terça-feira, 19 de abril de 2011

Sermão “Jesus chorou”

(Jo 11.35)

Introdução

A Bíblia diz em (Gênesis 27.38), que quando Esaú soube que seu pai Isaque, tomado de engano, havia abençoado Jacó em seu lugar, levantou a sua voz e chorou.

A Bíblia diz em (Neemias 1.3-4), que quando Neemias soube que seus irmãos estavam em miséria e desprezo, àqueles que não tinham sido levados para o cativeiro, se assentou, lamentou e chorou.

A Bíblia diz em (Salmos 137.1), que quando os Israelitas cativos na babilônia se lembravam de Sião, choravam.

A Bíblia diz em (Mt 26.75), que quando o apóstolo Pedro lembrou-se das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. Pedro chorou amargamente.

A Bíblia diz em (Lc 8.52), que todos choravam na casa de Jairo, um dos principais da sinagoga pela morte de sua filha.

É fato que à semelhança dos personagens bíblicos, quem dentre nós nunca chorou, nunca derramou uma lágrima? Choramos devido ao sofrimento, angústia e dor. Choramos de arrependimento. Choramos também de felicidade, pelo filho que nasce, pela conquista de um sonho, pelo reencontro com alguém que há muito tempo não se via e que amamos. Chorar é um ato corriqueiro na vida do ser humano. Na verdade, quando nascemos, já o fazemos à base do choro. Muito choro.

Choramos também devido aos nossos pecados. Davi no (Salmo 38.18b) declara: “Afligir-me-ei por causa do meu pecado”. Do que se queixa o homem senão dos seus pecados diz a Escritura.

Desenvolvimento

Agora, o texto áureo desta mensagem (Jo 11.35), um dos menores versículos da Palavra de Deus, faz uma declaração impressionante. Ele diz que o profeta, sacerdote, rei e messias, o Filho do homem, Filho de Davi, o Deus encarnado, o Príncipe da paz, o Cordeiro de Deus, Aquele a quem foi dada toda autoridade no céu e na terra, Aquele perante o qual todo joelho se dobrará e toda língua confessará, Jesus, chorou.

O contexto em que o texto está inserido é a morte daquele a quem Jesus amava, seu amigo de Betânia, Lázaro. O verbo “chorou” empregado nesta passagem no original grego é “dakruo”, o que indica que Jesus verdadeiramente derramou lágrimas e depois pranteou em silêncio, visto que o (verso 33) diz que quando Jesus viu Marta, irmã de Lázaro chorando e também os judeus, moveu-se muito em espírito e perturbou-se. Isso prova o amor do Deus feito homem por nós. Ele não é indiferente em relação ao nosso sofrimento. Mesmo sendo Ele a ressurreição e a vida, e tendo dito anteriormente aos seus discípulos que iria despertá-lo (verso 11), Jesus chorou.

Uma questão a ser abordada é que nossas atitudes podem fazer Jesus alegrar-se ou chorar com relação a nós. Vejamos o que pode levar Jesus a chorar com relação à nossa vida:

Incredulidade: Em (Lc 19.41), a Bíblia diz, referindo-se à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado num jumentinho, em meio ao povo gritando “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor”, que quando Jesus ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela. Acontece que os judeus aguardavam um Messias político e esse mesmo povo que gritava “Hosana”, diante de Pilatos pediria para soltar Barrabás e crucificá-Lo. A palavra chorou, nesse caso, no grego significa “eklausen”, que é mais do que derramar lágrimas, é lamentação, pranto, soluço e clamor de uma alma em agonia em ver a incredulidade e a recusa em arrepender-se por parte dos judeus. A grande recusa em massa em não aceitar a salvação, e essa recusa pela pessoa de Jesus ocorre até os dias de hoje em Israel. Eles vivem do comércio religioso, porém, são incrédulos. Tal incredulidade também está presente por toda a terra e isso faz Jesus chorar.

Relacionamento superficial com base em interesses: Em (Is 29.13), o SENHOR declara por meio do profeta Isaías: “...Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens em que foi instruído”. Não é de hoje que o povo busca fazer barganha com Deus, 700 anos antes do nascimento de Jesus, essa já era uma prática comum. Isso com certeza faz Jesus chorar.

Desobediência, Injustiça, Devassidão, Idolatria, Adultério, Homossexualismo, Sodomia, Roubo, Avareza, Bebedice, Mentira, Feitiçaria, Homicídios, Estupros, Pedofília, Ira, Inimizade, Hipocrisia, Glutonária, Contenda, Prostituição, Fornicação, Impureza e coisas semelhantes a estas: Aqui é um compêndio de três textos bíblicos que dão uma noção geral do que faz Jesus chorar, e chorar a tal ponto de que, se quem pratica esses atos não se arrependerem, o que lhes estará reservado será o inferno, e lá serão eles que chorarão, pois diz a Bíblia que o inferno é um lugar de choro e ranger de dentes. ((1 Co 6.9-10; Gl 5.20-21; Ap 21.8)

Conclusão
Devemos fazer Jesus sentir prazer como o nosso proceder e não tristeza. Se você tem derramado as lágrimas do arrependimento, se você tem rasgado o seu coração porque busca abandonar o pecado ou se o seu choro tem sido fruto de perseguições por você ser fiel a Jesus, há uma promessa de Deus pra sua vida no sermão do monte que diz: “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados” (Mt 5.4). Se você tem chorado por ver tamanha maldade e injustiça à sua volta, há um consolo da parte de Deus pra você.

Se você está em pecado, morto em seus delitos, pode ser que esteja vivo, porém, morto espiritualmente, mas Jesus tem poder para remover a pedra e gerar vida espiritual em você novamente.

Se você está chorando e quer entregar a sua vida com sinceridade para Jesus, o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. (Sl 30.5)

Em Cristo
Anderson Vieira

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Após o Juízo Final pra onde você vai: Céu ou Inferno?

“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. (Ap 20.11-15 Genebra)

A paz de Cristo. As pessoas estão muito ocupadas com o hoje, com o agora, e, dificilmente param pra refletir acerca de onde passarão a eternidade. Todavia, a Bíblia Sagrada orienta que independente de pensarmos no assunto ou não, todos nós, ricos e pobres, orientais e ocidentais, negros e brancos, justos e ímpios, todos se apresentarão diante do trono branco de Deus para serem julgados por suas obras. Será o juízo final e depois se segue o destino eterno. Para os justos, o céu, para os ímpios, o inferno. A pergunta central desse sermão é: Após o juízo final onde passaremos a eternidade? No céu ou no inferno?

Comecemos a falar do inferno.
Muitos negam a realidade do inferno, outros acreditam em sua existência, porém pensam enganosamente que conseguirão escapar da condenação eterna mesmo sem entregar a sua vida a Jesus Cristo, o salvador.

A cantora pop Lady Gaga discutiu com um jovem que estava entregando panfletos com mensagens religiosas na porta no estádio onde ela se apresentaria. Gaga estava chegando ao local quando foi abordada pelo rapaz que lhe entregou um cartão com os dizeres: "Passe livre para sair do inferno". A cantora ficou indignada e começou a questionar o que o jovem cristão estava fazendo no local, indagando se para sair do inferno bastava apenas imprimir cartões. O caso foi relatado pela cantora no meio do show, ela disse que depois de questioná-lo ele se irritou e disse que ela iria para o inferno. Nervosa, Lady Gaga respondeu: "Então abram os portões, pois todos os fãs irão comigo!" Em uma coisa Lady Gaga tem toda razão, como disse Millard Erickson: “Deus não manda ninguém para o inferno. Experimentar a agonia do inferno é a escolha do homem”. Segundo a Bíblia, não podemos excluir a responsabilidade do homem na sua própria condenação.

Ocorre que, a doutrina bíblica do inferno tem sido negligenciada até mesmo no meio do povo de Deus. Ora por ignorância, ora por incredulidade, ora pelos dois.
C. S. Lewis disse: “Não há nenhuma doutrina que eu removeria de mais grado do cristianismo do que isto, se eu tivesse o poder. Mas essa doutrina tem o pleno apoio das Escrituras, e, sobretudo, das próprias palavras do nosso Senhor”.

A palavra inferno aparece nas Escrituras por 30 vezes, porém não foi registrada a mesma palavra para inferno em todas as passagens. Nas palavras em hebraico e grego que traduzidas significam inferno temos: hades, sheol, gehenna e tartaroo.

Jhonatam Edwards, em seu sermão “Nas mãos de um Deus irado”, definiu o inferno como: “O inferno é uma ira eterna. Já seria algo terrível sobre o furor e a cólera do Deus Todo-Poderoso por um momento. Mas quem for para o inferno terá de sofrer por toda eternidade. Essa intensa e horrenda miséria não terá fim. Será castigo infinito. A dor irá devorar os pensamentos e assombrar as almas. O abismo está preparado, o fogo está pronto, a fornalha incandescente está ardendo pronta para receber os ímpios”.

03 definições do inferno:

a) Inferno é um lugar de ausência total do favor de Deus, sem amor, esperança e misericórdia. É lugar de “morte eterna”;

b) Inferno é um lugar de completo domínio do pecado, tormento, densas trevas enchidas de um choro angustiante, ranger de dentes, castigo eterno.

c) Inferno é o lugar do castigo divino, manifestação da “ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens” na sua expressão máxima e final (Rm 2.5-7).
Agora, falemos do destino eterno dos justos: O céu.

Céu no seu sentido mais importante é o lugar da habitação de Deus. É o local onde aqueles que tiverem seus nomes inscritos no Livro da Vida passarão a eternidade. É a pátria real dos santos, pois lá deixaremos de ser peregrinos.

Definições do céu:
a) Céu é a “Nova Jerusalém” (Ap 21.2), como cidade é lugar de permanência eterna. É lugar de comunhão, esplendor e glória de Deus (Ap 21);

b) Céu é um lugar de amor, alegria e celebração (Ap 19.9; 21.2; 9-14; Ef 5.27);

c) Céu é lugar de completo livramento do pecado. Teremos santidade completa e seremos semelhantes a Cristo (I Jo 3.2; Rm 8.29). Todas as consequências do pecado serão banidas, e a vida será de gozo abundante.

d) Céu é lugar de comunhão irrestrita com Deus. A comunhão do salvo será plena no céu e veremos a face do SENHOR, a alegria será permanente.

e) Céu é lugar de isenção do mal natural. Não haverá mais choro, doença ou morte (Is 25.8; Ap. 7.17; 21.4). Não haverá mais maldição.

f) Céu é lugar de louvar e adorar a Deus todo o tempo (Ap 5.9; 12.10; 14.3).

g) No céu, todas as promessas serão cumpridas na sua plenitude. Um lugar onde a santidade e a felicidade serão plenas na presença de Deus e de Jesus Cristo. Ali os salvos viverão para todo o sempre.

Conclusão

Duas atitudes devem ser tomadas a partir dessa mensagem da parte de Deus:

a) Tanto o inferno como o céu é uma realidade – e tanto para escapar de um como para entrar no outro é preciso arrepender-se dos pecados e crer em Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador de sua vida, tendo o seu nome inscrito no Livro da Vida sendo livre da condenação eterna. (Jo 1.12; 3.16)

b) Quem já entregou a sua vida para Jesus Cristo deve se manter vigilante e ao conhecer de forma clara acerca do inferno, deve tomar posição e falar de Jesus para familiares, amigos e todos quanto puder a fim de que, essas pessoas aceitando a Jesus não sejam condenadas a ir para o inferno.

Deus guarde a nossa vida e que diligentemente caminhemos com as nossas atitudes rumo ao céu e não ao inferno.

Em Cristo,
Anderson Vieira