quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Grite por socorro, Deus te ouvirá

“Na minha aflição clamei ao SENHOR; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz; meu grito chegou à sua presença, aos seus ouvidos”. (Sl 18.6 NVI)

A paz de Cristo. As pressões do dia a dia, os problemas, o stress, a correria e muitas outras coisas, têm atuado como um jugo sobre o pescoço de muita gente. Parece-me que somos panelas de pressão com a válvula quebrada, prestes a explodir a qualquer momento.

Poderia falar do grito mais comum, o grito da fúria, do desequilíbrio emocional, do grito gerado pelo “não agüento mais”, todavia, quero dedicar algumas linhas a um grito muito mais estridente, o grito da nossa alma.

O salmo 18 é um cântico que foi entoado quando o SENHOR livrou Davi das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. Quantas são as vezes que somos oprimidos por adversários que buscam de forma silenciosa calar a voz da nossa alma em direção a Deus.

Davi era um homem segundo o coração de Deus justamente pelo fato de reconhecer suas fraquezas e angústias, por discernir que as situações apresentadas em sua vida só poderiam ser resolvidas por meio de uma intervenção divina. Davi não tinha vergonha de gritar, de clamar, de recorrer a Deus em meio ao calor da aflição. O resultado é que o SENHOR ouvia a sua voz, o seu clamor, os gritos da sua alma.

Pode ser que você esteja enfrentando uma situação onde dá vontade de sair pelas ruas aos gritos a fim de que o desespero seja amenizado. Mas o melhor mesmo a fazer é entrar no seu quarto, fechar a porta e rasgar a alma, gritar em silêncio ao Deus que vê em secreto. Procedendo assim, pela fé, o SENHOR se manifestará e será o seu refúgio e fortaleza, fazendo com que você descanse à sua sombra, sim, à sombra do Todo-Poderoso.

Grite por socorro ao seu Deus. Ele te ouvirá.

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Esboço Sermão:Unidade da Igreja - Estabeleça antes que seja tarde!

Leitura texto áureo: Atos 2.42-44 (NVI)

“Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se UNIDOS e tinham TUDO em COMUM”.

Introdução

Um reino dividido contra si mesmo não subsiste, disse o Senhor Jesus (Lucas 11.17).

O apóstolo Paulo, o maior escritor do Novo Testamento dá grande ênfase à questão da unidade da Igreja, dirigindo-se aos efésios disse que eles deveriam se esforçar diligentemente para preservar a unidade do Espírito, pois há um só corpo e um Espírito, uma só esperança, um só SENHOR, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. (Efésos 4.3-6)

Em sua carta endereçada aos Filipenses, o apóstolo Paulo declara: “...completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo sentimento”. (Filipenses 2.2)

Em sua carta à Igreja de Corinto, o apóstolo Paulo aborda diversos assuntos de extrema importância, entre eles a falta de unidade por parte dos coríntios, as divisões:

“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente UNIDOS, na mesma disposição mental e no mesmo parecer”. (1 Coríntios 1.10)

Uns estavam dizendo que eram de Paulo e outros de Apolo, gerando divisões na igreja, contendas e desunião. Tal fato levou Paulo a admoestá-los severamente. (1 Coríntios 3.1-7)

Quando um assunto aparece várias vezes nas Escrituras Sagradas é porque Deus espera que não passe despercebido diante dos nossos olhos, é um sinal de alerta.

Contextualização

Infelizmente temos vivenciado um momento onde as igrejas contemporâneas estão sem unidade, divididas por denominações, interesses, modos de pensar diferentes, conflitos teológicos, entre outras coisas. É cada um por si. Líderes passaram a se ver como concorrentes uns dos outros.

A Igreja Primitiva também tinha muitos problemas, mas a unidade estava estabelecida. Inclusive, igreja que não tem problemas pode ser tudo, menos igreja.

Desenvolvimento

“Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se UNIDOS e tinham TUDO em COMUM”. Atos 2.42-44 (NVI)

A Igreja Primitiva tinha discernimento acerca da importância, do valor da unidade, e isso fez toda diferença. E essa unidade estava alicerçada em 04 pontos fundamentais:

a)Unidade na fé em Jesus Cristo;

A Igreja Primitiva, liderada pelos apóstolos, estava unida em declarar que Jesus Cristo havia vencido a morte, ressuscitado ao 3° dia, estado com eles durante 40 dias, ascendido ao céu e posteriormente enviado o Espírito Santo, revestindo-os de poder e autoridade no Dia de Pentecostes. A unidade estava depositada na pessoa bendita de Cristo Jesus. Eles tinham consciência de que o testemunho acerca do Mestre dito por todos impactaria Jerusalém, Samaria e os confins da terra. E graças a essa unidade, o evangelho chegou até nós. A unidade não estava em assuntos como prosperidade, isso ou aquilo, mas em Jesus Cristo. Era pregado em unidade um evangelho cristocêntrico e não humanista.

b)Unidade na Comunhão;

O Senhor Jesus instruiu muito bem os apóstolos acerca da importância da comunhão, que tinha o seu ápice na ceia do Senhor. Não é por acaso que o salmista declarou: Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em comunhão (Salmo 133). A igreja deve ser um lugar de comunhão, amor, paz e alegria, onde a família de Deus tem prazer em estar reunida, em unidade, para adorar e bendizer ao SENHOR.

c)Unidade nas Adversidades;

A Igreja Primitiva enfrentou perseguições, os primeiros cristãos foram açoitados, decapitados, cerrados ao meio, aprisionados, oprimidos, crucificados, mas devido ao fato da igreja estar unida em meio às adversidades, conseguiu superar todos os obstáculos. Com unidade nas adversidades, a força, o vigor, o poder de Deus se manifestavam cada vez mais. Parece que quanto maior era a perseguição e a opressão, mais a igreja se fortalecia e mais unida se tornava. “O cordão de três dobras não se rebenta com facilidade”. (Eclesiastes 4.12)

d)Unidade na Oração.

Aqui está um dos grandes segredos da Igreja Primitiva, a prioridade da oração. Igreja que não tem unidade na oração está fadada ao fracasso, à apostasia, à ausência da manifestação do poder de Deus.

Uma igreja que não ora em unidade é como um pescador que vai pescar sem isca, é como um soldado que vai pra guerra sem munição, é algo simplesmente absurdo, não tem chance de dar certo.

Em atos 4.31, quando os cristãos reunidos e unidos em um propósito fazem uma oração a Deus, simplesmente aconteceu um terremoto no lugar e todos ficaram cheios do Espírito Santo.

Unidade na oração significa revestimento de poder e autoridade para a igreja.

E não podemos deixar de olhar a Unidade do Deus único – A doutrina da trindade exige que demos honra igual a cada uma das três pessoas distintas na unidade do Deus único. Os três são um: Pai, Filho e Espírito Santo. Se o próprio Deus atua em unidade por que a igreja insiste em estar dividida?

Conclusão

Priorizar a unidade no Corpo de Cristo é uma questão de sobrevivência no reino espiritual.

Em Cristo,
Anderson Vieira

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Esboço Sermão: Cristãos e a Crise de Identidade

Introdução - Marcas da Identidade de Israel

Nação constituída debaixo de uma promessa feita a Abrão, que veio a se tornar Abraão (pai de nações) – (Gn 12.1-2);

Povo que foi feito escravo por 400 anos no Egito, mas que teve um libertador enviado por Deus chamado Moisés;

Nação que era a oliveira formosa de Deus, a menina dos seus olhos;

Povo separado, escolhido para adorar somente a Deus e nenhum outro, rejeitando baal, astarote e outros deuses pagãos;

Povo que teve experiências sobrenaturais como atravessar o mar vermelho a seco, receber maná, codornizes e água no deserto, e ter suas vestimentas preservadas por Deus;

Povo que era governado pelo SENHOR, tendo recebido seus mandamentos e ordenanças como nenhum outro para lhe prestar adoração e receber perdão de seus pecados;

Raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. (1 Pe 2.9).

Leitura: I Samuel 8

Desenvolvimento

O capítulo 8, de 1 Samuel, revela uma perca de identidade por parte de Israel. Semelhantemente, os cristãos da igreja contemporânea têm passado por crises de identidade, perdendo as características de um um povo kadosh.


Texto áureo: “Constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações” (I Sm 8.5)

a) Os anciãos usaram o mal testemunho dos filhos de Samuel como desculpas/álibi para rejeitar a Deus – Os filhos de Samuel estavam pecando, mas Deus não tinha nada a ver com a postura errada deles. Mas os anciãos quiseram tirar proveito disso para tentar justificar a sua decisão de querer um rei. No padrão mundano em qualquer situação de problema todos abandonam o barco. É a lei de Gérson, todos querem apenas se dar bem. Ninguém está disposto a ajudar. Ninguém tem compromisso. Com o povo de Deus não pode ser assim, se surge um problema devemos orar e tentar resolvê-lo em amor. Em muitas igrejas, devido a uma decepção humana, pessoas fazem uso de tal fato para justificar o abandono da igreja, do ministério, do pastor, ou como Israel fez, abandonar até a Deus. Chega de desculpas, Deus quer pessoas compromissadas com Ele. As pessoas apresentam desculpas porque não querem compromisso e nem se sujeitar a Deus de forma plena.

b) Israel ignorou veementemente o fato de que Deus era o seu rei. - Era Deus quem os protegia, supria suas necessidades e sobre eles reinava. Era um modelo de governo teocrático. Eles simplesmente rejeitaram a Deus e o seu governo perfeito. Queriam um homem governando a eles, mostrando de forma espiritual nas entrelinhas que a vontade humana é que prevalecia em suas vidas. Quem tem governado a sua vida? Deus ou você mesmo? Paulo disse aos Gálatas!Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. Ou seja, à Cristo sujeito as minhas vontades, o meu falar, o meu pensar, o meu agir, o meu viver, a minha alma, corpo e espírito agora estão sob os cuidados de Deus.

c) Abandonar o governo de Deus já era um grave erro. Mas se isso viesse acontecer havia uma orientação divina em Deuteronômio 17.14-15 que os israelitas não obedeceram e ainda se espelharam nas nações pagãs. Triplo erro:

1) Apesar de tantas experiências com Deus, Israel não conhecia o caráter de Deus. Quem não conhece a Deus de forma plena não confia. Salmo 37.5 diz para confiarmos o nosso caminho ao SENHOR e o mais Ele fará. Intimidade com Deus é fundamental na caminhada cristã. Israel decidiu abandonar a Deus.

2) A orientação de Deus em Deuteronômio 17.14-15 é que Deus escolheria um rei para os israelitas caso eles viessem a cometer esse grave erro. Mas não, eles tomaram a frente e colocaram Samuel contra a parede.

3) As nações ou o mundo não são parâmetros que devem nortear as atitudes de quem crê em Deus. O modelo de fé e prática do povo de Deus é a palavra de Deus e não aquilo que o mundo dita ou pratica. Inclusive, a intenção de Deus sempre foi que as nações idólatras tivessem Israel como um modelo a ser seguido e não que Israel imitasse as outras nações. Qual tem sido o seu referencial de vida? Em quem você tem se espelhado? Em Jesus ou em pessoas sem qualquer compromisso com Deus e com a sua palavra? O apóstolo Paulo era um imitador de Cristo. E você, quem tem imitado? O nosso alvo sempre deve ser Jesus, buscar chegar à sua estatura.

Conclusão
Nada justifica abandonar a Deus;
Devemos ser governados por Deus;
Devemos imitar a Cristo.

Em Cristo,
Anderson Vieira