ele sabia que o servo não pode ser maior que o seu senhor.

João Batista se considerava indigno de tirar as sandálias de Jesus. Ele se opôs quando Jesus foi a ele para ser batizado e uma vez que percebeu se tratava de Cristo, imediatamente disse a todos, declarando que Ele era “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.

O discurso de João Batista expressava aquilo que fluía em seu interior:
Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. (Mt 3.11)

É necessário que ele cresça e que eu diminua. (Jo 3.30)

Conclusão

O machado está posto à raiz, que possamos dar frutos em nome de Jesus e aprender com a vida de João Batista.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O que a palavra de Deus realiza em nossas vidas?

1. Ela nos alimenta e traz crescimento espiritual.

A palavra de Deus é o alimento diário do cristão, ou melhor, deveria ser, pois infelizmente, muitos lares cristãos estão desprovidos de apetite espiritual. A Bíblia Sagrada fica na estante a semana toda, sendo manuseada e lida apenas nos dias de culto na igreja. O que é um grande erro.

A vida espiritual é um grande processo que por meio do conhecimento da palavra, vamos subindo degrau a degrau diariamente. Se não estamos acostumados a subir um degrau por dia, não conseguiremos subir dezenas de degraus quando for necessário. Ao ser tentado por satanás Jesus fez uso da palavra para vencer a tentação: “E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus”. (Lc 4.4)

A melhor expressão da importância da palavra de Deus na vida do cristão é a orientação de Paulo aos Romanos: "A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus”. (Rm 10.17) – Sem a palavra de Deus a fé desaparece, morre, se extingue. É a palavra de Deus que mantém a chama da fé acesa em nosso coração.

Quanto ao crescimento espiritual, sem conhecer a palavra de Deus não passamos de nanicos, ficamos impossibilitados de crescer no reino e na fé. Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus. O que aviva o coração do cristão e lhe faz crescer de forma majestosa é o alimento sólido que é a palavra de Deus e não o “leite dado a crianças”, conforme Paulo diz aos coríntios. (1 Co 3.1)

2. Ela é uma arma que possibilita vitórias.

Devemos DECLARAR, CRER e VIVER a Palavra de Deus, pois só assim conseguiremos resistir ao diabo. (1 Pe 5:8-9) A Palavra de Deus é uma espada, que deve ser usada habilmente e sempre contra o inimigo. (Ef 6.17b). Paulo disse que “Somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37) – Tiago disse: Submetam-se a Deus, resistam ao diabo e ele fugirá de vós. (Tg 4.7). Podemos entender que só é possível submeter-se a Deus conhecendo a sua vontade que é expressa através da Sua palavra, a Bíblia Sagrada. Agindo assim, somos mais que vitoriosos e todas as coisas cooperam para o nosso bem. (Rm 8.28)


3. Ela nos santifica.

O salmista Davi disse: “Guardei a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti”. (Sl 119.11) - Precisamos conhecer a Palavra de Deus, pois ela é a fonte de libertação do pecado, é o manancial que nos purifica e nos leva à santidade. (Jo 8:32) Nada consegue derrubar aquele que conhece e está firmado na Palavra de Deus. (Sl 119.165)

“E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá”. (I Pedro 5:10)

O sangue de Jesus nos purifica e nos limpa de todo o pecado. O sangue vertido no madeiro nos justifica e nos dá acesso ao Pai.

4. Ela é o manual de vida e do serviço cristão.

A orientação de Paulo ao jovem pastor Timóteo expressa essa verdade, que é a necessidade de conhecer as Escrituras para poder desenvolver com excelência o serviço cristão, a obra de Deus.

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. (2 Tm 3.14-17)

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 26 de março de 2010

O valor do Ensino das Escrituras

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ENSINANDO-OS a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século. (Mt 28.19-20 – Grifo meu)

A paz de Cristo. Ao aparecer ressurreto aos seus discípulos na Galiléia, Jesus transmitiu a eles instruções de extremo valor. É interessante ressaltar que as palavras do Rabi foram no imperativo: Ide e fazei, batizando-os e ensinando-os. Foco o presente texto na palavra “ensinando-os”, em especial, ao ensino das Sagradas Escrituras.

Glorifico a Deus porque tenho visto um enorme número de conversões de almas nos últimos anos em cruzadas evangelísticas, programas de TV evangélicos, shows de cantores gospel e nas igrejas. Mas ao mesmo tempo pergunto a mim mesmo se tais pessoas estão sendo discipuladas e ensinadas acerca da Palavra de Deus.

Quando uma pessoa recebe a Jesus como Único e Suficiente Salvador, ela é como um tronco de madeira, mas conforme essa pessoa vai sendo discipulada por meio do ensino da Bíblia Sagrada, o Carpinteiro Jesus vai moldando o seu caráter e então ela se torna um utensílio de bom uso na Casa de Deus.

Jesus deu essas instruções porque sabia que sem o ensino bíblico as pessoas seriam presas fáceis de homens mal intencionados, aproveitadores, mercadores da fé.

Por que temos tantas pessoas que não se firmam em igrejas, cristãos infrutíferos, apagados e que, já deixaram de ser sal e passaram a ser pisados pelos homens? É simples. A maioria dessas pessoas não foi ensinada. Muitas delas apenas aceitaram Jesus, foram batizadas nas águas, mas não freqüentam Escola Bíblica Dominical, não realizam estudos no aconchego do lar, nem são discipuladas por alguém com mais experiência das Escrituras. E o resultado é uma fé superficial, sem raízes, sujeita a todo vento de doutrina. Todo jovem Timóteo precisa de um Paulo. O próprio Jesus disse que o povo perece porque não conhece as Escrituras e nem o poder de Deus.

Continuemos a anunciar Jesus para que vidas sejam salvas, a batizar em nome da Trindade, mas jamais nos esqueçamos da importância do ensino bíblico. Encerro com as palavras de Paulo ao jovem pastor Timóteo: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. (2 Tm 3.14-17)

Sola Scriptura.

Em Cristo,
Anderson Vieira

domingo, 14 de março de 2010

A importância e o poder da oração

Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus. (At 4.31)

A paz de Cristo. O livro de Atos é de uma riqueza de acontecimentos notória e singular. Começa relatando a ascensão de Jesus aos céus, segue com a descida do Espírito Santo, o tão conhecido “Dia de Pentecostes e prossegue apresentando-nos uma igreja primitiva marcada por perseguição, lutas, mártires, mas também por sinais, prodígios, maravilhas, poder, autoridade e oração, muita oração.

Eu mais que ninguém, sempre defendi a tese de que, a Bíblia Sagrada não é um livro de receitas, onde fazendo-se isso ou aquilo se consegue alguma coisa. Mas é inegável que a oração, quando feita com sinceridade e por causas plausíveis, e, principalmente, em conformidade com a Sagrada Escritura, faz com que Deus olhe de forma singular pela nossa súplica.

A Bíblia mostra expressões como: “Orou, Orando, Orava, Orai, Orar, Oraram”, entre outras para destacar a importância da oração. Vários acontecimentos bíblicos tiveram como presságio a oração. Logo, é impossível não fazer uma associação entre a oração e o agir do Senhor. Alguns textos expressam essa verdade: “Muito pode em seus efeitos a oração feita por um justo”. (Tg 5.16b) – “e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis”. (Mt 21.22).

O texto em destaque, Atos 4.31, também sinaliza para essa capacidade que a oração possui de mover o coração de Deus em favor dos santos. O texto diz que “tendo eles orado”, ou seja, a igreja levantou um clamor, e devido a isso ocorreu um abalo sísmico, sim, houve um terremoto, o lugar tremeu, e diz mais o texto, “todos ficaram cheios do Espírito Santo”, aqui eu li e reli várias vezes, a palavra é mesmo “TODOS”, ou seja, ninguém ficou de fora, todos foram cheios do Espírito Santo de Deus e como resultado desse avivamento, passaram a anunciar a palavra de Deus com intrepidez. Aleluia.

Uma oração gerou um terremoto e revestimento de poder. Quando leio um texto como este entendo porque Paulo disse aos Tessalonicenses: “Orai sem cessar”. É óbvio, é simples, se vocês priorizarem a oração, experimentarão o poder de Deus e farão prodígios e maravilhas.

Pedro orava, Paulo orava, Jesus orava, a igreja primitiva orava, por isso, a igreja contemporânea também deve orar. O cenário que a igreja primitiva enfrentou só poderia ser vencido por meio do poder da oração. E em nossos dias não é diferente, caso não venhamos urgentemente priorizar a oração em nossas congregações e, principalmente, nós mesmos orarmos, acabaremos experimentando o que a Europa e Estados Unidos já estão contemplando, uma falência espiritual onde templos estão sendo fechados e transformados em boates e pubs.

Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos estão atentos à sua oração. (1 Pe 3.12) – Creio que o avivamento que esperamos virá quando disserem à nosso respeito essas palavras: “Tendo eles orado”.

Já orou hoje?

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 8 de março de 2010

Vida estéril ou fecunda?

Excelso é o SENHOR, acima de todas as nações, e a sua glória acima dos céus... Faz que a mulher estéril viva em família e seja alegre mãe de filhos. Aleluia! (Sl 113. 4; 9 – Versão Genebra)

A paz de Cristo. Fico impressionado sempre que medito em relação à postura humana de auto-suficiência. Mas como um comediante de sucesso disse certa feita, “a vida é uma caixinha de surpresas”, e logo é possível detectar a fragilidade e impotência humana frente aos terremotos e tsunamis da vida.

Viver a vida alicerçando-se apenas na racionalidade e no intelecto levou muitos homens à loucura. Eu prefiro firmar-me na Rocha eterna. Você já percebeu a reação das pessoas frente a um embate com um câncer? Não existe nada a fazer, resta apenas submeter-se ao tratamento, está além das nossas forças.

A grande questão é que na história humana, somos confrontados pelos impossíveis da vida. E nesta hora, só a fé focada no Deus do impossível é capaz de nos dar fôlego para prosseguir sem esmorecer. Em Gênesis, cap. 12, Deus chama Abrão e promete que, através dele, encheria a terra. Só que tinha um problema, Sara, sua mulher era estéril. E não só ela, as demais matriarcas Rebeca e Raquel também eram estéreis. A promessa feita ao pai da fé dependia do sobrenatural de Deus, assim também foi com seu filho Isaque e seu neto Jacó.

As matriarcas estavam debaixo da promessa divina, mas eram incapazes de desfrutá-la, não fosse a boa mão do Senhor, visto que a esterilidade às incapacitava de maneira irreversível a conceber filhos.

A esterilidade ensinou aos patriarcas e matriarcas que Deus é soberano em suas promessas. Mais ainda. Deus mostrou que aquilo que Ele promete, Ele cumpre, e isso independe das circunstâncias.

Se fizermos uma analogia com a palavra esterilidade, podemos relacioná-la ao ministério, aos frutos, e tantas outras coisas na vida cristã. Como está a sua vida neste momento? Estéril? Sem filhos? Sem discípulos? Sem frutos? Então é hora de clamar o nome do SENHOR, porque apenas Ele é capaz de nos tornar fecundos. Olhe não apenas para as matriarcas, olhe para Ana, Isabel e verás o poder de um clamor sincero.

Quantas igrejas estão estéreis? Quantos ministérios não entenderam ainda que ser dependente de Deus é a melhor estratégia para gerar filhos espirituais em Cristo. Só nascerão Isaques, Josés, Samuéis, Micaías e outros, a hora em que a esterilidade for substituída por um avivamento.

Como Paulo disse: “Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós”. (2 Co 1.20)

Permaneça no plano de Deus. O SENHOR tornou as matriarcas fecundas, mas também tornou Mical estéril. É hora de voltar para os braços do Pai e deixar que Ele nos conduza às gestações espirituais.

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A única forma de andar com Deus

“Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si”.
(Gn 5।24 – Versão Genebra)

A paz de Cristo. Andar na presença de Deus é um privilégio e todo privilégio tem o seu preço, a sua condição. As Sagradas Escrituras revelam que Enoque andou com Deus e foi arrebatado. Também declara que Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos e que andava com Deus. Diz que Jó era homem íntegro e reto, e que este também andava com Deus e se desviava do mal. O próprio Deus disse ao patriarca Abraão: “Anda na minha presença e sê perfeito”. O Todo-Poderoso bradou: “Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. O verbo andar é empregado inúmeras vezes a fim de tornar claro uma característica singular do homem de Deus: ele e o SENHOR andam juntos.

É fato consumado que, todos os homens de Deus andaram na presença do Altíssimo. Mas entre as muitas atitudes necessárias para que andar com Deus seja possível, há uma que considero a mais importante, a ponto de afirmar com base na Bíblia Sagrada que, sem ela, absolutamente ninguém pode andar com Deus. Essa atitude é o “ABANDONO DO PECADO”. Afastar-se do pecado é uma atitude requerida na Bíblia inúmeras vezes com o intuito de que lhe seja dada a devida atenção. Qualquer um que ignore essa verdade jamais poderá dizer que anda com Deus.

Pecar é transgredir as leis de Deus em nossos pensamentos, palavras e atos. "Todo aquele que pratica o pecado transgride a lei; de fato, o pecado é a transgressão da lei". (1 Jo 3:4)

O salmista declara que bem-aventurado é o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. No livro do Profeta Miquéias está escrito: “Porque todos os povos andam, cada um em nome do seu deus; mas, quanto a nós, andaremos em nome do SENHOR, nosso Deus, para todo o sempre”. Daniel resolveu firmemente não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho, pois andava com Deus.

É inerente ao homem que anda com Deus, o abandono da prática do pecado. O pecado é um abismo que separa o homem do Pai. O salário do pecado é a morte. Sem santidade ninguém verá a Deus, quanto mais andar com Ele. Por isso Paulo disse: “Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor”.

O cristianismo é muito mais que uma religião, é um estilo de vida que anda no sentido contrário da ideologia deste mundo e que afronta com veemência o pecado. Paulo aos romanos escreveu: “Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes”. (Rm 13.13)

Andemos segundo os seus mandamentos (2 Jo 6). Nós não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito (Rm 8.4). Andemos no Espírito e jamais satisfaremos à concupiscência da carne (Gl 5.16). Façamos como o salmista orientou, guardemos no coração a santa palavra, para não pecar contra Deus. (Sl 119.11)

Grave isso, só há uma forma de andar com Deus: abandonando o pecado. Andemos na luz e não em trevas.

Deus te abençoe com toda sorte de bênçãos nas regiões celestiais.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Paralítico do Tanque de Betesda e Jesus

“Depois disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém। Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água. Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse. E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo. E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda. Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado”. (Jo 5.1-9)

A paz de Cristo। Jesus, em seu ministério terreno, constantemente surpreendia todos a sua volta com ações que fugiam do óbvio, do esperado, da mediocridade. Um bom exemplo foram os milagres que Jesus operou. Em determinados momentos Jesus era solicitado e operava milagres, em outros, sem que ninguém esperasse, ia até o necessitado e agraciava-lhe. Foi justamente isso que ocorreu junto ao Tanque de Betesda com um paralítico.

O texto em destaque começa dizendo que havia uma festa entre os judeus (provavelmente a Pessach, Páscoa), e que Jesus subiu a Jerusalém। Nos fala ainda que próximo à Porta das Ovelhas havia um tanque chamado Betesda, que significa “Casa de Misericórdia”. A Bíblia diz tanque, mas também pode ser entendido como uma piscina. Historiadores dizem que o tanque possuía 100 metros de cumprimento, 60 metros de largura e cerca de 10 metros de profundidade com cinco pórticos que o rodeavam.

Nos Alpendres (Espécie de Cobertura apoiada por Grandes Colunas), uma multidão de enfermos, tendo como base uma tradição, esperava o movimento das águas ocasionado por um anjo e o primeiro que entrasse no tanque era contemplado com a cura।

É impossível mensurar o número de pessoas ali alojadas no Tanque de Betesda e qual o período de tempo। Mas a Sagrada Escritura fala de um homem paralítico que esperava por seu milagre há trinta e oito anos. Quase quatro décadas marcadas pela incerteza, e, quem sabe, desesperança, devido a tanto tempo de espera sem conseguir o seu milagre junto ao tanque. Parecia que a Casa de Misericórdia não era tão misericordiosa assim.

Mas de repente surge no cenário um especialista em misericórdia, a própria misericórdia em pessoa, Jesus Cristo de Nazaré। Sem alarde e com compaixão divina, o Deus Filho adentra a Porta das Ovelhas e dirige-se direto ao paralítico e pergunta-lhe: Queres ser curado? – E o homem responde: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim”. Então, lhe disse Jesus: “Levanta-te, pega o teu leito e anda”. Imediatamente o homem se viu curado e começou a andar. E aquele dia era sábado.

Sabe o que este milagre nos ensina?

a) Os milagres de Deus não ocorrem por merecimento, e, sim, por vontade soberana de Deus, pela infinita graça। O texto não diz que o paralítico fez campanha, nem mesmo que era um cristão. Diz simplesmente que Jesus se dirigiu a ele e o curou. A iniciativa partiu do próprio Jesus, foi Ele quem viu o paralítico;

b) Jesus perguntou se o homem desejava a cura। Assim como perguntou a Bartimeu e a outros. Tem que existir o desejo, vontade. Deus dotou o homem da capacidade de decidir e por isso espera que o mesmo use tal privilégio com sabedoria. Se a pessoa não quiser, Deus não o fará forçadamente;

c) Os milagres de Deus não possuem fórmula para acontecerem। Deus age como quer. Se Deus pudesse ser manipulado pelo homem para operar milagres, Ele poderia ser um pseudo-deus, não o Deus onipotente, onisciente e onipresente;

d) O tempo e o dia em que um milagre acontece pertencem a Deus e não ao homem। Deus opera na hora oportuna. Era um sábado, um dia sagrado para os judeus, mas a cura do paralítico, na escala de valores de Jesus, era mais importante, estava acima da religião. Se aquele paralítico estava há 38 anos no Tanque de Betesda, isso significa que quando Jesus nasceu, aquele homem já estava ali. É claro que Deus pode operar imediatamente um milagre àquele que clama em desespero, Ele é Deus e conhece a necessidade de cada um. Mas pode ser que o milagre não ocorra no tempo em que o homem espera. Deus é soberano;

e) Por último podemos entender através desse acontecimento que Deus se importa com o desfavorecido, necessitado e excluído। Caso você esteja entregue à própria sorte como o paralítico, não perca a esperança, Deus pode lhe surpreender e surgir de repente junto ao tanque da sua vida e realizar um milagre em seu favor.

No amor de Cristo,
Anderson Vieira

domingo, 31 de janeiro de 2010

Ser sal, essencial na conduta cristã

“Vós sois o SAL da terra; ora, se o SAL vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens”. (Mt 5.13 grifo meu - Bíblia Shedd)

A paz de Cristo. No conhecidíssimo sermão do monte, Jesus faz um discurso antagônico à postura de uma falsa prática religiosa da época. O rabi apresenta as bem-aventuranças, prega de uma maneira envolvente e sábia, em padrões que quebram os protocolos estabelecidos na comunidade judaica. Posso até ver, Jesus a falar e a multidão fascinada. A certa altura do sermão, Jesus faz uso de uma metáfora e compara os discípulos ao sal da terra. Sim, sal.

Para discernimos o que Jesus quis dizer, precisamos entender o papel do sal na cultura dos israelitas:

 O sal simbolizava pureza e fidelidade. No AT as alianças eram feitas com o uso do sal – 2 Cr 13.5; O sal significava um pacto incorruptível, inviolável, indissolúvel – Nm 18.19; O sal não pode ser destruído pelo fogo e simbolizava a aliança duradoura entre Deus e Israel. O próprio Deus prescreveu o sal como parte necessária dos sacrifícios – Lv 2.13;

 Até hoje, as batatas e ovos cozidos servidos no Pessach, a Páscoa Judaica, são regados com água salgada que simboliza as lágrimas derramadas pelos judeus na fuga do Egito;

 O sal era essencial, sendo o único meio de preservar alimentos, tais como a carne, o peixe, etc; O valor primário do sal não estava em seu uso como condimento, mas em sua capacidade de preservar;

 Nos dias de Jesus era bem diferente dos nossos dias, o sal tinha um alto valor mercadológico, tanto que os soldados romanos eram pagos com sal, por isso se oriunda o termo salário.

Então, quando Jesus comparou os discípulos ao sal, estava fazendo referência às características que eles deveriam possuir:

 Como cristãos e sal, devemos impedir que este mundo corrompido entre em estado de putrefação espiritual. Devemos conservar as vidas em comunhão plena com Deus, a fim de que, ao ressoar da trombeta, o maior número possível de pessoas encontre-se com Jesus nos ares;

 Como sal, cabe a nós fazer com que a vida de muitos que estão perdidos ganhe sabor, sentido e direção;

 Como sal nós não podemos retroceder, devemos anunciar as boas novas do Reino de Deus, dar bom testemunho, salgar os ambientes em que estamos inseridos como trabalho, faculdade, lar, etc e fazer a diferença como novas criaturas que somos.

Por fim, fica o alerta para que não venhamos a tornar-nos insípidos. Os depósitos de sal, ao longo do mar Morto, contêm não só o cloreto de sódio, mas uma variedade de outros minerais também. Este sal podia vir a tornar-se sem utilidade quando a chuva lavava sua salinidade, tornando-o insípido no correr dos anos. Não permitamos que, com o passar do tempo, nossa vida fique sem sal. Caso isso venha a acontecer, para nada mais prestaremos, senão para, lançados fora, sermos pisados pelos homens (Mt 5.13b).

Deus conta conosco para salgar esse mundo. Ide...
No amor de Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Cristianismo sem Cruz

“Mas longe esteja de mim gloriar-me, SENÃO NA CRUZ DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo”.
(Gl 6.14 – grifo meu / Bíblia Shedd)

A paz de Cristo. O cristianismo genuíno anuncia Cristo crucificado e sua obra de redenção consumada na cruz. É fato que a cruz de Cristo é um tema central para o cristianismo, porém, está esquecida para muitos. Não acredita? Procure encontrar livros, músicas, artigos, sermões e pregações com a abordagem da cruz, é certo que encontrará alguma coisa com bastante dificuldade. O mesmo não acontece em relação às mensagens da teologia humanista/triunfalista e da prosperidade, cujos conteúdos são inesgotáveis.

Compreender o poder e a importância da cruz de Cristo é o que garante um evangelho transcendental. É impossível que um cristão convertido olhe para o que Jesus Cristo experimentou naquela cruz fincada no Gólgota com desprezo. A. W. Tozer disse que a cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. A própria Igreja é chamada para anunciar a mensagem da cruz. O Dr. Jhon Stott declara que “na teologia histórica cristã, a morte de Cristo é o ponto central da história; para aí todas as estradas do passado convergem; e daí saem todas as estradas do futuro”.

O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Deus provou o seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Que amor magnífico. Conhecer a Deus pela cruz é conhecer o amor incomensurável do Pai.

Agora entendo porque Paulo disse que a palavra da cruz é loucura. Como um blogueiro declarou dias atrás no twitter: “Cristianismo se exerce em cruz: Na vertical, amai o Pai sobre todas as coisas e na horizontal, a seu irmão como a ti mesmo”.

Cristianismo sem cruz é como fogueira de jornal, não se sustenta, logo se apaga.

No amor de Cristo,
Anderson Vieira

sábado, 16 de janeiro de 2010

Cristianismo sem Cristo

(...) Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; MAS NÓS PREGAMOS A CRISTO CRUCIFICADO, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. (I Co 1. 22-24 - grifo meu)

A paz de Cristo. Sabemos que o mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19), que o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo (2 Co 4.4), que qualquer um que pregar um evangelho que vá além das Sagradas Escrituras será anátema (Gl 1.9), e por fim, temos conhecimento de que ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo (1 Co 3.11).

O próprio Jesus declarou que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15.5), mas mesmo assim, com todas admoestações e orientações, com todo fundamento bíblico no autor e consumador da nossa fé, Jesus Cristo, estamos sendo testemunhas oculares de um “cristianismo sem Cristo”. À semelhança do que fez a Igreja de Laodicéia (Ap 3.20), muitas igrejas também enxotaram Jesus de seus cultos e o rabi está à porta, está a bater e querendo entrar, a fim de ceiar, de restabelecer a comunhão outrora perdida.

A ganância e a força do capitalismo (eclesiástico) expulsaram Cristo do seio da igreja. O apóstolo Pedro ao encontrar-se com o aleijado junto à porta Formosa, disse-lhe que não tinha nem prata e nem ouro, e no nome de Jesus Cristo, o nazareno, ordenou que o mesmo andasse e o milagre foi instantâneo. Muitas igrejas hoje não podem fazer essa declaração de Pedro por duas razões: 1ª) Não podem dizer que não tem prata e nem ouro, visto que suas contas bancárias estão abarrotadas de dinheiro. - 2ª) Não podem declarar como Pedro “em nome de Jesus Cristo”, porque há muito tempo Cristo não é citado em seus sermões. No lugar de Cristo se deu lugar a outras coisas que enaltecem ao homem e ao seu bem-estar.

A Bíblia diz que Cristo é tudo em todos, ao menos deveria ser. Cristo foi tirado de cena e em seu lugar entraram as práticas gananciosas e desenfreadas, o aumento da hostilidade, cobiça, inveja, mentira, ódio...

Antes que alguém venha me apedrejar e diga que a mim não compete julgar as atitudes que escancaradas estão para quem quiser ver no seio das igrejas, esclareço com base na Bíblia que não cabe a nós o julgamento calunioso (Mt 7. 1-2). Quanto a julgar no sentido de discernir, provar, examinar, tomar posição e refutar, é bíblico, aconselho que medite em Jo 7.24; 1 João 4.1; 1 Coríntios 14.29; 1 Tessalonicenses 5.21; etc.

Tragamos Cristo de volta para o cristianismo. Chamemos Cristo para dirigir novamente nossos cultos. Preguemos a Cristo crucificado e sua ressurreição. Como foi dito à Igreja em Éfeso: “LEMBRA-TE, POIS, DE ONDE CAÍSTE, ARREPENDE-TE E VOLTA À PRÁTICA DAS PRIMEIRAS OBRAS; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2.5 – grifo meu).

Cristianismo sem Cristo é como um relógio sem ponteiros. Não serve para absolutamente nada.

No amor de Cristo,
Anderson Vieira