sexta-feira, 26 de março de 2010

O valor do Ensino das Escrituras

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ENSINANDO-OS a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século. (Mt 28.19-20 – Grifo meu)

A paz de Cristo. Ao aparecer ressurreto aos seus discípulos na Galiléia, Jesus transmitiu a eles instruções de extremo valor. É interessante ressaltar que as palavras do Rabi foram no imperativo: Ide e fazei, batizando-os e ensinando-os. Foco o presente texto na palavra “ensinando-os”, em especial, ao ensino das Sagradas Escrituras.

Glorifico a Deus porque tenho visto um enorme número de conversões de almas nos últimos anos em cruzadas evangelísticas, programas de TV evangélicos, shows de cantores gospel e nas igrejas. Mas ao mesmo tempo pergunto a mim mesmo se tais pessoas estão sendo discipuladas e ensinadas acerca da Palavra de Deus.

Quando uma pessoa recebe a Jesus como Único e Suficiente Salvador, ela é como um tronco de madeira, mas conforme essa pessoa vai sendo discipulada por meio do ensino da Bíblia Sagrada, o Carpinteiro Jesus vai moldando o seu caráter e então ela se torna um utensílio de bom uso na Casa de Deus.

Jesus deu essas instruções porque sabia que sem o ensino bíblico as pessoas seriam presas fáceis de homens mal intencionados, aproveitadores, mercadores da fé.

Por que temos tantas pessoas que não se firmam em igrejas, cristãos infrutíferos, apagados e que, já deixaram de ser sal e passaram a ser pisados pelos homens? É simples. A maioria dessas pessoas não foi ensinada. Muitas delas apenas aceitaram Jesus, foram batizadas nas águas, mas não freqüentam Escola Bíblica Dominical, não realizam estudos no aconchego do lar, nem são discipuladas por alguém com mais experiência das Escrituras. E o resultado é uma fé superficial, sem raízes, sujeita a todo vento de doutrina. Todo jovem Timóteo precisa de um Paulo. O próprio Jesus disse que o povo perece porque não conhece as Escrituras e nem o poder de Deus.

Continuemos a anunciar Jesus para que vidas sejam salvas, a batizar em nome da Trindade, mas jamais nos esqueçamos da importância do ensino bíblico. Encerro com as palavras de Paulo ao jovem pastor Timóteo: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. (2 Tm 3.14-17)

Sola Scriptura.

Em Cristo,
Anderson Vieira

domingo, 14 de março de 2010

A importância e o poder da oração

Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus. (At 4.31)

A paz de Cristo. O livro de Atos é de uma riqueza de acontecimentos notória e singular. Começa relatando a ascensão de Jesus aos céus, segue com a descida do Espírito Santo, o tão conhecido “Dia de Pentecostes e prossegue apresentando-nos uma igreja primitiva marcada por perseguição, lutas, mártires, mas também por sinais, prodígios, maravilhas, poder, autoridade e oração, muita oração.

Eu mais que ninguém, sempre defendi a tese de que, a Bíblia Sagrada não é um livro de receitas, onde fazendo-se isso ou aquilo se consegue alguma coisa. Mas é inegável que a oração, quando feita com sinceridade e por causas plausíveis, e, principalmente, em conformidade com a Sagrada Escritura, faz com que Deus olhe de forma singular pela nossa súplica.

A Bíblia mostra expressões como: “Orou, Orando, Orava, Orai, Orar, Oraram”, entre outras para destacar a importância da oração. Vários acontecimentos bíblicos tiveram como presságio a oração. Logo, é impossível não fazer uma associação entre a oração e o agir do Senhor. Alguns textos expressam essa verdade: “Muito pode em seus efeitos a oração feita por um justo”. (Tg 5.16b) – “e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis”. (Mt 21.22).

O texto em destaque, Atos 4.31, também sinaliza para essa capacidade que a oração possui de mover o coração de Deus em favor dos santos. O texto diz que “tendo eles orado”, ou seja, a igreja levantou um clamor, e devido a isso ocorreu um abalo sísmico, sim, houve um terremoto, o lugar tremeu, e diz mais o texto, “todos ficaram cheios do Espírito Santo”, aqui eu li e reli várias vezes, a palavra é mesmo “TODOS”, ou seja, ninguém ficou de fora, todos foram cheios do Espírito Santo de Deus e como resultado desse avivamento, passaram a anunciar a palavra de Deus com intrepidez. Aleluia.

Uma oração gerou um terremoto e revestimento de poder. Quando leio um texto como este entendo porque Paulo disse aos Tessalonicenses: “Orai sem cessar”. É óbvio, é simples, se vocês priorizarem a oração, experimentarão o poder de Deus e farão prodígios e maravilhas.

Pedro orava, Paulo orava, Jesus orava, a igreja primitiva orava, por isso, a igreja contemporânea também deve orar. O cenário que a igreja primitiva enfrentou só poderia ser vencido por meio do poder da oração. E em nossos dias não é diferente, caso não venhamos urgentemente priorizar a oração em nossas congregações e, principalmente, nós mesmos orarmos, acabaremos experimentando o que a Europa e Estados Unidos já estão contemplando, uma falência espiritual onde templos estão sendo fechados e transformados em boates e pubs.

Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos estão atentos à sua oração. (1 Pe 3.12) – Creio que o avivamento que esperamos virá quando disserem à nosso respeito essas palavras: “Tendo eles orado”.

Já orou hoje?

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 8 de março de 2010

Vida estéril ou fecunda?

Excelso é o SENHOR, acima de todas as nações, e a sua glória acima dos céus... Faz que a mulher estéril viva em família e seja alegre mãe de filhos. Aleluia! (Sl 113. 4; 9 – Versão Genebra)

A paz de Cristo. Fico impressionado sempre que medito em relação à postura humana de auto-suficiência. Mas como um comediante de sucesso disse certa feita, “a vida é uma caixinha de surpresas”, e logo é possível detectar a fragilidade e impotência humana frente aos terremotos e tsunamis da vida.

Viver a vida alicerçando-se apenas na racionalidade e no intelecto levou muitos homens à loucura. Eu prefiro firmar-me na Rocha eterna. Você já percebeu a reação das pessoas frente a um embate com um câncer? Não existe nada a fazer, resta apenas submeter-se ao tratamento, está além das nossas forças.

A grande questão é que na história humana, somos confrontados pelos impossíveis da vida. E nesta hora, só a fé focada no Deus do impossível é capaz de nos dar fôlego para prosseguir sem esmorecer. Em Gênesis, cap. 12, Deus chama Abrão e promete que, através dele, encheria a terra. Só que tinha um problema, Sara, sua mulher era estéril. E não só ela, as demais matriarcas Rebeca e Raquel também eram estéreis. A promessa feita ao pai da fé dependia do sobrenatural de Deus, assim também foi com seu filho Isaque e seu neto Jacó.

As matriarcas estavam debaixo da promessa divina, mas eram incapazes de desfrutá-la, não fosse a boa mão do Senhor, visto que a esterilidade às incapacitava de maneira irreversível a conceber filhos.

A esterilidade ensinou aos patriarcas e matriarcas que Deus é soberano em suas promessas. Mais ainda. Deus mostrou que aquilo que Ele promete, Ele cumpre, e isso independe das circunstâncias.

Se fizermos uma analogia com a palavra esterilidade, podemos relacioná-la ao ministério, aos frutos, e tantas outras coisas na vida cristã. Como está a sua vida neste momento? Estéril? Sem filhos? Sem discípulos? Sem frutos? Então é hora de clamar o nome do SENHOR, porque apenas Ele é capaz de nos tornar fecundos. Olhe não apenas para as matriarcas, olhe para Ana, Isabel e verás o poder de um clamor sincero.

Quantas igrejas estão estéreis? Quantos ministérios não entenderam ainda que ser dependente de Deus é a melhor estratégia para gerar filhos espirituais em Cristo. Só nascerão Isaques, Josés, Samuéis, Micaías e outros, a hora em que a esterilidade for substituída por um avivamento.

Como Paulo disse: “Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós”. (2 Co 1.20)

Permaneça no plano de Deus. O SENHOR tornou as matriarcas fecundas, mas também tornou Mical estéril. É hora de voltar para os braços do Pai e deixar que Ele nos conduza às gestações espirituais.

Em Cristo,
Anderson Vieira