sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Esboço Sermão “Estamos em Guerra”

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. (Ef 6.10-17 ACF)

Epístola aos Efésios

Autor: Apóstolo Paulo
Data: Escrita aproximadamente em 60 d.C
Local: A primeira das epístolas da prisão. Foi escrita em Roma.
Singularidade: É a mais impessoal das cartas de Paulo.
Tema: A igreja, o corpo de Cristo.

Introdução

A Bíblia Sagrada é o manual de fé e prática para aqueles que creem no Filho de Deus, a saber, Cristo Jesus, o Senhor, nascido em Belém, criado em Nazaré. O próprio Senhor Jesus disse ao ser tentado pelo diabo: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Mt 4.4b) - O Apóstolo Paulo em sua segunda carta ao jovem pastor Timóteo disse: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. (2 Tm 3.16) – É esta palavra inspirada por Deus, em especial, a Epístola aos Efésios, que apresenta-nos no capítulo 6, a partir do versículo 10, uma linguagem de batalha, conflito, com o objetivo de nos alertar para o fato de que nós cristãos “estamos em guerra”. Sim, estamos em guerra espiritual.

Todo cristão é um soldado de Cristo e está em guerra. Isso é justificado por pelo menos três razões evidentes:

1) Razão Pessoal: Nós, como cristãos, temos um traidor no campo de batalha – a nossa carne que guerreia contra o Espírito (Gl 5.17) a fim de nos tornar cativos do pecado novamente.

2) Razão da nossa Posição: Nós, como cristãos, somos o “corpo de Cristo”. E como tal temos por adversário o diabo, que bramando como leão, busca a quem possa tragar. (1 Pe 5.8)

3) Razão da Dispensação: Nós, como cristãos, e participantes da dispensação da graça de Deus e dos propósitos do Pai, somos inimigos desse mundo que jaz no maligno.

Desenvolvimento

Já que está evidente que nós, cristãos, estamos no campo de batalha, como devemos agir para ganhar essa guerra? O Apóstolo Paulo explica algumas verdades indubitáveis e axiomáticas. Vale lembrar que ao falar das peças da armadura de Deus, Paulo faz uso de uma linguagem figurada:

1) A nossa força para o conflito vem do SENHOR.

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”. (Ef 6.10)
A energia que possuímos para o conflito é a força do poder que emana de Deus. “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo”. (2 Co 2.14) – É no SENHOR, por meio de Jesus, o Cristo, que devemos buscar a devida força e poder para pelejar. As armas de Saul de nada lhe serviram na batalha contra Golias. Internamente o Rei Saul era fraco e covarde. Davi, apesar de sua desvantagem aparente, era forte no Senhor e por isso prevaleceu contra o gigante filisteu. (1 Sm 17.45; 50)

2) Nosso equipamento para a batalha são armas providenciadas por Deus.

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. (Ef 6.11)

A expressão “revesti-vos” nos faz entender que precisamos vestir as armaduras necessárias ao soldado que marcha para a guerra. Recebemos a panoplia (armadura no grego) de Deus para guerrear e resistir às astutas ciladas do diabo.

3) A natureza da nossa batalha é espiritual e a única forma de vencê-la é através da armadura de Deus.

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”. (Ef 6.12-13)

4) A armadura de Deus é eficaz e protege o corpo em sua totalidade.

“Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça”. (Ef 6.14)

Cinto da Verdade: Enquanto que os cintos eram frequentemente cravejados de pedras para torná-los bonitos, o objetivo da verdade sempre foi muito mais que ornamentar. O estar com o lombo cingido era essencial ao soldado para torná-lo forte em meio ao conflito. O homem que pratica e ama a verdade está realmente cingido pela força.

Couraça da Justiça: A couraça era pra proteger as partes mais vulneráveis: os órgãos vitais, o coração, pulmões, etc, onde um ferimento seria fatal. Assim é a justiça descrita em Isaías 59.17: “Pois vestiu-se de justiça, como de uma couraça”. A justiça nos é imputada pela fé e concedida pelo amor.

“E calçados os pés na preparação do evangelho da paz”. (Ef 6.15)

Evangelho da Paz: É uma experiência das boas novas de paz que nos dá prontidão para enfrentarmos as dificuldades do caminho. Uma vez posto sobre os nossos pés, ele capacita-nos a vencer o mundo. Como está escrito: “Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas”. (Rm 10.15)

“Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno”. (Ef 6.16)

Escudo da Fé: A qualidade do escudo cristão é a fé. Muitas vezes os escritores bíblicos se referem a Deus como o nosso escudo. “Olha, ó Deus, escudo nosso”. (Sl 84.9)

“Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. (Ef 6.17)

Capacete da Salvação: Pode ser entendido como a esperança da salvação (1 Ts 5.8b). Com ele sobre a cabeça, o conhecimento da graça salvadora de Deus, todo o processo do pensamento se molda e é salvo-guardado por ele.

Espada do Espírito: É a palavra de Deus. “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. (Hb 4.12) – O cristão tem experimentado duras derrotas devido ao descaso com a palavra de Deus. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”. (Os 4.6)

Conclusão

Cada uma das peças da armadura de Deus só é conseguida através do sacrifício vicário de Cristo. Ninguém vem ao Pai e toma posse da armadura de Deus senão através do Senhor Jesus Cristo. Outro fato interessante é que não há nenhuma proteção para as costas. E nem precisa, pois jamais um cristão revestido da armadura de Deus irá virar as costas e correr do seu inimigo.

Estamos em guerra, porém, estando em Cristo, somos seguros e mais que vencedores. (Rm 8.37)

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Superando as dores que surgem na instituição família!

Texto áureo: Mc 5.22-23; 35-42 (ACF)

Personagem Jairo:

Jairo era chefe da sinagoga, um líder na comunidade. A sinagoga era o lugar onde os judeus se reuniam para ler o livro da Lei, os Salmos e os Profetas, aprendendo e ensinando a seus filhos o caminho do Senhor.

Jairo era o responsável pelos serviços religiosos no centro da cidade no sábado, pela escola, e tribunal de justiça, durante o restante da semana. Ele supervisionava o culto, cuidada dos rolos da Escritura, distribuía as ofertas, e administrava e cuidava do edifício onde funcionava a sinagoga. O líder da sinagoga de Cafarnaum era um dos homens mais importantes e respeitados da comunidade.

Introdução

Apesar da posição religiosa e condição financeira privilegiada, a doença apresentou-se sorrateiramente em seu seio familiar, alcançando a sua filha com uma enfermidade mortífera. Agora Jairo deixa a sua posição de príncipe da sinagoga de Cafarnaum e se coloca na posição de pai, um pai disposto a fazer qualquer coisa para salvar a vida de sua filha de 12 anos, disposto a qualquer coisa para restaurar a sua família.



I) No enfrentamento do problema sempre surgem obstáculos a serem vencidos:


Primeiro obstáculo posição social.
Jairo era o chefe da sinagoga: não lhe ficava bem permitir que sua fragilidade diante da doença fosse de conhecimento público. Nenhum judeu poderia se prostrar diante de quem quer que fosse, somente a Deus.

Segundo obstáculo - a espera.
No caminho alguém furou a fila do milagre, ele precisou esperar. Jairo estava desesperado, sua filha à beira da morte, mas no meio do trajeto, uma mulher com fluxo de sangue faz com que Jesus pare e então Jairo precisa ser paciente e esperar.

Terceiro obstáculo - a imagem da realidade.
Jairo mesmo que esperando maios com o coração esperançoso recebe a notícia que sua filha morreu.

II) Recursos de que dispomos para superar a dor vivida na família.

1. O recurso humano.

Todo problema humano apresenta uma dimensão que precisa ser tratada pelo próprio homem. Os quatro aspectos do lado humano no enfrentamento da dor são:

a) Força - É necessário esforço para restaurar a família.

b) Paciência - A cura da filha de Jairo nos ensina que nem sempre os milagres são instantâneos, sendo às vezes processuais, demandando espera, paciência, perseverança.
c) Esperança - Os que conseguem superar a dor na família são aqueles que não perdem a esperança.

d) União - na busca de solução para o nosso drama, não devemos sucumbir à solidão, devemos estar unidos com a nossa família.

2. O segundo tipo de recurso na superação da dor é o recurso divino que sustenta-se em 3 pilares.

a) O primeiro pilar é a decisão divina de intervir. Só encontramos solução para os nossos problemas quando Deus resolve agir. Como conseguir que Deus intervenha no nosso problema? Se colocando diante d'Ele com humildade. Deus resiste aos soberbos, mas exalta os humildes. Jairo se humilhou diante do Filho de Deus.

b) O segundo aspecto da solução divina é que a presença de Deus vai ao encontro da dor humana, sarando-a - mas tão somente quando a levamos até o cerne da nossa dor, o centro do problema. Jairo levou Jesus até a sua filha.

c) O terceiro aspecto da solução divina está na declaração do Senhor. Qualquer ação de Deus na vida humana só se manifesta quando sua Palavra sobre o problema é liberada. Foi a Palavra que criou o Universo. É a Palavra dele que faz milagres, abre horizontes e ressuscita mortos. Foi a palavra de Jesus que ressuscitou a filha de Jairo restaurando a sua família.

Conclusão

“John Henry diz que não há lugar na terra mais alto do que aos pés de Jesus. Cair aos pés de Jesus é estar de pé”.

Prostre-se hoje aos pés de Jesus Cristo e clame pela restauração da sua família. Uma palavra do SENHOR pode mudar todas as circunstâncias, mesmo as mais adversas. Jesus lhe diz: “Não temas, crê somente”. (Mc 5.36)

Em Cristo,
Anderson Vieira