sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mornidão Espiritual

E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. (Ap 3.14-16)

A paz de Cristo. Se entre as 7 igrejas do livro da revelação, a igreja de Filadélfia tem o testemunho exemplar, a igreja de Laodicéia é o exemplo da conduta que não deve ser empregada entre os santos.

Laodicéia estava situada no meio de duas cidades especializadas no ramo de água. Hierápolis, há poucos quilômetros dali possuía fontes de água quente, usadas para o tratamento de várias doenças. Do lado oposto, estava Colosso, uma pequena cidade cercada de fontes de água mineral fresca. Dessas duas cidades, vinha água para Laodicéia através de pequenos canos de barro. A água quente que vinha de Hierápolis chegava morna em Laodicéia e a água fresca de Colosso, esquentava no calor do sol e chegava também morna em Laodicéia.

Com base nessa situação é que Jesus usa um exemplo conhecido por todos os laodicenses para explicitar o seu parecer: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”.

Imagine uma igreja impregnada pela mornidão espiritual a ponto de causar ânsia de vômito em seu Senhor? Para entender melhor o que Jesus estava dizendo, experimente beber um copo d’água morna e você verá exatamente o que o mestre estava dizendo.

Ao olhar para Igreja de Laodicéia é possível notar que a mesma mornidão espiritual dos laodicenses se apoderou da igreja contemporânea.

A mornidão espiritual gera indiferença por parte dos santos para com as realidades espirituais. Escolas bíblicas dominicais estão cada vez mais vazias, cultos cada vez mais frios, amor cada vez mais raro, fidelidade a Deus, à igreja e aos líderes já é uma utopia. A leitura bíblica, a busca pelos dons do Espírito Santo, tudo isso se apresenta em nossos dias como algo decadente. Hoje se muda de igreja assim como se muda de roupa e se a prosperidade financeira não chegar aqui, quem sabe chega acolá.
Jesus olhou para a igreja de Laodicéia e sentiu aversão.

A mornidão espiritual faz com que haja inversão de valores, ao invés dos laodicenses se humilharem diante do Senhor, estavam se exaltando e vangloriando-se, como muitos fazem por aí.

Paulos deixa-nos uma orientação clara para que não nos tornemos mornos: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. (Ef 5.18)

Devemos nos encher do Espírito Santo, pois crente vazio é presa fácil de satanás.
O enchimento do Espírito Santo traz nova graça e novo ânimo.
O Espírito Santo nos adestra.
O Espírito Santo traz luz sobre o nosso entendimento.
O Espírito Santo é uma conquista para que a igreja viva em plenitude.
Que o altar da sua vida esteja fumegando e não tomado pela mornidão.

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Desviar-se jamais

Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama. (2 Pe 2.20-22)

A paz de Cristo. Em minha curta caminhada aos pés da cruz de Cristo, quantas foram as pessoas que por razões das mais diversas, vi se desviarem de Jesus, da igreja, da comunhão dos santos.

Vez por outra eu olho para a foto do meu batismo que ocorreu em 2004 e ao olhar para as pessoas que comigo desceram às águas batismais, percebo que muitas delas se perderam pelo caminho, se jogaram com ímpeto nos braços das práticas mundanas novamente. E meu coração entristece.

Todos nós que nascemos de novo temos 3 inimigos declarados: o primeiro somos nós mesmos, a nossa carne, nossa natureza pecadora; o segundo é o diabo, inimigo ferrenho e o terceiro é o mundo (não o mundo físico, mas o sistema pelo qual o mundo é regido, já que a Escritura afirma que ele jaz no maligno).

As palavras da segunda carta de Pedro são duras, fortes, mas de uma veracidade singular, pois Pedro compara aquele que se desviou da fé a um cão que voltou ao seu próprio vômito, a uma porca que volta ao lamaçal após estar limpa. E é assim mesmo, Jesus compra-nos com o seu sangue, nos lava, nos limpa, nos purifica e imagina depois de estar com as vestes brancas, nos jogarmos numa poça de lama, na poça do pecado e fazemos pouco caso do sacrifício do Deus filho, na cruz do calvário.

E você que está de pé, cuide para não cair, afaste-se da aparência do mal e permaneça firme no Senhor e na força do seu poder।

Que Deus nos guarde de tal atitude. Que o SENHOR por meio do Espírito Santo convença os desviados, que são muitos, acerca do pecado, da justiça e do juízo, para que eles possam voltar para o lugar de onde nunca deveriam ter saído. Sejamos sal e luz neste mundo caído. Não nos esqueçamos jamais do propósito pelo qual fomos salvos. E aguardemos firmemente a volta do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

Maranata, ora vem Senhor Jesus.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Jesus, a nossa PAZ

A paz de Cristo. As pessoas têm vivido atormentadas. Problemas conjugais, financeiros, relacionais, entre outros, levam milhares de pessoas à depressão e no ápice da tempestade, muitas vezes ao suicídio.

A sociedade contemporânea quer paz, mas não consegue encontrá-la. Muitos definem “paz” como um lugar aonde se chega ou um estado de espírito. Na verdade, paz é uma pessoa, é um ser divino, é Jesus Cristo de Nazaré.

A Bíblia diz em Isaías que um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros e o seu nome será: Maravilhoso conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade e PRINCÍPE DA PAZ. (Is 9.6)

Jesus disse: Deixo-vos a minha paz. A minha paz vos dou. (Jo 14.27) - Jesus ressuscita e quando aparece aos discípulos, a primeira coisa que ele diz é: Paz seja convosco. (Jo 20:19).

As tribulações da vida transformam-se em nada, quando Jesus, que é a paz personificada, passa a habitar em nós por meio do Espírito Santo. O Reino de Deus é paz, Jesus é o Príncipe da Paz, o Evangelho é da paz e é a nossa paz. (Ef 2.14). É a paz que excede todo entendimento. (Fp 4.7)

Jesus disse: Vos disse essas coisas para que em mim tenhais paz, no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo. (Jo 16.33).

Permita que o Deus da paz lhe conceda ânimo porque a alegria do SENHOR é a nossa força. Vença a depressão, a inquietude, o desespero, deixe Jesus encher de paz o seu coração, de natureza que, a sua vida ganhará um novo sentido, uma nova razão de ser.
PAZ seja convosco.

Em Cristo,
Anderson Vieira.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Como vencer uma grande batalha?

“Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco o SENHOR nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá”. Porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, oraram contra isso, e clamaram ao céu. Então o SENHOR enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria; e envergonhado voltou à sua terra; e, entrando na casa de seu deus, alguns dos seus próprios filhos, o mataram ali à espada. Assim livrou o SENHOR a Ezequias, e aos moradores de Jerusalém, da mão de Senaqueribe, rei da Assíria, e da mão de todos; e de todos os lados os guiou. (II Cr 32.7-8; 20-22)

A paz de Cristo. Qual de nós pode declarar que jamais enfrentou uma grande batalha na vida? Quem nunca enfrentou um Golias face a face? A verdade é que todos nós estamos sujeitos a passar por lutas e provações nesta vida, a diferença se dá na forma, na maneira pela qual nós enfrentamos a peleja.

A Bíblia Sagrada tem respostas e orientações para as situações mais adversas da vida, e como vencer uma grande batalha é uma delas. No segundo livro de Crônicas, o rei Ezequias nos ensina com suas atitudes lições valiosas para vencermos as lutas e os nossos inimigos. É importante ressaltar que o oponente de Ezequias era ninguém menos que Senaqueribe, rei da Assíria, provavelmente, segundo relatos bíblicos, o exército mais poderoso da terra naqueles dias, uma potência que esmagava tudo que cruzava o seu caminho. Mas o rei Ezequias era fiel a Deus e ao invés do desespero, vejamos quais foram as suas atitudes:

a) Estratégia – “Vendo, pois, Ezequias que Senaqueribe vinha, e que estava resolvido contra Jerusalém, teve conselho com os seus príncipes e os seus homens valentes, para que se tapassem as fontes das águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram. Assim muito povo se ajuntou, e tapou todas as fontes, como também o ribeiro que se estendia pelo meio da terra, dizendo: Por que viriam os reis da Assíria, e achariam tantas águas?” (II Cr 32.3-4) – Se desejamos vencer as batalhas que se apresentam em nossa vida precisamos de estratégias, não podemos ir para o campo de batalha de qualquer maneira. A derrota às vezes nos consome porque entramos na linha de combate sem estratégia alguma. O rei Ezequias não fez assim, antes ele consultou seus oficiais e comandantes a fim de descobrir qual a melhor forma de anular o exército inimigo e mandou fechar as fontes de água.

b) Reparar os muros e preparar o armamento – “E ele se animou, e edificou todo o muro quebrado até as torres, e levantou o outro muro por fora; e fortificou a Milo na cidade de Davi, e fez armas e escudos em abundância”. (II Cr 32.5) – Se desejamos resistir ao inimigo, não podemos enfrentá-lo com os muros quebrados e com brechas, e sem o devido armamento. Quantas vezes o muro da nossa vida está em ruínas pelo pecado e caímos na tolice de achar que ainda assim resistiremos aos dardos inflamados do maligno. Caso enfrentemos o nosso adversário desta maneira, seremos presas fáceis. Ezequias mais uma vez nos ensina, ele mandou reparar os muros e fazer lanças e escudos, em outras palavras, ele tinha consciência de que, sem restauração não há quem subsista ao seu adversário.

c) Força e Coragem – “Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria...” (II Cr 32.7) – A palavra de Deus diz que o SENHOR não tem prazer naquele que retrocede. Diz também que recebemos um espírito de ousadia. Em outras palavras, Deus não nos fez para sermos covardes. A caminhada cristã exige coragem, intrepidez, ousadia. Ezequias foi direto em suas palavras ao dizer para o seu povo ter ânimo, coragem. Nunca na história um exército de covardes conquistou alguma coisa. Nós, como exército de Deus, sob a direção do nosso general que é Cristo, não podemos nos acovardar diante das batalhas da vida.


d) É preciso reconhecer que o Deus Todo-Poderoso guerreia as nossas guerras – “...Com ele está o braço de carne, mas conosco o SENHOR nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós”. (II Cr 32.7) – Aqui com certeza está o fator chave para grandes vitórias, confiar no Deus forte, o Guarda de Sião. Naqueles dias muitos exércitos confiavam em cavalos e cavaleiros e desprezavam o Santo de Israel (Is 31.1). Mas Ezequias sabia em quem cria. Confiava no SENHOR, sabia que o sobrenatural de Deus estava do seu lado independente do exército oponente ser muito forte e superior em números. A sua declaração demonstrou que seu coração e a sua esperança estavam depositados no SENHOR dos Exércitos, um Deus que jamais perdeu uma batalha. Em quem temos depositado a nossa esperança em meio às batalhas? É preciso descansar em Deus e permitir que Ele lute por nós.

e) É preciso orar e clamar por ajuda reconhecendo a nossa incapacidade perante o embate – “Porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, oraram contra isso, e clamaram ao céu. Então o SENHOR enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria...” (II Cr 32.20-21) – Eu fico sem ação quando leio um texto desses. Quando o rei (Ezequias), representante do povo e o profeta (Isaías), boca de Deus na terra, levantam um clamor aos céus, Deus simplesmente envia um anjo destruidor e o exército de Ezequias nem precisa ir para a luta. Com apenas um anjo de Deus tudo foi resolvido. O exército mais poderoso da terra foi derrotado por um anjo. E Senaqueribe foi assassinado pelos próprios filhos, o preço a ser pago por aqueles que zombam de Deus e escarnecem do Criador. Quantas são as vezes que o problema, a peleja se apresenta e nós não oramos, mas tentamos vencer a luta do nosso jeito, com a força do nosso braço.

Quando Senaqueribe se levantar contra a tua vida, faça como Ezequias e contemple a vitória em nome de Jesus.

Em Cristo,
Anderson Vieira