sexta-feira, 27 de abril de 2012

No Deserto tem Serpentes, Escorpiões e Sarça Ardente

“Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã; e, levando o rebanho para o lado ocidental do deserto, chegou ao monte de Deus, a Horebe. Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia.”  (Êx 3.1-2 ARA)



Livro: Êxodo (significa saída/partida)

Autor: Moisés

Data Aproximada: 1.400 a.C.

Considerações Preliminares

Moisés era filho de Anrão (da Tribo de Levi) e Joquebede, irmão de Arão e Miriã. Ele nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês hebreus do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam no meio da vegetação, na margem do Rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança, pela princesa, filha de Faraó foi providencial e ela salvou a vida do menino. Moisés foi educado na corte egípcia como um promissor jovem nobre. Com 40 anos, vendo um egípcio espancando um hebreu, o matou. Moisés foge e permanece na terra de Midiã por 40 anos, até que o Anjo do SENHOR lhe aparece por meio de uma teofania, uma manifestação visível de Deus, e então Deus chama-lhe para ser o libertador do povo hebreu das mãos tiranas de Faraó e conduzi-los à terra prometida (Êx 3).

Introdução

Na verdade, a ênfase deste sermão não está em Moisés, o representante da Lei, mas sim no deserto, serpentes, escorpiões e sarça ardente.

Desenvolvimento

Deserto, serpentes e escorpiões, trazendo para os nossos dias, representam as dificuldades da vida, provações, aflições. Tipificam os embates diários travados exteriormente e até mesmo em nosso interior, porque muitas vezes nos sentimos como terra seca, árida. Nossa alma anseia por água, refrigério, chuva das bênçãos de Deus.

Mas se no deserto encontramos serpentes e escorpiões, também encontramos a sarça ardente. Esse arbusto denominado sarça era comum na região da península do Sinai, ainda mais pegando fogo, devido ao calor do clima desértico. Mas a sarça ardente que Moisés contemplou pegava fogo mas não se consumia. E esse fogo revelou o Anjo do SENHOR.

Algumas lições valiosas são aprendidas no deserto:

• No deserto, Deus trata as suas ovelhas. O texto de Êxodo 3 diz que Moisés levou o rebanho para o lado ocidental do deserto. Nesse contexto, pela revelação, podemos entender que Moisés representa o Bom Pastor, Jesus Cristo. O rebanho representa os cristãos. Jesus leva o rebanho ao deserto para tratá-lo. Se você está no deserto não é para morrer no deserto, mas para ser tratado por Deus.

• No deserto ficamos sensíveis à voz de Deus e até mesmo algo corriqueiro se transforma num canal poderoso de comunicação entre Deus e o homem.

• No deserto, Deus nos restaura;

• No deserto, Deus nos ensina a depender do provedor e não da provisão;

• No deserto, Deus revela os planos que têm para nossa vida.

• No deserto ficamos mais crente porque Deus busca tirar o Egito de dentro de nós.

• No deserto, Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de nós (ministério). O próprio Jesus antes de dar início ao seu ministério passou 40 dias no deserto.

Conclusão

O deserto não é maior que a Promessa. Não há deserto que dure para sempre. Na vida do cristão que teme a Deus, deserto tem caráter pedagógico e é passageiro.

Durante os 40 anos no deserto, muitos foram os que pereceram por causa da desobediência e até hoje muitos têm perecido no deserto da incredulidade.


Em Cristo,
Sem. Anderson Vieira

Bibliografia:

Bíblia de Estudo Dr. Scofield

Bíblia de Jerusalém

Bíblia de Estudo Genebra