sábado, 16 de janeiro de 2010

Cristianismo sem Cristo

(...) Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; MAS NÓS PREGAMOS A CRISTO CRUCIFICADO, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. (I Co 1. 22-24 - grifo meu)

A paz de Cristo. Sabemos que o mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19), que o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo (2 Co 4.4), que qualquer um que pregar um evangelho que vá além das Sagradas Escrituras será anátema (Gl 1.9), e por fim, temos conhecimento de que ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo (1 Co 3.11).

O próprio Jesus declarou que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15.5), mas mesmo assim, com todas admoestações e orientações, com todo fundamento bíblico no autor e consumador da nossa fé, Jesus Cristo, estamos sendo testemunhas oculares de um “cristianismo sem Cristo”. À semelhança do que fez a Igreja de Laodicéia (Ap 3.20), muitas igrejas também enxotaram Jesus de seus cultos e o rabi está à porta, está a bater e querendo entrar, a fim de ceiar, de restabelecer a comunhão outrora perdida.

A ganância e a força do capitalismo (eclesiástico) expulsaram Cristo do seio da igreja. O apóstolo Pedro ao encontrar-se com o aleijado junto à porta Formosa, disse-lhe que não tinha nem prata e nem ouro, e no nome de Jesus Cristo, o nazareno, ordenou que o mesmo andasse e o milagre foi instantâneo. Muitas igrejas hoje não podem fazer essa declaração de Pedro por duas razões: 1ª) Não podem dizer que não tem prata e nem ouro, visto que suas contas bancárias estão abarrotadas de dinheiro. - 2ª) Não podem declarar como Pedro “em nome de Jesus Cristo”, porque há muito tempo Cristo não é citado em seus sermões. No lugar de Cristo se deu lugar a outras coisas que enaltecem ao homem e ao seu bem-estar.

A Bíblia diz que Cristo é tudo em todos, ao menos deveria ser. Cristo foi tirado de cena e em seu lugar entraram as práticas gananciosas e desenfreadas, o aumento da hostilidade, cobiça, inveja, mentira, ódio...

Antes que alguém venha me apedrejar e diga que a mim não compete julgar as atitudes que escancaradas estão para quem quiser ver no seio das igrejas, esclareço com base na Bíblia que não cabe a nós o julgamento calunioso (Mt 7. 1-2). Quanto a julgar no sentido de discernir, provar, examinar, tomar posição e refutar, é bíblico, aconselho que medite em Jo 7.24; 1 João 4.1; 1 Coríntios 14.29; 1 Tessalonicenses 5.21; etc.

Tragamos Cristo de volta para o cristianismo. Chamemos Cristo para dirigir novamente nossos cultos. Preguemos a Cristo crucificado e sua ressurreição. Como foi dito à Igreja em Éfeso: “LEMBRA-TE, POIS, DE ONDE CAÍSTE, ARREPENDE-TE E VOLTA À PRÁTICA DAS PRIMEIRAS OBRAS; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2.5 – grifo meu).

Cristianismo sem Cristo é como um relógio sem ponteiros. Não serve para absolutamente nada.

No amor de Cristo,
Anderson Vieira