sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Hemorragia na alma

Mt 9.20-22 / Mc 5.25-34 / Lc 8.43-48

Introdução

A paz de Cristo. Fala-se de hemorragia vaginal, ou metrorragia, em presença de uma perda de sangue anormal que não coincide com o ciclo menstrual. Considera-se que existe uma hemorragia vaginal anormal quando há perdas de sangue por via vaginal que não aparecem na altura esperada ou que surgem em grandes quantidades (durante mais de sete dias). http://saude-publica.blogspot.com/2005/04/hemorragias-vaginais.html http://www.pcd.pt/biblioteca/docs.php?id=514&id_doc=247&id_cat=10

Com mais de sete dias a menstruação é considerada hemorragia vaginal anormal. Imagine uma mulher passar 12 anos, ou seja, 4380 dias perdendo sangue diariamente. A mulher do fluxo de sangue estava com hemorragia insolúvel, não havia quem a curasse, de natureza que todos os seus recursos foram gastos em vão. Esta mulher morria aos poucos, pois sangue é vida. Todavia, não quero dar ênfase a essa hemorragia física, e, sim, à hemorragia gerada na alma desta mulher.

Desenvolvimento

A alma consiste de mente ou intelecto, vontade e emoções. Santo Agostinho disse que as lágrimas são o sangue da alma. Já C. S. Lewis disse que nós não temos uma alma. Somos uma alma e temos um corpo. A alma desta mulher estava sangrando. Vejamos a causa dessa hemorragia em sua alma:

a) Sofrimento demasiado - A Bíblia diz em Provérbios que a esperança adiada desfalece o coração, mas o desejo atendido é árvore de vida. (Pv 13.12) – 12 anos de sofrimento ininterruptos, dia e noite, noite e dia (Mc 5.25). A alma desta mulher estava esfacelada.

b) Crise financeira – A Bíblia diz em Mateus: “Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?” (Mt 6.31) – Porém, esta mulher já havia despendido tudo que tinha. Os seus recursos haviam terminado, não havia mais o que fazer, pra onde ir, o que comer, o que beber, ou até mesmo o que vestir. Era um estado total de privação financeira. Ela estava fadada à miséria.

c) Privação Conjugal e Rejeição – A Escritura não diz se esta mulher era casada ou solteira, contudo, segundo a lei judaica, a mulher com fluxo de sangue não podia relacionar-se com o marido. Se ela era casada, podemos deduzir que seu casamento possivelmente passava por uma grave crise, visto que durante 12 anos ela e seu esposo não tiveram nenhum contato físico, já que a mulher menstruada era considerada impura (niddah em hebraico) e proibida de ter relações sexuais com o cônjuge. Caso ela fosse solteira, com esse quadro não poderia casar-se. Uma verdadeira prisão invisível. A alma estava sendo torturada, dilacerada. Esta mulher sem sombra de dúvidas estava na extremidade da morte, à beira do precipício. Imagine a possibilidade de ser repudiada pelo próprio marido?

d) Privação Social e Solidão – Jó se sentindo solitário clamou: “Quebrou-me de todos os lados, e eu me vou; e arrancou a minha esperança, como a uma árvore”. (Jó 19.10) – Esta mulher não podia fazer parte do convívio social, antes, devia viver à margem da sociedade em total isolamento. O tratamento que esta mulher recebia era como se estivesse com lepra. 12 anos sem receber um abraço de um familiar, sem desfrutar de comunhão com seus amigos. Sua autoestima estava destruída. Sua alma em frangalhos agonizava.

e) Privação Religiosa – Esta mulher estava impedida de entrar no templo ou na sinagoga para adorar a Deus. Ela não participava de um culto fazia 12 anos devido à sua condição de constante impureza. Ela não podia participar das festas como a Páscoa, Tabernáculos e Pentecostes. E quem a tocasse ficaria cerimonialmente impuro. Era como se ela tivesse uma doença contagiosa. Sua alma não parava de sangrar.

Quantas pessoas estão vivendo uma situação como esta!

Conclusão

“Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei”. (Mc 5.27-28)

Esta mulher estava perdendo sangue. E sangue é vida. Porém, ao ouvir falar de Jesus (Mc 5.27), e vir até Ele, e tocar em suas vestes, ela teve acesso Àquele que é a ressurreição e a vida (Jo 11.25) e instantaneamente a hemorragia cessou.

Jesus veio para salvar não apenas a nossa alma da condenação eterna, mas também de todo sentimento maligno. A palavra “salvar” no grego é SOZO, e é usada tanto para indicar salvação espiritual e eterna como também para indicar libertação de perigo ou doença. Essa salvação é integral e abraça as aflições da alma e doenças do corpo. À medida que o coração se abre e se pode entender o evangelho no coração, tanto a salvação como a cura acontecem. Foi justamente o que essa mulher do fluxo de sangue experimentou: “E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal”. (Mc 5.34)

A hemorragia na alma só pode ser curada por meio de um milagre. Porque apenas Deus tem a capacidade de entrar nas cavernas e porões da nossa alma e vasculhar nossos sentimentos, pois Ele nos sonda e nos conhece. “SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento”. (Sl 139.1-2)

Você sente a sua alma sangrar? Sua alma está sofrendo de hemorragia devido à fadiga espiritual, rejeição, stress, depressão, decepções, indiferenças, sofrimento, enfermidades físicas, entre outras coisas? Então é momento de tocar nas vestes de Jesus e experimentar a cura integral.

Paulo disse à Igreja de Tessalônica: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará". (I Ts 5. 23-24)

Em Cristo,
Anderson Vieira

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Aviva, ó SENHOR, a tua obra

Oração do profeta Habacuque sobre Sigionote. Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia.
(Hc 3.1-2 ACF)

Autor: Habacuque
Tema: Viver pela Fé
Data Aproximada: 6º a 7º século a.C.

Considerações Preliminares

O autor deste livro identifica-se como “o profeta Habacuque” (1.1; 3.1). Além disso, não oferece nenhum outro dado acerca de sua pessoa nem de sua família. Seu nome, que significa “abraço”, não aparece em nenhum outro lugar das Escrituras.

O profeta Habacuque viveu numa época de grande declínio moral e espiritual em Judá (Reino do Sul). Ele sabia que o juízo de Deus se aproximava e viria por meio da invasão babilônica. Ele não se conformava com a iniquidade do seu povo nem com o avanço de Nabucodonosor. É nesse contexto que aparece o famoso clamor por avivamento do profeta menor Habacuque: “… aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia”.

Introdução

O que significa avivar? No dicionário (Aurélio) de Língua Portuguesa, o termo avivamento vem do verbo “avivar”, que significa: “tornar mais vivo, estimular, tornar mais nítido, ativo e intenso”.

O termo avivamento e seu significado na Escritura

No Antigo Testamento: O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de "preservar" ou "manter vivo". Porém, "avivar" não significa somente preservar ou manter vivo, mas também purificar, corrigir e livrar do mal. Esta é uma consequência natural em toda vez que Deus aviva. Na história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso da causa.

O verbo "avivar", em suas várias formas é usado mais de 250 vezes no Antigo Testamento.

No Novo Testamento: Encontramos no grego um conjunto de palavras que expressam o conceito básico de avivamento. Outras palavras gregas comparam o avivamento ao reacender de uma chama que se apaga aos poucos ou uma planta que lança novos brotos e floresce novamente.

Billy Grahan referindo-se ao avivamento disse: “Todo avivamento que já aconteceu na história do mundo ou na história da igreja deu grande ênfase à santidade de Deus”.

Desenvolvimento

Um avivamento sempre se faz necessário quando vivenciamos um quadro de apatia espiritual, de mornidão. Devemos manter o fogo ardendo continuamente sobre o altar (Lv. 6.13). O avivamento provocado pelo Espírito Santo resulta em mudança no padrão moral e espiritual das pessoas.

Observe no livro de Atos, a partir do nascimento da igreja, avivamento em Jerusalém, Samaria, Antioquia da Síria e Éfeso. E desde então são muitos os relatos da obra vivificadora do Espírito Santo na história da igreja, como por exemplo, na Alemanha com a Reforma Protestante do século XVI; na Inglaterra no século XVIII; na Rua Azuza em 1906 nos EUA; entre os negros Zulus da África do Sul na década de 60; na Coréia do Sul nestes últimos tempos e até mesmo no Brasil.

Devido aos dias maus que estamos vivendo, a Igreja brasileira precisa mais do nunca experimentar um mover poderoso do Espírito de Deus a fim de prosseguir triunfante. Precisa experimentar um avivamento.

O Apóstolo Paulo disse à igreja de Corinto: “Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder”. (1 Co 4.20)

Precisamos ser revestidos de poder. Carecemos mergulhar no rio de avivamento, não apenas se contentar com águas no tornozelo.

O Pr. Argentino Juan Carlos Ortiz, autor do Livro “O Discípulo” disse: “Temos que entrar no rio até não dar mais pé, até sermos levados por ele. O rio de Deus nos carrega, porque ele vai aonde Deus vai. Hoje, estamos dirigindo o Espírito Santo de muitos modos. Isto acontece porque ainda estamos com os pés no fundo — e, portanto vamos onde queremos ir. Mas quando flutuamos, o rio nos leva aonde ele quer que vamos”.


• Avivamento genuíno é fruto de oração, clamor;
• Avivamento genuíno gera obediência à palavra de Deus;
• Avivamento genuíno traz santidade;
• Avivamento genuíno se desdobra em milagres;
• Avivamento genuíno traz renovo para a igreja;
• Avivamento genuíno traz crescimento espiritual;
• Avivamento genuíno capacita a igreja a alcançar seus objetivos.

Embora não encontremos o termo “avivamento” nas Escrituras, o verbo “avivar” é usado com bastante frequência. Em I Rs 17.22 a palavra hebraica é “shub”, que se refere ao ato de fazer voltar à vida algo que se encontrava morto ou simplesmente, renovar ou restaurar. Deus que trazer vida aos ossos secos, o SENHOR quer gerar um grande avivamento em cada um de nós. O Deus Criador quer gerar vida no que está morrendo; quer reacender a chama da fé que está se apagando; quer soprar bons ventos naquilo que está fracassando.

Que o fogo do Espírito Santo continue nos purificando para que levemos uma vida santa e de obediência ao Senhor nosso Deus.

Conclusão
Aviva, ó SENHOR, a tua obra.

Em Cristo,
Anderson Vieira

Bibliografia:
ORTIZ, Juan Carlos. O Discípulo. Minas Gerais: Editora Betânia, 1980.
Bíblia de Estudo Scofield
Bíblia de Estudo Pentecostal
www.portalebd.org.br

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Seja feita a tua vontade

Venha o teu reino, seja feita a TUA VONTADE, assim na terra como no céu. (Mt 6.10 - ACF Grifo meu)

A paz de Cristo. C. S. Lewis disse com muita propriedade, “se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo”. Concordo em teor, gênero e grau com Lewis, o evangelho tem a capacidade de nos sacar da zona de conforto. O evangelho é como um martelo que tem o poder de esmiuçar a alma do homem pecador. O evangelho é como um espelho que reflete diariamente a cada um de nós a nossa inclinação natural para o mal como um sinal, a fim de que renunciemos a nós mesmos e venhamos a fazer a vontade do Pai celestial.

Jesus, ao verbalizar um modelo de oração, disse enfaticamente, “seja feita a tua vontade”, referindo-se à vontade que deve prevalecer, a vontade do Deus Pai. Em outro momento Jesus declara: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo”. O Apóstolo Paulo disse aos gálatas, “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Em Atos 16, Paulo queria ir para a Ásia, mas a vontade de Deus era outra. Paulo acabou indo para Filipos e ali uma igreja importante foi fundada.

Vontade! Qual é a vontade de Deus para cada um que se diz cristão? O salmista escreveu, “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus”. (Sl 143.10)

Quantos chegam a entrar em desespero em busca de saber quais os propósitos de Deus para a sua vida. Uns descobrem qual a vontade de Deus e obedecem cabalmente, ainda que tal vontade tenha como resultado prisões e cadeias, como aconteceu com Paulo; mesmo que o fruto seja a cruz, como foi com Jesus, ou até mesmo ser decapitado e ter a cabeça servida numa bandeja de prata, como foi com João Batista, importa para quem teme ao Senhor, que a vontade do seu Criador se cumpra.

Que eu e você não nos abstenhamos de fazer a oração do Pai nosso.

Que cada cristão possa verbalizar “seja feita a tua vontade”.

A vontade do Pai será sempre melhor do que a nossa, pois nós sequer sabemos orar como convêm.

“Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a Ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!” (Ef 3.20-21)

Em Cristo,
Anderson Vieira

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Persevere pela fé

(Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. Rm 4.17-21 (Versão ACF)

A paz de Cristo. Segundo o Dicionário Aurélio, a palavra “perseverança” significa: Conservar-se firme e constante. Penso que, uma das maiores marcas de Abraão, além da fé e obediência foi a capacidade de perseverar.

Eu não sei quanto a você, mas eu, por muitos anos, em minha caminhada cristã, tinha como principais marcas duas coisas: a ansiedade e a inconstância. Eu era como um trem desgovernado sobre trilhos, como uma ferrari em alta velocidade, porém, sem freios, era como um caminhão descendo a ladeira molhada e escorregadia rumo ao muro de concreto. O resultado não poderia ser diferente, sem o airbag me esborrachei, ou melhor, bati contra o muro por várias e várias vezes. E, não que eu me considere alguma coisa, mas sei bem o significado do que Jeremias disse em Lamentações: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade”.

Graças a Deus tais marcas carnais ficaram para trás como aprendizado e já não me pertencem mais, o Espírito Santo tem cuidado disso.

Entendi que o importante não é a velocidade, mas sim, a constância. Discerni que a largada tem valor, porém, é a chegada que determina o vencedor. Compreendi que o presente é melhor que o passado, e o futuro melhor que o presente.

Digo essas palavras não como poesia ou filosofia, às digo com base no testemunho de Abraão, um homem que perseverou na fé desde o início do seu chamado (Gênesis 12).
Saiu da sua terra sem saber para onde ia, não enfraqueceu na fé já com quase 100 anos de idade, não duvidou da promessa e ainda dava glória a Deus, pois estava certíssimo que Deus ia cumprir o que havia prometido. Creio que o simples fato de olhar para o céu estrelado fazia Abraão lembrar-se e ser fortalecido naquilo que Deus tinha lhe falado. E então a madre de Sarah foi aberta e Isaac foi gerado em seu ventre. Mas tudo isso levou tempo, foi necessário perseverança e constância.

Pode ser que você não esteja aguardando o nascimento de Isaac, mas semelhantemente espera o cumprimento, a realização de uma promessa que Deus fez. Saiba que o Senhor não é inconstante como a maioria de nós nem tampouco desiste de algo. Melhor é crer nas palavras de Jó: “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido”.

Persevere pela fé.

Em Cristo,
Anderson Vieira

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A importância da Santificação

Nas Sagradas Escrituras, o termo santificar significa: “ser consagrado”, “santo”, “separado”. A santificação é a ação do Espírito Santo na vida do crente, separando-o e purificando-o para adorar e servir ao Senhor. Por meio dela, o Espírito Santo aplica à vida do crente a justiça e a santidade de Cristo, com vistas ao seu aperfeiçoamento.

As Escrituras ensinam que o homem que serve a Deus deve viver uma vida de santidade. "Santo" vem do grego "Hágios" e do hebraico “Kadosh”, significa nas duas línguas originais "separado, puro, sagrado". Santo é aquele que foi separado por Deus e para Deus; por isso mesmo o sentido moral e ético da palavra não pode ser esquecido. Santificar é tornar santo.

1. A santificação. A vontade de Deus para a vida do crente é que este seja santo. (Lv 19.2/ 1 Pe 1.16/ Hb 12.14)

2. A nova vida. Segundo as Escrituras, o crente não apenas foi ressuscitado com Cristo, como também participa da natureza divina. Ele possui uma nova vida proveniente de Cristo e em Cristo. Portanto, ser cristão implica uma mudança radical de vida (2 Co 5.17), que inclui o repúdio ao “velho eu” e ao pecado.

3. Santidade e novidade de vida. A santidade não isola o crente do convívio social; pelo contrário; é demonstrada em nossos relacionamentos cotidianos (1 Pe 1.15). Entretanto, não basta deixarmos a conduta da vida passada; é necessário passar a viver a nova vida em Cristo (Rm 6.4). Isto significa que não é suficiente deixar de mentir; é necessário dizer a verdade (Ef 4.25-32). Não basta despojar-se do “velho homem”; é essencial vestir-se do novo (Ef 4.22-24). A santificação é viver de acordo com a nova vida que recebemos.

Conclusão

A Palavra de Deus é enfática em afirmar que o homem que depende unicamente dos seus esforços para se santificar está fatalmente condenado ao fracasso. Se o homem não estiver em Cristo e não contar com a presença do Espírito Santo para suplantar suas tendências carnais, continuará resistindo a Deus; continuará distante do caminho da santificação e fora da dimensão do Espírito Santo.
Você já vive a nova vida em Cristo? Ele é o Senhor de todo o seu viver? Pense nisso.

“O mesmo Deus da paz vos SANTIFIQUE em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. (1 Ts 5.23)

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Esboço Sermão “Estamos em Guerra”

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. (Ef 6.10-17 ACF)

Epístola aos Efésios

Autor: Apóstolo Paulo
Data: Escrita aproximadamente em 60 d.C
Local: A primeira das epístolas da prisão. Foi escrita em Roma.
Singularidade: É a mais impessoal das cartas de Paulo.
Tema: A igreja, o corpo de Cristo.

Introdução

A Bíblia Sagrada é o manual de fé e prática para aqueles que creem no Filho de Deus, a saber, Cristo Jesus, o Senhor, nascido em Belém, criado em Nazaré. O próprio Senhor Jesus disse ao ser tentado pelo diabo: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Mt 4.4b) - O Apóstolo Paulo em sua segunda carta ao jovem pastor Timóteo disse: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. (2 Tm 3.16) – É esta palavra inspirada por Deus, em especial, a Epístola aos Efésios, que apresenta-nos no capítulo 6, a partir do versículo 10, uma linguagem de batalha, conflito, com o objetivo de nos alertar para o fato de que nós cristãos “estamos em guerra”. Sim, estamos em guerra espiritual.

Todo cristão é um soldado de Cristo e está em guerra. Isso é justificado por pelo menos três razões evidentes:

1) Razão Pessoal: Nós, como cristãos, temos um traidor no campo de batalha – a nossa carne que guerreia contra o Espírito (Gl 5.17) a fim de nos tornar cativos do pecado novamente.

2) Razão da nossa Posição: Nós, como cristãos, somos o “corpo de Cristo”. E como tal temos por adversário o diabo, que bramando como leão, busca a quem possa tragar. (1 Pe 5.8)

3) Razão da Dispensação: Nós, como cristãos, e participantes da dispensação da graça de Deus e dos propósitos do Pai, somos inimigos desse mundo que jaz no maligno.

Desenvolvimento

Já que está evidente que nós, cristãos, estamos no campo de batalha, como devemos agir para ganhar essa guerra? O Apóstolo Paulo explica algumas verdades indubitáveis e axiomáticas. Vale lembrar que ao falar das peças da armadura de Deus, Paulo faz uso de uma linguagem figurada:

1) A nossa força para o conflito vem do SENHOR.

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”. (Ef 6.10)
A energia que possuímos para o conflito é a força do poder que emana de Deus. “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo”. (2 Co 2.14) – É no SENHOR, por meio de Jesus, o Cristo, que devemos buscar a devida força e poder para pelejar. As armas de Saul de nada lhe serviram na batalha contra Golias. Internamente o Rei Saul era fraco e covarde. Davi, apesar de sua desvantagem aparente, era forte no Senhor e por isso prevaleceu contra o gigante filisteu. (1 Sm 17.45; 50)

2) Nosso equipamento para a batalha são armas providenciadas por Deus.

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. (Ef 6.11)

A expressão “revesti-vos” nos faz entender que precisamos vestir as armaduras necessárias ao soldado que marcha para a guerra. Recebemos a panoplia (armadura no grego) de Deus para guerrear e resistir às astutas ciladas do diabo.

3) A natureza da nossa batalha é espiritual e a única forma de vencê-la é através da armadura de Deus.

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”. (Ef 6.12-13)

4) A armadura de Deus é eficaz e protege o corpo em sua totalidade.

“Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça”. (Ef 6.14)

Cinto da Verdade: Enquanto que os cintos eram frequentemente cravejados de pedras para torná-los bonitos, o objetivo da verdade sempre foi muito mais que ornamentar. O estar com o lombo cingido era essencial ao soldado para torná-lo forte em meio ao conflito. O homem que pratica e ama a verdade está realmente cingido pela força.

Couraça da Justiça: A couraça era pra proteger as partes mais vulneráveis: os órgãos vitais, o coração, pulmões, etc, onde um ferimento seria fatal. Assim é a justiça descrita em Isaías 59.17: “Pois vestiu-se de justiça, como de uma couraça”. A justiça nos é imputada pela fé e concedida pelo amor.

“E calçados os pés na preparação do evangelho da paz”. (Ef 6.15)

Evangelho da Paz: É uma experiência das boas novas de paz que nos dá prontidão para enfrentarmos as dificuldades do caminho. Uma vez posto sobre os nossos pés, ele capacita-nos a vencer o mundo. Como está escrito: “Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas”. (Rm 10.15)

“Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno”. (Ef 6.16)

Escudo da Fé: A qualidade do escudo cristão é a fé. Muitas vezes os escritores bíblicos se referem a Deus como o nosso escudo. “Olha, ó Deus, escudo nosso”. (Sl 84.9)

“Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. (Ef 6.17)

Capacete da Salvação: Pode ser entendido como a esperança da salvação (1 Ts 5.8b). Com ele sobre a cabeça, o conhecimento da graça salvadora de Deus, todo o processo do pensamento se molda e é salvo-guardado por ele.

Espada do Espírito: É a palavra de Deus. “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. (Hb 4.12) – O cristão tem experimentado duras derrotas devido ao descaso com a palavra de Deus. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”. (Os 4.6)

Conclusão

Cada uma das peças da armadura de Deus só é conseguida através do sacrifício vicário de Cristo. Ninguém vem ao Pai e toma posse da armadura de Deus senão através do Senhor Jesus Cristo. Outro fato interessante é que não há nenhuma proteção para as costas. E nem precisa, pois jamais um cristão revestido da armadura de Deus irá virar as costas e correr do seu inimigo.

Estamos em guerra, porém, estando em Cristo, somos seguros e mais que vencedores. (Rm 8.37)

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Superando as dores que surgem na instituição família!

Texto áureo: Mc 5.22-23; 35-42 (ACF)

Personagem Jairo:

Jairo era chefe da sinagoga, um líder na comunidade. A sinagoga era o lugar onde os judeus se reuniam para ler o livro da Lei, os Salmos e os Profetas, aprendendo e ensinando a seus filhos o caminho do Senhor.

Jairo era o responsável pelos serviços religiosos no centro da cidade no sábado, pela escola, e tribunal de justiça, durante o restante da semana. Ele supervisionava o culto, cuidada dos rolos da Escritura, distribuía as ofertas, e administrava e cuidava do edifício onde funcionava a sinagoga. O líder da sinagoga de Cafarnaum era um dos homens mais importantes e respeitados da comunidade.

Introdução

Apesar da posição religiosa e condição financeira privilegiada, a doença apresentou-se sorrateiramente em seu seio familiar, alcançando a sua filha com uma enfermidade mortífera. Agora Jairo deixa a sua posição de príncipe da sinagoga de Cafarnaum e se coloca na posição de pai, um pai disposto a fazer qualquer coisa para salvar a vida de sua filha de 12 anos, disposto a qualquer coisa para restaurar a sua família.



I) No enfrentamento do problema sempre surgem obstáculos a serem vencidos:


Primeiro obstáculo posição social.
Jairo era o chefe da sinagoga: não lhe ficava bem permitir que sua fragilidade diante da doença fosse de conhecimento público. Nenhum judeu poderia se prostrar diante de quem quer que fosse, somente a Deus.

Segundo obstáculo - a espera.
No caminho alguém furou a fila do milagre, ele precisou esperar. Jairo estava desesperado, sua filha à beira da morte, mas no meio do trajeto, uma mulher com fluxo de sangue faz com que Jesus pare e então Jairo precisa ser paciente e esperar.

Terceiro obstáculo - a imagem da realidade.
Jairo mesmo que esperando maios com o coração esperançoso recebe a notícia que sua filha morreu.

II) Recursos de que dispomos para superar a dor vivida na família.

1. O recurso humano.

Todo problema humano apresenta uma dimensão que precisa ser tratada pelo próprio homem. Os quatro aspectos do lado humano no enfrentamento da dor são:

a) Força - É necessário esforço para restaurar a família.

b) Paciência - A cura da filha de Jairo nos ensina que nem sempre os milagres são instantâneos, sendo às vezes processuais, demandando espera, paciência, perseverança.
c) Esperança - Os que conseguem superar a dor na família são aqueles que não perdem a esperança.

d) União - na busca de solução para o nosso drama, não devemos sucumbir à solidão, devemos estar unidos com a nossa família.

2. O segundo tipo de recurso na superação da dor é o recurso divino que sustenta-se em 3 pilares.

a) O primeiro pilar é a decisão divina de intervir. Só encontramos solução para os nossos problemas quando Deus resolve agir. Como conseguir que Deus intervenha no nosso problema? Se colocando diante d'Ele com humildade. Deus resiste aos soberbos, mas exalta os humildes. Jairo se humilhou diante do Filho de Deus.

b) O segundo aspecto da solução divina é que a presença de Deus vai ao encontro da dor humana, sarando-a - mas tão somente quando a levamos até o cerne da nossa dor, o centro do problema. Jairo levou Jesus até a sua filha.

c) O terceiro aspecto da solução divina está na declaração do Senhor. Qualquer ação de Deus na vida humana só se manifesta quando sua Palavra sobre o problema é liberada. Foi a Palavra que criou o Universo. É a Palavra dele que faz milagres, abre horizontes e ressuscita mortos. Foi a palavra de Jesus que ressuscitou a filha de Jairo restaurando a sua família.

Conclusão

“John Henry diz que não há lugar na terra mais alto do que aos pés de Jesus. Cair aos pés de Jesus é estar de pé”.

Prostre-se hoje aos pés de Jesus Cristo e clame pela restauração da sua família. Uma palavra do SENHOR pode mudar todas as circunstâncias, mesmo as mais adversas. Jesus lhe diz: “Não temas, crê somente”. (Mc 5.36)

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sermão “3 Fases na vida de um líder cristão”

Introdução

Texto áureo

“E, CONVOCANDO os seus doze discípulos, DEU-LHES VIRTUDE E PODER sobre todos os demônios, para curarem enfermidades. E ENVIOU-OS a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos”. (Lc 9.1-2 ACF – Grifo meu)

Desenvolvimento

1ª Fase – Chamada ao Ministério. Ele se torna um Ministro/Huperétes.

“E, CONVOCANDO os seus doze discípulos...”

"Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus". (1 Co 4.1 ACF)

“Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda”. (At 26.16 ACF)

Servo é oriundo do grego DOULOS, que também significa ESCRAVO, que é sinônimo de HUPERÉTES.

Huperétes designava nas embarcações comerciais da época, o remador escravo, da terceira fileira de remadores (a última, de cima para baixo) nos navios trirremes (Embarcação grega da Antiguidade, impelida por remos, armados em três pavimentos (três ordens), e eventualmente por uma vela redonda).

O huperétes era um tipo de escravo “remeiro” que remava no terceiro compartimento, o mais inferior do navio. No primeiro ficavam os oficiais. No segundo compartimento, os comuns, no terceiro, os escravos que remavam e não apareciam. O termo traduzido por “ministro” traz a conotação de um servo neste sentido.

A galé pode designar qualquer tipo de navio movido a remos.

Ministro que é huperétes faz assim, rema no fundo da embarcação e deixa os louros para o capitão Jesus Cristo.

Os escravos eram amarrados na embarcação assim que entravam nelas. Quando um escravo entrava na galé ele dava adeus à sua vida, pois agora era huperétes até a morte. As correntes eram para garantir que nunca fugiriam, que não abandonariam a embarcação e que morreriam no caso de naufrágio.

Suas vidas pertenciam ao capitão da embarcação e o tal fazia deles o que melhor lhe parecesse. Isso é ser ministro e Paulo sabia bem. Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim (Gl 2.20). Não temos vida própria, pois a vida que vivemos na carne a vivemos no Filho de Deus. Ele morreu a nossa morte para que pudéssemos viver a sua vida, então agora para o ministro o viver é Cristo e o morrer é lucro.

Abraão e Sara foram chamados para formar um povo;
Moisés foi chamado para ser o libertador do povo de Deus;
Josué foi chamado para liderar o povo e conquistar a terra prometida, substituindo Moisés que tinha morrido;
Samuel foi chamado para ser mediador entre Deus e o povo;
João Batista foi chamado para anunciar a chegada do Messias;
Maria foi chamada para ser mãe do Filho de Deus;
Apóstolos foram chamados para propagar os ensinamentos de Jesus;
Você é um líder cristão. Qual é o seu chamado?

2ª Fase – Capacitação/Revestimento de Virtude e Poder

“DEU-LHES VIRTUDE E PODER sobre todos os demônios, para curarem enfermidades”.

“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (At 2. 1-4 ACF)

Um líder capacitado e revestido de poder:

É Dependente do Senhor Jesus Cristo e dá frutos
“Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15.5 ACF)

Anda com Deus
“Estas são as gerações de Noé. Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus”. (Gn 6.9 ACF)

Tem visão espiritual
“Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa”. (Jo 4.35 ACF)


Prega a palavra em tempo e fora de tempo
“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”. (2 Tm 4.2 ACF)

Tem coragem e ousadia
“Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares”. (Js 1.7 ACF)

É exemplo na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé e na santidade
“Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza”. (1 Tm 4.12 ACF)


3ª Fase – Enviado para fazer a Obra

E ENVIOU-OS a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos”.

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”.
(Mc 16.15-20 ACF)

A 3ª e última fase refere-se ao envio a campo missionário dos apóstolos.

De um modo mais geral, o termo “apóstolo” se refere a qualquer pessoa que seja um enviado ou emissário de Deus através da Igreja para uma obra especial, seja de liderança ou não. Pode-se denominar também “Missionário”.

Qualquer pessoa pode ser enviada, por exemplo, por uma igreja para o trabalho missionário, e, nesse sentido amplo, ela é um apóstolo de Deus. É um enviado. A incumbência do Senhor Jesus Cristo aos apóstolos também é endereçada a nós. Todos nós, cristãos, devemos cumprir o ide e pregar o evangelho a toda criatura. É inevitável que essa 3ª fase se cumpra na vida de um líder e até mesmo de um não-líder. Seja no trabalho, faculdade, bairro, ou até mesmo em casa, todos somos enviados do Senhor para apregoar as boas novas da salvação. Quantas almas você ganhou para o Senhor Jesus neste ano?

Conclusão

Deus nos chama, capacita-nos e envia-nos. Atendamos ao chamado de Deus.

“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E COMO PREGARÃO, SE NÃO FOREM ENVIADOS? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas. Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”.
(Rm 10.14-17 ACF)


Em Cristo,
Seminarista Anderson Vieira

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Deus é capaz de restaurar a sua família

Introdução
A paz de Cristo. Forças hostis e tenebrosas conspiram contra a família e a encurralam de todos os lados, com o firme propósito de aniquilá-la. A família tem se transformado, muitas vezes, em campo de guerra, em arena de brigas e mágoas e em cenário de decepção, desencanto e traição.

Em muitos lares a alegria da comunhão já morreu, o diálogo acabou, o fogo da devoção a Deus se apagou e o altar do culto doméstico está em ruínas, coberto de cinzas. A família está sendo invadida por valores relativos e mundanos e envelopada pela mídia hedonista que despeja sobre os lares um veneno devastador e mortal. Muitos casamentos estão naufragando, vitimados pelo acidente trágico do divórcio, causado pela infidelidade, pela decepção e pela falência dos sonhos de uma vida feliz, deixando feridas profundas na vida dos filhos, que vivem o drama de serem filhos órfãos de pais vivos, afastados de seus pais, quando mais precisam deles.

Nesse contexto de convulsão social é necessário buscar a Deus e clamar por um avivamento na família, pois cremos que só em Deus está a cura e a restauração para ela. Deus pode curar feridas, restaurar casamentos, converter o coração dos filhos aos pais, derramar amor no coração dos conjugues, capacitá-los para perdoar e dar-lhes uma nova disposição para investir tudo na restauração da família.
Desenvolvimento

Deus pode restaurar a sua família. Vejamos a família de Jó.

Quem era Jó?
Jó era um homem bem-sucedido, temente a Deus. Realizado financeiramente. Tinha uma vida moral ilibada. Era elogiado por Deus. Era um pai extraordinário que tinha boa comunicação com os filhos e orava por eles constantemente às madrugadas. Era um homem integro.

Satanás, porém, questionou a integridade de Jó e Deus permitiu que ele fosse provado. Satanás atingiu cinco áreas vitais da família:

1. Finanças;
2. Filhos;
3. Saúde;
4. Casamento;
5. Amizades.

Finanças
Jó perdeu todos os seus bens. Ele foi à falência. Ele ficou arruinado financeiramente.

Filhos
Jó perdeu seus dez filhos, esmagados e soterrados por um terremoto, num dia de festa e celebração da família. Esse pai, com o coração apertado vai para o cemitério sepultar todos os seus filhos num único dia.

Saúde
Se isso não bastasse, seu corpo foi ferido dos pés a cabeça por uma enfermidade devastadora. Tumores malignos cobriram a sua pele. Seu corpo apodrecia. Ele raspava suas feridas com cacos de telha. Da sua pele enegrecida e do seu corpo encarquilhado exalava-se um mau cheiro repugnante. As pessoas o praguejavam e cuspiam nele. Sua dor era atroz. Seu choro era constante. Desejou morrer antes de ter nascido. Amaldiçoou o dia do seu nascimento e suspirou ter encontrado os seios da sua mãe secos de leite, para morrer de fome na sua infância. Mas, a fúria de Satanás ainda ardia contra Jó.

Casamento
A esposa de Jó, desestruturada, revolta-se contra Deus. Ergue seus punhos contra os céus. Deixa de ser aliviadora de tensões para ser uma algoz do seu marido. E pede que Jó amaldiçoe a Deus e morra.

Amizades
A Jó, só lhe restavam os amigos. Eles vêm de longe, solidarizam-se com ele na sua dor, mas ao tentarem encontrar respostas para o seu sofrimento, impelem contra ele acusações pesadas e levianas. Acusam-no de adúltero, de ladrão, de opressor, de insolente, de hipócrita, de louco. Em vez de consoladores, tornaram-se carrascos.

Conclusão
A família de Jó estava destruída. Estava no fundo do poço. Das profundezas da sua angústia, Jó ergueu ao céu dezesseis vezes a pergunta: Por que? Por que estou sofrendo? Por que perdi os meus filhos? Por que minha dor não cessa? Por que o Senhor não me mata? Por que o Senhor não responde as minhas orações? Jó lança para Deus mais de 30 vezes sua queixa amarga.

A família de Jó estava num nevoeiro denso. Estava precisando de um avivamento. Então, do meio das trevas da dor, surge a luz da esperança. Do caos brotou a restauração. Do deserto, uma fonte de esperança começou a jorrar. Deus se revelou a Jó. Mostrou-lhe sua soberania e seu controle sobre todas as coisas. Jó compreendeu que os desígnios de Deus não podem ser frustrados (42.2). Deus converteu em benção toda maldição que o diabo lançou sobre Jó e sua família. Tudo o que o diabo tomou de Jó, Deus lhe restituiu:

1. Deus restaurou os bens de Jó (42.10). Ele ficou o dobro mais rico. Seus negócios prosperaram. Seus empreendimentos deram certo. A benção de Deus o enriqueceu.

2. Deus restaurou a saúde de Jó (42.14,17). Deus o curou de todas as suas enfermidades. Ele viveu mais cento e quarenta anos e viu sua descendência se prolongar na terra.

3. Deus restaurou o seu casamento (42.12,13). Aquela mulher amarga e revoltada foi curada por Deus e eles tiveram uma linda história de amor.

4. Deus restaurou os filhos de Jó (42.13-14). Deus lhe deu outros dez filhos. Agora, Jó tem dez filhos no céu e dez filhos na terra.

5. Também Deus restaurou os amigos de Jó (42.7-9). Deus os fez ver a loucura e a injustiça que haviam cometido contra Jó.

Hoje Deus pode fazer também um milagre na sua vida e na sua família. Deus quer restaurar as finanças do seu lar. Ele quer salvar os seus filhos. Ele pode curar as suas enfermidades. Ele quer abençoar o seu casamento. Hoje e dia de restauração para o seu lar. Agora é o tempo de buscar um avivamento para a sua família!

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Esboço “o reino dos céus é tomado com violência"

“E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele”. (Mt 11.12 ACF)

“...o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele”. (Mt 11.12 Genebra)

Introdução

A paz de Cristo. A fim de não cometer um erro teológico com relação à “soteriologia – doutrina da salvação”, é importante ressaltar que a Escritura não diz que a “salvação” é tomada por violência, mas sim pela graça mediante a fé no Filho de Deus, em Jesus Cristo – o belemita, o nazareno. Em apocalipse, está escrito: “Aleluia! A salvação, e a glória, e a honra, e o poder pertencem ao Senhor nosso Deus”. (Ap 19.1)

Ainda nessa parte introdutória do sermão, convém esclarecer que o texto áureo, segundo a maioria dos comentaristas bíblicos, apresenta duas vertentes distintas:

1ª – O Dr. Scofield entende que, os fariseus e escribas queriam entrar no reino dos céus por meio da violência, através da própria força, visto que não reconheceram que o reino dos céus era chegado na pessoa do Messias, Cristo Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Prova disso são as palavras do próprio Senhor Jesus no sermão do monte: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrarei no reino dos céus”. (Mt 5.20)

2ª – A segunda vertente também defendida pelo Dr. Scofield e pelo Rev. Jair Rodrigues, professor de Teologia Sistemática no STEMAT (Seminário Teológico Evangélico de Mato Grosso), além de muitos outros teólogos, é que os cristãos enfrentam muitas lutas e aflições, com isso, apenas os de grande determinação, que empreendem violência e esforço se apoderam do reino dos céus, reino esse estabelecido na terra. Tal esforço representa perseverança na fé em Deus, na relação com Jesus Cristo e no poder do Espírito Santo.

Desenvolvimento

A verdade é que as duas vertentes têm fundamento bíblico, porém quero abordar mais profundamente a segunda linha teológica dando ênfase à expressão “os que se esforçam” ou poderíamos dizer “os que perseveram” se apoderam dele (do reino), fazendo alusão aos cristãos.

Digo isso porque estamos no último dia da Campanha “Conquistando o Impossível” e muitos ficaram pelo caminho, mas você perseverou, você empreendeu esforço, violência e chegou até aqui. Aleluia.

Por que devemos perseverar?

a) Em meio às aflições, a perseverança na fé em Jesus Cristo é fundamental para conquistarmos o impossível! – Após 12 anos de angústia, sofrimento, miséria e dor, a mulher do fluxo de sangue sobressai em meio à multidão, toca na orla das vestes do Médico dos médicos. Em Lucas, capítulo 8, verso 45, relata acerca da multidão que apertava Jesus, logo, por inferência entendemos que essa mulher perseverou em meio a uma muralha humana e por isso foi contemplada com a cura. O apóstolo Paulo em sua carta aos romanos disse: “... nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança”. (Rm 5.3 Genebra)

b) Em meio a uma luta ferrenha contra principados, contra potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais, a perseverança é uma arma poderosa para nos apoderarmos do reino dos céus e de tudo que Deus tem para cada um de nós. - No livro do médico amado Lucas, está escrito: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele”. (Lc 16.16 ACF)

Já o autor da carta aos Hebreus escreveu: “E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se ESFORÇARAM, puseram em fuga os exércitos dos estranhos; E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra”. (Hb 11.32-34;36-38)

c) Perseverar com entusiasmo e agradecimento é a marca daqueles que se apoderam do reino dos céus. - “Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança”. (Hb 6.11) - Existem diferentes modos de perseverar - um deles, escreve o autor de Hebreus, é "com entusiasmo" e porque não dizer “agradecido”. – “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios”. (Sl 103.2) – Persevere hoje mesmo sobre as circunstâncias adversas e hostis que você está vivendo. Persevere com entusiasmo, pois Jeová-Sabaó (Senhor dos Exércitos) é contigo onde quer que tu andares. Ainda que tenhas que ser decapitado, apedrejado, martirizado, persevere, pois assim é que se toma posse do reino dos céus.

Conclusão

Declare, proclame: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino” (Mt 6:9-10) - persevere, reine com o Senhor e conquiste o impossível. Jamais se esqueça, o reino dos céus já foi estabelecido pelo Senhor Jesus aqui na terra, resta-nos, com violência e esforço, nos apoderarmos dele.

Em Cristo,
Anderson Vieira

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Esboço “Resistindo às tentações sexuais”

Introdução

A paz de Cristo. Os jovens são tentados em muitas áreas, porém, uma das áreas em que satanás mais atua, mais investe contra os jovens, é na área sexual.

Epicuro, um grande filósofo e teólogo, tinha como ideologia central, o fato de que o bem-estar do ser humano estava no prazer. Para ele, “aquilo que dá prazer é bom, aquilo que gera desconforto é o mal”.

Para Alister Crowley, o maior bruxo do século XX, “todos podem e devem fazer o que quiser”.

A verdade é que vivemos dias onde a prática do “hedonismo – ideologia do prazer”, impera. Para os hedonistas, o que vale é o prazer, é explorar a sexualidade.

Se vamos numa banca de revistas, o que mais tem são revistas pornográficas. Ao ligar a TV, o que mais tem e até mesmo em horário nobre, é pornografia.

O Brasil é hoje uma Sodoma, uma Gomorra, uma terra de depravação ética e moral, onde o sexo é liberado e propagado de uma forma cada vez mais banal.

À semelhança da Holanda, onde existe um parque onde se pode fazer sexo a céu aberto, e onde prostitutas são colocadas em vitrines como produtos a venda, o Brasil caminha a passos largos para uma liberalidade sexual jamais vista.

Todos os jovens, crentes ou não, estão sujeitos a contemplarem a questão sexual que o nosso país se encontra, visto que em algumas escolas já é possível pegar camisinhas gratuitamente na hora do intervalo em máquinas específicas.

Mas quero falar hoje de um jovem, um exemplo de como um jovem cristão e temente a Deus deve se comportar perante as tentações sexuais.

Leitura Gênesis 39.1-9

Características de José

a) Gn 39.2a “E o SENHOR estava com José”. – À semelhança de Enoque, o jovem José andava com Deus.

b) Gn 39.6b “E José era formoso de porte, e de semblante”. – José tinha uma excelente aparência e semblante que revelava a glória de Deus.

c) Gn 39.4 “José achou graça aos olhos de Potifar, seu senhor”. – José tinha um bom testemunho.

d) Gn 39.9 “José buscava a santidade e por ter temor a Deus, resistiu à tentação sexual”. – A bíblia diz que sem santidade ninguém verá a Deus, José era um jovem que zelava pela santidade.

Assim como José, como o jovem pode resistir à tentação sexual:

1) Através da palavra

“Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”. (Sl 119.9-11)

2) Através da oração

“Orai sem cessar” – (I Ts 5.17)

3) Através da vigilância

“Abstende-vos de toda aparência do mal” - (I Ts 5.22)

4) Através da santidade

“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais de fornicação”. (I Ts 4.3)

“Portanto, quem despreza isto não despreza o homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo”. (I Ts 4.8)

Conclusão
Pior do que o pecado da prostituição é a decepção que causamos ao coração de Deus. Deus confiava em José. Deus confia nos jovens cristãos hoje. Ele confia em você! - tão somente, “Deleita-te no Senhor e Ele satisfará os desejos do seu coração” - (Sl 37:4)

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sermão “A Dimensão de Deus”

“Então respondeu Jó ao SENHOR, dizendo: Bem sei que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia. Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza”.
(Jó 42.1-6)

A paz de Cristo. Já aconteceu com você, o fato de você estar falando com a sua esposa ou com um amigo acerca de um assunto e a pessoa estar numa dimensão totalmente diferente? Até existe um jargão popular que é muito empregado nesse tipo de situação: “Onde você está com a cabeça?”.

Agora, se humanamente falando vez por outra enfrentamos momentos desconexos, com ausência total de entendimento, imagine em relação às coisas de Deus, concernente às coisas espirituais.

Para elucidar essa questão, quero falar sobre algumas dimensões que o ser humano pode vivenciar:

Dimensão do Efêmero

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam...” (Mt 6.19)

Dimensão do efêmero é a dimensão daquilo que é passageiro, momentâneo. Quem vive nessa dimensão perde tempo, preocupa-se com coisas que para Deus não são prioridades. O texto de Mateus revela uma dessas coisas, a preocupação desenfreada com o dinheiro, riquezas, pelo fato disso ser algo transitório. Na hora da morte, nenhuma jóia ou dinheiro será colocado no caixão. E no céu também os tesouros terrenos não terão serventia nenhuma. Os egípcios acreditavam numa outra vida, por isso os faraós eram mumificados e em suas tumbas eram colocados os seus tesouros para que na outra vida, ele continuasse seu império de poder e riquezas. Até suas mulheres e filhos eram sepultados em tumbas próximas a ele. Nós, cristãos, temos entendimento que conforme diz a Escritura, que ao homem está ordenado morrer uma só vez. Por isso viver na dimensão do efêmero não condiz com a vida proposta pela Bíblia Sagrada.

Dimensão do Eterno

“Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. (Mt 6.20-21)

Dimensão do eterno é a dimensão do reino de Deus. Quem vive nessa dimensão tem discernimento acerca de que, as coisas eternas devem ser prioridade em suas vidas. Quem vive a dimensão do eterno tem a capacidade de contemplar o futuro glorioso que nos está proposto, ela não corre atrás do vento. Ela tem convicção que um dia estará para sempre no céu com o seu criador e por isso, não irá deixar que nada terreno tire seu foco da glória de Deus.

Dimensão da Terra

“E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós”. (Lc 23.39)

O malfeitor, mesmo crucificado lado do Deus-homem, não conseguiu contemplar o esplendor da glória divina manifesto no ato de amor mais poderoso que a terra já viu. Ele simplesmente, ao olhar com olhos naturais, terrenos, estando ele na dimensão da terra, teve a capacidade de perder uma grande oportunidade de ter os seus pecados perdoados, vindo a perecer sem remissão de seus pecados. Quem vive na dimensão da terra não consegue sequer contemplar as estrelas do céu, pois tudo o que move o seu coração são as coisas terrenas.

Dimensão do Céu

“Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: SENHOR, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lc 23.40-43)

A Dimensão do Céu possibilita ao homem enxergar acima das nuvens, acima das impossibilidades, acima do comum. O malfeitor chamado Dimas, a Bíblia Sagrada fazendo uso de uma linguagem “antropopática – sentimentos humanos em relação a Deus”, mostra que ele se arrependeu, e então ele reconheceu a divindade de Cristo, o quem nem os fariseus, saduceus e escribas haviam conseguido discernir mesmo conhecendo como poucos a lei de Moisés e as profecias messiânicas.

Dimensão da Carne

“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”. (Rm 8.7-8)

Quem vive na dimensão da carnalidade não tem como agradar a Deus pois peca deliberadamente. Quem vive nessa dimensão tem as obras da carne manifestas: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes. É uma pessoa que está morta em seus delitos e pecados, e que, caso não se arrependa, vindo a óbito nesse estado espiritual, poderá passar toda a eternidade no inferno.

Dimensão do Espírito

“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus”. (Rm 8.14)

Quem vive na Dimensão do Espírito dá o fruto do Espírito que é amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Essa dimensão permite que a pessoa seja guiada por Deus e tenha atitudes condizente de alguém que é nova criatura e verdadeiramente nasceu de novo.


Dimensão da Razão

“E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos. E Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite”. (2 Rs 4.1-2)

Quem vive apenas na Dimensão da Razão não consegue contemplar o sobrenatural, o extraordinário e nem tampouco exercer a fé de forma plena. É muitas vezes pessimista em relação à própria vida, pois tem dificuldade elevada em crer na intervenção divina e em milagres.

Dimensão da Fé

“Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia... E sucedeu que, cheias foram as vasilhas...”. (2 Rs 4. 3; 6a)

Quem vive na Dimensão da Fé acredita naquilo que se espera e não se vê, crê que Deus traz à existência aquilo que não existe. Tem discernimento que ainda que tudo esteja dizendo o contrário, Deus vai operar e mudar a sua história. É uma pessoa de oração, otimista e cheia do Espírito Santo.

Dimensão de Deus

Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. (Jó 42.5)

Quem vive na Dimensão de Deus entende que as coisas de Deus são inexplicáveis, inefáveis, estão muito distante do nosso entendimento. Paulo foi ao terceiro céu, entrou na Dimensão de Deus e ouviu coisas inefáveis. Essa dimensão não se explica, apenas se contempla e se aceita pela fé. Para entrar nessa dimensão somente por meio da pessoa bendita de Jesus Cristo, o caminho das bênçãos espirituais.

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Esboço Sermão: Conquistando o Impossível

“Porque para Deus nada é impossível”. (Lc 1.37 – Almeida Corrigida Fiel)

Introdução

Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
É uma verdade indubitável que o homem nasceu para conquistar. El Shaddai nos estabeleceu por cabeça e não calda. O homem é a coroa da criação de Deus, pouco menor que os anjos nos fez o SENHOR e de glória e honra nos coroou o Criador. O Pai nos deu domínio sobre as obras das suas mãos; tudo colocou debaixo dos nossos pés. (Sl 8.5-6)

Podemos afirmar que o ato de conquistar é uma característica inerente ao ser humano. Contudo, apesar de sua capacidade mental e psíquica, o homem é um ser com limitações. Ao homem, no curso da vida, apresentam-se os impossíveis, situações das quais o homem é incapaz de solucionar recorrendo às suas faculdades e ciências.

Desenvolvimento

a) O homem não pode conquistar o impossível por meio do “dinheiro” – (Atos 8.9-20)

Impor as mãos e pessoas receberem o Espírito Santo é um ato que somente alguém entronizado ao trono de Deus e à sua vontade pode conseguir. É um ato impossível ao homem natural. Simão, o mágico, ao ver o apóstolo Pedro impondo as mãos e pessoas recebendo o Espírito Santo pensou que poderia fazer a mesma coisa através do dinheiro. O dinheiro para nada serve no mundo espiritual. Serve no mundo físico, material, mas no espiritual não tem valor algum. Logo, entende-se que o impossível de Deus não pode ser alcançado por meio de barganhas ou coisas do tipo.
Pedro disse a Simão: “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro”. (At 8.20)

b) O homem não pode conquistar o impossível por meio da “sabedoria humana” – (Lucas 5.5)

Pedro era um pescador profissional, tinha seu barco próprio, conhecia o mar da Galiléia como poucos assim como a melhor técnica para se apanhar os melhores peixes. Aconteceu, porém, que, após pescar a noite toda, nada apanhou, a impossibilidade se apresentou, e quando o impossível ocorre, a sabedoria humana é incapaz de resolver.

c) O homem não pode conquistar o impossível por meio da “posição social” – (Lucas 8.41-56)

Jairo era um dos principais da sinagoga, pessoa proeminente, de posição social, abastada financeiramente, tinha acesso aos melhores médicos, porém, quando o impossível se apresenta através de uma enfermidade que leva a sua filha a óbito, sua posição social em nada muda a circunstância.

d) O homem não pode conquistar o impossível por meio da “religiosidade” – (João 3.1-3)

Nicodemos era mestre da lei, um homem religioso, mas ao ser confrontado pelos argumentos de Jesus acerca de nascer de novo, algo que só é possível por meio da ação divina no homem, algo impossível de ser alcançado por meio de dogmas religiosos, Nicodemos contemplou a impossibilidade de se entender naturalmente as coisas espirituais.

Só existe uma forma, uma maneira de o homem tornar o impossível como algo possível, é por meio da busca da providência divina, do sobrenatural poder de Deus. O Deus do impossível pode todas as coisas, visto que agindo Deus, quem o impedirá. (Isaías 43.13)

Por que para Deus nada é impossível?

Para entender a razão pela qual nada é impossível para Deus é necessário analisar um dos atributos ativos de Deus, ou seja, o que Deus é em relação ao universo, a sua “onipotência”.

“Ah Senhor Deus! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido, nada há que te seja demasiado difícil”. (Jr 32.17)

A onipotência de Deus significa duas coisas:

a) Deus tem liberdade e poder para fazer tudo que esteja em harmonia com a sua natureza. Por isso dizer que “nada é impossível para Deus” é uma verdade que está em total conformidade com as Escrituras Sagradas.

b) Deus tem controle e soberania sobre tudo que existe ou possa existir. Somente Deus é Todo-Poderoso.

Conclusão

A conquista do impossível em Deus é possível

• Pedro não havia pescado nada. Todavia, Jesus entra em cena, o Deus-homem ordena que Pedro tente mais uma vez e então o impossível torna-se possível e o milagre acontece. “E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede”. (Lucas 5.5)

• Jairo diante da impossibilidade de cura da filha prostrou-se aos pés de Jesus e apesar da menina ter vindo a falecer, Jesus opera o impossível e Jairo tem a restituição da sua filha, a conquista do impossível. (Lucas 8.55)

• Nicodemos conquista o possível num quadro de impossibilidades e então nasce da água e do espírito e marca presença no sepultamento de Jesus, demonstrando sua mudança de pensamento e posição religiosa. (João 19.39-40)

Você quer conquistar o impossível? Apresente a sua causa a Deus porque para Deus nada é impossível.

Em Cristo - Anderson Vieira

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sermão A Crucificação de Jesus

Leitura texto áureo: (Mt 27.22-51)

1. Introdução
a) Histórico da prática da crucificação
Dados históricos relatam que aparentemente a primeira prática conhecida de crucificação foi realizada pelos persas. Alexandre e seus generais trouxeram esta prática para o mundo mediterrâneo, para o Egito e para Cartago. Os romanos ao que tudo indica aprenderam a prática dos cartagineses rapidamente e desenvolveram nesta prática um grau muito alto de eficiência e habilidade. Vários autores romanos (Lívio, Cícero, Tácito) comentam a crucificação, e são descritas várias inovações, modificações, e variações na literatura antiga.

b) Tipos de Cruz
Segundo relatos de pesquisadores, a cruz pesava mais de 136 quilos. Somente o “patibulum” que era o braço da cruz, pesava por volta de 50 quilos. Já o “stipe” que era o poste vertical pesava quase 90 quilos. Pintores Medievais e da Renascença nos deram o retrato de Cristo levando a cruz inteira, porém ele carregou somente o braço da mesma, com um peso aproximado de 50 quilos.
• Cruz Decussata tinha a forma de X.
• A Cruz Commissata ou Cruz Tau, tinha a forma da letra T.
• Cruz Inmissa também conhecida como Cruz Latina, tinha o braço cerca de 1 metro abaixo do topo do poste vertical. (Há uma grande concordância entre estudiosos de que tenha sido nesse tipo de cruz que Jesus foi crucificado, devido à inscrição colocada acima da sua cabeça.

c) A quem se destinava a crucificação no Império Romano?
A crucificação era uma punição reservada a escravos rebeldes e aos que se opunham ao domínio romano. As torturas que os condenados sofriam eram enormes. Eram desnudados, flagelados, ofendidos e carregavam a própria cruz. Ficavam suspensos a dois ou três metros do chão. Alguns agonizavam vários dias.
A crucificação era denominada dentro do império romano, como “servile supplicium”, ou seja, suplício infringido ao escravo.

2. Desenvolvimento

a) Suor com gotas de sangue no Getsêmani
O médico Lucas, o único a relatar esse fato nos evangelhos diz: “E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até o chão”. (Lc 22.44)
A Hematidrose é um fenômeno raríssimo, é fruto de uma fraqueza física excepcional acompanhada de um abatimento moral violento. Ela causa o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas. O sangue se mistura ao suor e escorre por todo o corpo até chegar ao chão. Verdadeiramente o suor de Jesus tornou-se como grandes gotas de sangue.

b) Diante de Caifás, o sumo sacerdote, Jesus é agredido
“Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam, Dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu?” (Mt 26.67-68)

c) A condenação
De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro de governo do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos. E Pilatos não encontrando em Jesus erro algum, envia-o a Herodes Antipas, porém, Herodes ao escarnecer de Jesus, manda-o de volta para Pilatos.
Pilatos manda açoitarem a Jesus a fim de que o povo retroceda, porém o povo pede que Pilatos solte a Barrabás e crucifique a Jesus.

d) O açoite

A flagelação era uma preliminar para toda execução Romana. O instrumento usual era um açoite curto flagellum conhecido como AZZORAGUE com várias cordas ou correias de couro, às quais se atavam pequenas bolas de ferro ou pedacinhos de ossos de ovelhas a vários intervalos.
Os preparativos para as chicotadas foram realizados quando o prisioneiro era despido de suas roupas, e suas mãos amarradas a um poste, acima de sua cabeça.

O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chicotadas continuam, elas cortam os tecidos debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura.
As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue.

e) A Coroa de Espinhos
Depois da flagelação, os soldados estavam acostumados a fazer gozações humilhantes com suas vítimas. Por isso foi colocada sobre a cabeça de Jesus, como emblema irônico de sua realeza uma coroa de espinhos. Na Palestina abundam os arbustos espinhosos, que puderam servir para este fim; utilizou-se o Zizyphus ou Azufaifo, chamado Spina Christi, de espinhos agudos, longos e curvos (o tamanho variava de 12 a 15 centimetros) e para piorar esses espinhos tem uma espécie de veneno que arde quando em contato com a carne.
Os soldados romanos veem uma grande piada neste Judeu, que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro.
Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor torturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.

f) A caminho da crucificação
A pesada barra horizontal da cruz, o “patibulum” é amarrada sobre os ombros de Jesus, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romanos para a execução, encabeçada por um centurião, começa a vagarosamente até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para ele. Ele tropeça e cai. As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao seu limite.
O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador norte-africano, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, com o suor frio de choque. A jornada de mais de 800 metros da fortaleza Antônia até o Gólgota é então completada.

g) A crucificação propriamente dita

A crucificação começa: Jesus é oferecido vinho com mirra, um leve analgésico. Jesus se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão entre os ossos de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira. (Com os braços estendidos, mas não tensos, os pulsos eram cravados no patíbulo. Desta forma, os pregos de 1 centímetro de diâmetro em sua cabeça e de 13 a 18 centímetros de comprimento, eram provavelmente postos entre o rádio e os metacarpianos, ou entre as duas fileiras de ossos carpianos, ou seja, perto ou através do forte flexor retinaculum e dos vários ligamentos intercarpais). Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada e colocada em cima do poste, e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus".
O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido através deles, deixando os joelhos dobrados moderadamente. A vítima agora é crucificada. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.
Enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem.
Ele passa horas de dor sem limite (Das 9h da manhã até as 3h da tarde), ciclos de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz. Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
Agora está quase acabado - a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico - o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos - os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.
O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras - provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (Jo 19.30)

O método comum de terminar uma crucificação era por crucificatura, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito e logo sufocaram. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário.

Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: "E imediatamente verteu sangue e água." Isto era saída de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração.
3. Conclusão
Não há mais o que escrever nem o que dizer. Encerro com um versículo: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que Deus o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3.16)

Em Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Família debaixo da graça

“Família”

Base bíblica

“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Gn 1.27
“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. Gn 2.24

O que é uma família?
É o menor núcleo dentro de uma sociedade;
É o lugar onde as pessoas são instruídas, formadas;
É o ponto inicial para Deus construir uma nação.

“Graça”

Base bíblica

“Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela GRAÇA sois salvos)”. Ef 2.5
“Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens”. Tt 2.11

Graça significa "favor divino não merecido".

O termo grego no original é charis, que deriva do verbo charizomai. Esta palavra significa "mostrar favor para" e assume a bondade do doador e a indignidade do receptor.

Quando charis é usada para indicar a atividade de Deus, significa "favor não merecido".

Definição de Família debaixo da Graça
“É um grupo de pessoas ligadas por meio da genealogia que em seu estilo de vida experimenta o favor divino não merecido”.

Propósito de Deus para a família

Casamento
A família começa com o casamento.
"Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não separe o homem". (Mt 19.6).

Filhos
Casais unidos diante de Deus pelo casamento gozam o privilégio de terem filhos.
“E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra...” (Gn 1.28)

Homens: Esposos, Pais e Sacerdotes
"Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. (Ef 5.25)

Mulheres: Esposas, Mães e Intercessoras
“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”. (Ef 5.22-24)

Filhos: Seguidores Obedientes
“PROVÉRBIOS de Salomão: O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe”. (Pv 10.1)
“Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus”. (Dt 5.16)

Família debaixo da graça de Deus vive em:
• Paz
• Com temor a Deus
• Com atitudes pautadas no amor
• Com respeito mútuo
• Com entrega e dedicação
• Perdoando uns aos outros

Como se encontra a sua família?

Em Cristo,
Anderson Vieira

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nicodemos e o Novo nascimento: processo de desconstrução

Introdução (Jo 3.1-16)

“Seita dos Fariseus”

Os fariseus eram um grupo religioso que se originou dois séculos antes de Cristo. Eram os partidários da mais importante escola judaica, de caráter religioso. Diferenciavam-se dos demais judeus pelo rigoroso apego ao cumprimento dos rituais, no exercício de uma religiosidade apenas exterior. Nenhum inimigo de Cristo era mais persistente que a seita dos fariseus. Os fariseus eram as autodesignadas autoridades sobre a lei de Moisés. Foram severamente repreendidos por Jesus, que os chamou de "hipócritas", "insensatos", "condutores de cegos", "sepulcros caiados", "serpentes", e "raça de víboras". (Mt 23.1-39)

Jesus disse que os fariseus eram hipócritas, pois por fora aparentavam espiritualidade, mas por dentro estavam cheios de ossos e de todo tipo de imundície e maldade. (Mt 23.27) - Jesus disse: “Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia” (Lucas 12.1)

A palavra “filactério” significa “salvaguarda, conservante”. Os judeus usavam o termo para pequenas caixas de couro em que colocavam certas passagens da Escritura. Eles amarravam essas caixinhas nos braços e na testa e as pregavam na entrada das portas. Essa tradição criada por homens era resultante de uma interpretação literal de Dt 6.8. Os fariseus “alargaram seus filactérios” deixando suas caixas maiores do que as de outras pessoas. Os fariseus faziam suas franjas memoriais mais longas do que as dos demais judeus. Eram legalistas e promoviam a si mesmos.

Características de Nicodemos
A este grupo denominado “fariseus” é que Nicodemos fazia parte. Nicodemos era um homem iminente, um dos principais dos judeus, poderoso, culto, mestre da Lei, integrante do Sinédrio e exercia papel político e religioso, sendo influente entre o povo e Roma. Devido à sua alta posição, avaliava seus passos cuidadosamente. O nome “Nico-odemos significa imagem do povo". Em suma reflete a imagem do povo, uma vida de aparência, da auto-preservação, das fisicalidades, da estética moral, religiosa e comportamental.

O encontro entre Nicodemos e Jesus
Nicodemos com certeza ouviu falar de Jesus, em algum momento provavelmente lhe viu em ação no meio do povo e, motivado por tais fatos, de alguma forma que a Bíblia não conta, ele vai ter com Jesus durante a noite.

Desenvolvimento
Nicodemos como imagem do povo, verdadeiramente representa o estereótipo de vários tipos de pessoas da sociedade, e até mesmo, se trouxermos para os dias atuais e para a igreja contemporânea, detectaremos vários exemplos comportamentais:

Preservadores da auto-imagem: Nicodemos veio ter com Jesus à noite, pois por ser um fariseu, ser visto com Jesus à luz do dia implicaria em descrédito junto à seita da qual era integrante. Nicodemos estava preocupado com o que as pessoas e o grupo religioso do qual fazia parte pensariam a seu respeito. Simbolicamente podemos entender que Nicodemos era uma pessoa que vivia nas trevas e que agora encontrara a luz que é Jesus. (Jo 8.12) - Há muitas pessoas que estão mais preocupadas com o que as pessoas e a sociedade pensam a seu respeito do que com o que Deus pensa a seu respeito.

Religiosos: Nicodemos em suas primeiras palavras no diálogo com Jesus revela que sua fé está pautada na causa e efeito, naquilo que se vê, nos sinais que Jesus fazia. E mesmo tendo visto os sinais e declarando que Jesus era Rabi, veio ter com ele às escuras. A religiosidade não se atenta para a humanidade, mas para os processos, métodos. A religiosidade consiste em palavras, mas não em atitudes. O que Nicodemos diz não está em conformidade com as suas atitudes. Há pessoas que conhecem a Bíblia Sagrada, mas não estão dispostas a conhecer o Deus da Bíblia. São pessoas que até ouvem a pregação da palavra de Deus, mas não colocam aquilo que ouviram em prática. São pessoas que até falam de coisas espirituais, mas não vivem. Dizem façam aquilo que eu falo, mas não façam aquilo que eu faço. Isso se chama “hipocrisia”. Religiosidade mata.

Admiradores do Evangelho: “Ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes”. Nicodemos ficou espantado com os milagres de Jesus. Há muitas pessoas que admiram os milagres que Deus faz, creem inclusive que Deus opera milagres; outros querem experimentar e precisam de um milagre, mas não estão dispostos a ter um relacionamento com o Deus dos milagres. Não estão dispostos a abraçar o evangelho de Cristo.

Uma Fé lógica: “... se alguém não nascer de novo”. Nicodemos estava tão acostumado à causa e efeito que ao ser confrontado com uma questão que envolvia a fé genuína e que quebrava paradigmas, mesmo sendo mestre em Israel, ficou sem resposta. Um Deus que para ser acreditado passa por evidências da razão é de duvidar-se, visto que o reino de Deus implica num processo de desconstrução da lógica, da razão, levando-nos a mergulhar no rio do Espírito e exercício da fé, cuja base está naquilo que se espera e se não vê, no irracional, ilógico. Nascer da água e do Espírito significa ser gerado por Deus, criado, algo de dentro pra fora, contemplar a dimensão de Deus, o mundo espiritual e não um mundo racional, quântico e previsível. Não existe cartilha ou manual para o novo nascimento, o vento sopra onde quer, depende exclusivamente do gerador: DEUS.

Pessoas que abrem mão de sua posição social, abrem mão de tudo por Jesus Cristo: Em João 7.50 e 51, Nicodemos ainda preso à lei age com imparcialidade em relação à Jesus. Porém, em João 19.38 a 40, Nicodemos juntamente com José de Arimatéia, sepultam o corpo de Jesus. Agora, diferentemente daquele encontro sorrateiro, Nicodemos mostra a sua face, expõe-se verdadeiramente, abandona a legalidade e se joga literalmente no Rio da graça de Deus. Agora sim, Nicodemos nasce da água e do Espírito, é gerado nas entranhas do Deus de seus antepassados e contempla o início do acontecimento que abalaria o planeta, a morte de Jesus e posteriormente, a sua vitória sobre a morte.

Conclusão
Passar pelo processo de desconstrução e experimentar o novo nascimento é possível hoje mesmo, agora mesmo. Basta entregar-se, render-se ao Cristo e a gestação começará. Você está disposto a passar por um processo de desconstrução e entrar para as fileiras da causa de Cristo? Deus te chama para nascer da água e do Espírito.

Em Cristo,
Anderson Vieira

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sermão “Jesus chorou”

(Jo 11.35)

Introdução

A Bíblia diz em (Gênesis 27.38), que quando Esaú soube que seu pai Isaque, tomado de engano, havia abençoado Jacó em seu lugar, levantou a sua voz e chorou.

A Bíblia diz em (Neemias 1.3-4), que quando Neemias soube que seus irmãos estavam em miséria e desprezo, àqueles que não tinham sido levados para o cativeiro, se assentou, lamentou e chorou.

A Bíblia diz em (Salmos 137.1), que quando os Israelitas cativos na babilônia se lembravam de Sião, choravam.

A Bíblia diz em (Mt 26.75), que quando o apóstolo Pedro lembrou-se das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. Pedro chorou amargamente.

A Bíblia diz em (Lc 8.52), que todos choravam na casa de Jairo, um dos principais da sinagoga pela morte de sua filha.

É fato que à semelhança dos personagens bíblicos, quem dentre nós nunca chorou, nunca derramou uma lágrima? Choramos devido ao sofrimento, angústia e dor. Choramos de arrependimento. Choramos também de felicidade, pelo filho que nasce, pela conquista de um sonho, pelo reencontro com alguém que há muito tempo não se via e que amamos. Chorar é um ato corriqueiro na vida do ser humano. Na verdade, quando nascemos, já o fazemos à base do choro. Muito choro.

Choramos também devido aos nossos pecados. Davi no (Salmo 38.18b) declara: “Afligir-me-ei por causa do meu pecado”. Do que se queixa o homem senão dos seus pecados diz a Escritura.

Desenvolvimento

Agora, o texto áureo desta mensagem (Jo 11.35), um dos menores versículos da Palavra de Deus, faz uma declaração impressionante. Ele diz que o profeta, sacerdote, rei e messias, o Filho do homem, Filho de Davi, o Deus encarnado, o Príncipe da paz, o Cordeiro de Deus, Aquele a quem foi dada toda autoridade no céu e na terra, Aquele perante o qual todo joelho se dobrará e toda língua confessará, Jesus, chorou.

O contexto em que o texto está inserido é a morte daquele a quem Jesus amava, seu amigo de Betânia, Lázaro. O verbo “chorou” empregado nesta passagem no original grego é “dakruo”, o que indica que Jesus verdadeiramente derramou lágrimas e depois pranteou em silêncio, visto que o (verso 33) diz que quando Jesus viu Marta, irmã de Lázaro chorando e também os judeus, moveu-se muito em espírito e perturbou-se. Isso prova o amor do Deus feito homem por nós. Ele não é indiferente em relação ao nosso sofrimento. Mesmo sendo Ele a ressurreição e a vida, e tendo dito anteriormente aos seus discípulos que iria despertá-lo (verso 11), Jesus chorou.

Uma questão a ser abordada é que nossas atitudes podem fazer Jesus alegrar-se ou chorar com relação a nós. Vejamos o que pode levar Jesus a chorar com relação à nossa vida:

Incredulidade: Em (Lc 19.41), a Bíblia diz, referindo-se à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado num jumentinho, em meio ao povo gritando “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor”, que quando Jesus ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela. Acontece que os judeus aguardavam um Messias político e esse mesmo povo que gritava “Hosana”, diante de Pilatos pediria para soltar Barrabás e crucificá-Lo. A palavra chorou, nesse caso, no grego significa “eklausen”, que é mais do que derramar lágrimas, é lamentação, pranto, soluço e clamor de uma alma em agonia em ver a incredulidade e a recusa em arrepender-se por parte dos judeus. A grande recusa em massa em não aceitar a salvação, e essa recusa pela pessoa de Jesus ocorre até os dias de hoje em Israel. Eles vivem do comércio religioso, porém, são incrédulos. Tal incredulidade também está presente por toda a terra e isso faz Jesus chorar.

Relacionamento superficial com base em interesses: Em (Is 29.13), o SENHOR declara por meio do profeta Isaías: “...Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens em que foi instruído”. Não é de hoje que o povo busca fazer barganha com Deus, 700 anos antes do nascimento de Jesus, essa já era uma prática comum. Isso com certeza faz Jesus chorar.

Desobediência, Injustiça, Devassidão, Idolatria, Adultério, Homossexualismo, Sodomia, Roubo, Avareza, Bebedice, Mentira, Feitiçaria, Homicídios, Estupros, Pedofília, Ira, Inimizade, Hipocrisia, Glutonária, Contenda, Prostituição, Fornicação, Impureza e coisas semelhantes a estas: Aqui é um compêndio de três textos bíblicos que dão uma noção geral do que faz Jesus chorar, e chorar a tal ponto de que, se quem pratica esses atos não se arrependerem, o que lhes estará reservado será o inferno, e lá serão eles que chorarão, pois diz a Bíblia que o inferno é um lugar de choro e ranger de dentes. ((1 Co 6.9-10; Gl 5.20-21; Ap 21.8)

Conclusão
Devemos fazer Jesus sentir prazer como o nosso proceder e não tristeza. Se você tem derramado as lágrimas do arrependimento, se você tem rasgado o seu coração porque busca abandonar o pecado ou se o seu choro tem sido fruto de perseguições por você ser fiel a Jesus, há uma promessa de Deus pra sua vida no sermão do monte que diz: “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados” (Mt 5.4). Se você tem chorado por ver tamanha maldade e injustiça à sua volta, há um consolo da parte de Deus pra você.

Se você está em pecado, morto em seus delitos, pode ser que esteja vivo, porém, morto espiritualmente, mas Jesus tem poder para remover a pedra e gerar vida espiritual em você novamente.

Se você está chorando e quer entregar a sua vida com sinceridade para Jesus, o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. (Sl 30.5)

Em Cristo
Anderson Vieira

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Após o Juízo Final pra onde você vai: Céu ou Inferno?

“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. (Ap 20.11-15 Genebra)

A paz de Cristo. As pessoas estão muito ocupadas com o hoje, com o agora, e, dificilmente param pra refletir acerca de onde passarão a eternidade. Todavia, a Bíblia Sagrada orienta que independente de pensarmos no assunto ou não, todos nós, ricos e pobres, orientais e ocidentais, negros e brancos, justos e ímpios, todos se apresentarão diante do trono branco de Deus para serem julgados por suas obras. Será o juízo final e depois se segue o destino eterno. Para os justos, o céu, para os ímpios, o inferno. A pergunta central desse sermão é: Após o juízo final onde passaremos a eternidade? No céu ou no inferno?

Comecemos a falar do inferno.
Muitos negam a realidade do inferno, outros acreditam em sua existência, porém pensam enganosamente que conseguirão escapar da condenação eterna mesmo sem entregar a sua vida a Jesus Cristo, o salvador.

A cantora pop Lady Gaga discutiu com um jovem que estava entregando panfletos com mensagens religiosas na porta no estádio onde ela se apresentaria. Gaga estava chegando ao local quando foi abordada pelo rapaz que lhe entregou um cartão com os dizeres: "Passe livre para sair do inferno". A cantora ficou indignada e começou a questionar o que o jovem cristão estava fazendo no local, indagando se para sair do inferno bastava apenas imprimir cartões. O caso foi relatado pela cantora no meio do show, ela disse que depois de questioná-lo ele se irritou e disse que ela iria para o inferno. Nervosa, Lady Gaga respondeu: "Então abram os portões, pois todos os fãs irão comigo!" Em uma coisa Lady Gaga tem toda razão, como disse Millard Erickson: “Deus não manda ninguém para o inferno. Experimentar a agonia do inferno é a escolha do homem”. Segundo a Bíblia, não podemos excluir a responsabilidade do homem na sua própria condenação.

Ocorre que, a doutrina bíblica do inferno tem sido negligenciada até mesmo no meio do povo de Deus. Ora por ignorância, ora por incredulidade, ora pelos dois.
C. S. Lewis disse: “Não há nenhuma doutrina que eu removeria de mais grado do cristianismo do que isto, se eu tivesse o poder. Mas essa doutrina tem o pleno apoio das Escrituras, e, sobretudo, das próprias palavras do nosso Senhor”.

A palavra inferno aparece nas Escrituras por 30 vezes, porém não foi registrada a mesma palavra para inferno em todas as passagens. Nas palavras em hebraico e grego que traduzidas significam inferno temos: hades, sheol, gehenna e tartaroo.

Jhonatam Edwards, em seu sermão “Nas mãos de um Deus irado”, definiu o inferno como: “O inferno é uma ira eterna. Já seria algo terrível sobre o furor e a cólera do Deus Todo-Poderoso por um momento. Mas quem for para o inferno terá de sofrer por toda eternidade. Essa intensa e horrenda miséria não terá fim. Será castigo infinito. A dor irá devorar os pensamentos e assombrar as almas. O abismo está preparado, o fogo está pronto, a fornalha incandescente está ardendo pronta para receber os ímpios”.

03 definições do inferno:

a) Inferno é um lugar de ausência total do favor de Deus, sem amor, esperança e misericórdia. É lugar de “morte eterna”;

b) Inferno é um lugar de completo domínio do pecado, tormento, densas trevas enchidas de um choro angustiante, ranger de dentes, castigo eterno.

c) Inferno é o lugar do castigo divino, manifestação da “ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens” na sua expressão máxima e final (Rm 2.5-7).
Agora, falemos do destino eterno dos justos: O céu.

Céu no seu sentido mais importante é o lugar da habitação de Deus. É o local onde aqueles que tiverem seus nomes inscritos no Livro da Vida passarão a eternidade. É a pátria real dos santos, pois lá deixaremos de ser peregrinos.

Definições do céu:
a) Céu é a “Nova Jerusalém” (Ap 21.2), como cidade é lugar de permanência eterna. É lugar de comunhão, esplendor e glória de Deus (Ap 21);

b) Céu é um lugar de amor, alegria e celebração (Ap 19.9; 21.2; 9-14; Ef 5.27);

c) Céu é lugar de completo livramento do pecado. Teremos santidade completa e seremos semelhantes a Cristo (I Jo 3.2; Rm 8.29). Todas as consequências do pecado serão banidas, e a vida será de gozo abundante.

d) Céu é lugar de comunhão irrestrita com Deus. A comunhão do salvo será plena no céu e veremos a face do SENHOR, a alegria será permanente.

e) Céu é lugar de isenção do mal natural. Não haverá mais choro, doença ou morte (Is 25.8; Ap. 7.17; 21.4). Não haverá mais maldição.

f) Céu é lugar de louvar e adorar a Deus todo o tempo (Ap 5.9; 12.10; 14.3).

g) No céu, todas as promessas serão cumpridas na sua plenitude. Um lugar onde a santidade e a felicidade serão plenas na presença de Deus e de Jesus Cristo. Ali os salvos viverão para todo o sempre.

Conclusão

Duas atitudes devem ser tomadas a partir dessa mensagem da parte de Deus:

a) Tanto o inferno como o céu é uma realidade – e tanto para escapar de um como para entrar no outro é preciso arrepender-se dos pecados e crer em Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador de sua vida, tendo o seu nome inscrito no Livro da Vida sendo livre da condenação eterna. (Jo 1.12; 3.16)

b) Quem já entregou a sua vida para Jesus Cristo deve se manter vigilante e ao conhecer de forma clara acerca do inferno, deve tomar posição e falar de Jesus para familiares, amigos e todos quanto puder a fim de que, essas pessoas aceitando a Jesus não sejam condenadas a ir para o inferno.

Deus guarde a nossa vida e que diligentemente caminhemos com as nossas atitudes rumo ao céu e não ao inferno.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 23 de março de 2011

“As cisternas da vida espiritual”

“Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto que não eram deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai estupefatos, diz o SENHOR. Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas”. (Jr 2.11-13 Versão Genebra)

A paz de Cristo. A revelação em destaque ocorre com o profeta e sacerdote Jeremias, que profetizou para Judá – Reino do Sul, por volta de 626 a.C, no reinado do rei Josias, que tentou restaurar a adoração ao SENHOR, porém sem sucesso, visto que o povo permaneceu infiel e idolatrando a deuses estrangeiros, despertando a indignação do Todo-Poderoso. A Escritura Sagrada diz que o SENHOR não dará a sua glória a outrem e nem a sua honra às imagens de escultura. (Isaías 42.8)

A verdade indubitável é que Deus é preterido pelo seu povo, eles o deixam. Um ato digno de espanto e horror, eles trocam o Deus de Abraão, Isaac e Israel por deuses que não são deuses. Para que não haja dúvida do quadro de apostasia instaurado, Deus menciona elementos bem conhecidos naquela cultura dizendo que o povo deixou o manancial de águas vivas em troca de cavar cisternas que não retém água. No caso de Judá, as cisternas representavam os deuses estrangeiros que eles estavam rendendo adoração, deuses que assim como as cisternas rachadas são inúteis, vazios. Judá vivenciava total falência espiritual e como tratamento de Deus experimentou o cativeiro.

Quando se fala em idolatria, a maioria das pessoas associa a imagens, esculturas, porém, idolatria é muito mais que isso. Eu defino da seguinte forma: Idolatria é tudo aquilo que indevidamente ocupa o lugar de Deus em nossas vidas.

Nos dias atuais, o que significam as cisternas rachadas na vida espiritual do povo separado para adorar a Deus. Buscando discernimento no SENHOR, encontrei cisternas que podem levar-nos a apostatar da fé no Filho de Deus, são elas:

Cisterna da Idolatria

Naqueles dias cavar cisternas era algo comum. O problema estava no fato de que, ao invés de beber água do manancial, da fonte, água límpida, pura e cristalina, que representa o próprio Deus, o povo de Judá estava espiritualmente bebendo água de cisternas rachadas que representam os deuses estrangeiros, águas com microorganismos, animais mortos, temperatura morna, água incapaz de matar a sede e gerar vida abundante. Água contaminada por ídolos. Semelhantemente sempre que damos mais valor a algo do que a Deus, como por exemplo: práticas cotidianas, trabalho, bens materiais, dinheiro e até mesmo denominação, estamos cometendo idolatria. Isto é uma armadilha sagaz do adversário das nossas almas para que abandonemos o nosso Deus e, por conseguinte, a comunhão com os irmãos na igreja.

Cisterna da Auto-Suficiência

É interessante o fato de que as cisternas eram rachadas. Deus estava querendo dizer que não adiantava o povo D’Ele querer caminhar de forma independente. A cisterna representa a provisão humana, porém, o manancial de águas vivas representa a provisão de Jeová Jireh, o Deus provedor. Paulo ao escrever ao filipenses foi muito claro: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”. (Fp 4.19)
Melhor é depositar as nossas esperanças em Deus, vivendo do fruto do nosso trabalho, crendo que nada nos faltará. O problema de muitos é que basta a vida melhorar um pouco para que abandonem o manancial e comecem a cavar cisternas.

Cisterna das Falsas Doutrinas da Bíblia

Jesus disse: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”.
(Jo 7.37)

Quando Jesus diz para matar a sede junto a ele, podemos entender que ele está também fazendo alusão à sua palavra, aos seus ensinamentos. A palavra de Deus é a água que flui do trono de Deus e chega até nós.

A partir do momento que abrimos mão dessa fonte de conhecimento inspirada por Deus em detrimento de falsas doutrinas bíblicas, movimentos e tudo aquilo que busque ferir a infalibilidade bíblica, estamos deixando o manancial de água filtrada pelo próprio Deus para bebermos água do rio Tietê e isso afeta a nossa saúde espiritual.

Conclusão

Para a samaritana Jesus disse: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”.
(Jo 4.13-14)

Bebamos desta água chamada Cristo Jesus a fim de perseverarmos na sã doutrina, no partir do pão e nas orações aguardando prontamente que Ele venha nos buscar. Sejamos purificados por essa água. Sejamos limpos pelo SENHOR. Chega de cavar cisternas. Só aceite beber do manancial de águas vivas.

Em Cristo,
Anderson Vieira