terça-feira, 27 de março de 2012

Redes Sociais: Bênção ou Maldição?

Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

Não há o que se discutir, nesse mundo pós-moderno as redes sociais viraram uma febre. Facebook, Twitter, Orkut, entre outros, encurtaram distâncias, fizeram pulular o conhecimento assim como muita porcaria.

Os cristãos são parte integrante da sociedade (não somos extraterrestres), também são adeptos das redes sociais, acessível por meio da internet, uma rede capaz de interligar todos os computadores do planeta.

Essa capacidade que as redes sociais proporcionam de compartilhar conteúdos é uma oportunidade distinta para a Igreja Contemporânea (que somos nós) sinalizar para o mundo que existe apenas um caminho e uma verdade, das quais se encerram na pessoa de Jesus Cristo (Jo 14.6).

Em tempos obscuros dos quais o relativismo filosófico e moral vêm excedendo verdades com caráter de axioma, a cristandade precisa propagar que possui a verdade de Deus e vivê-la através de uma teologia saudável, escriturística e sem variação de princípios.

A vida do cristão exposta nas redes sociais tem que ser uma carta aberta, que passa de pessoa para pessoa, impregnando o Reino de Deus. Como eu já disse outrora, nosso dizer ("eu sou cristão") deve estar de acordo com a nossa conduta ("seguir os passos de Jesus"). O padrão normal da vida cristã deve refletir o caráter de Cristo, por meio de uma busca incessante da estatura completa de Cristo. (Ef 4.13)

As redes sociais podem ser bênção ou maldição. Tudo depende do conteúdo que eu curto, compartilho, tuito. Penso que muitas vezes o cristão é negligente quanto à sua postura em ambientes que estão além dos templos, quando na verdade a fé cristã genuína deve ser revelada com vigor aquém das paredes da religião.

Tiago, coluna da igreja em Jerusalém disse: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, E GUARDAR-SE DA CORRUPÇÃO DO MUNDO.” (Tg 1.27 ênfase minha)

Seja bênção nas redes sociais, afinal de contas, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (2 Co 5.17)

Antes de colocar memis com palavras imorais no facebook, pense que você primar pela excelência do evangelho e se atentar para aquilo que o apóstolo Paulo disse à igreja localizada em Roma: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14)

“A igreja não é um mero termômetro que registra as ideias e princípios da opinião popular; ela é o termostato que transforma os usos e costumes da sociedade.”
Martin Luther King Jr.

Em Cristo,
Seminarista Anderson Vieira

1 * O autor é seminarista do Curso Bacharel em Teologia no STEMAT – Seminário Teológico Evangélico de Mato Grosso. É capelão internacional, professor de Escola Bíblica Dominical e tem mais de 250 artigos de cunho evangélico publicados em mídia impressa e internet.

terça-feira, 13 de março de 2012

Cansado (a), o que fazer?

Texto Áureo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. (Mateus 11.28 ACF)

Introdução

Não somos apenas a geração “fast food” ou dos avanços tecnológicos e científicos. Somos também a geração de enfermidades complexas com siglas e nomes difíceis: TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade; TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo; Síndrome do Pânico; Anorexia; Bulimia; TPA - Transtorno do Pensamento Acelerado etc. Somos a sociedade do cansaço, da fadiga, do esgotamento. Tudo cansa. Dormimos cansados. Acordamos cansados. Parece que uma algema invisível manieta nossas mãos e nos aprisiona numa cadeia chamada “CANSAÇO”. Quem está cansado? Quem está no limite? Quem está sobrevivendo? Quem está empurrando com a barriga? Quem está a ponto de chutar o balde? Mas o cansaço físico é fácil de ser resolvido, basta descansar, tirar umas boas férias, desligar o celular e pronto. Quero abordar é acerca do cansaço ao qual Jesus se refere no texto outrora citado.

Desenvolvimento

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. (Mateus 11.28 ACF)

Precisamos entender que o cansaço não é só físico. E que no versículo subsequente Jesus deixa isso claro quando diz: “... e encontrareis descanso para as vossas almas”. (Mateus 11.29 ACF)

No Novo Testamento, o termo “alma” no grego é “psyché”. Logo, discernimos que Jesus está confrontando um cansaço de natureza na “alma”.

Mas o que nos cansa? Por que como cristãos estamos afadigados, cansados, muitas vezes esgotados espiritualmente? Creio que isso se dá por algumas inversões de valores que fazemos da Escritura Sagrada. Exigimos de nós mesmos uma atitude que nem mesmo Jesus requer.

Vejamos algumas atitudes que nos cansam:

a) Cansamos ao querer transmitir às pessoas que somos fortes todo o tempo.

O cristão não é um super-herói de uma história de quadrinhos ou de um filme de ficção. Não somos fortes o tempo inteiro. Se estivermos fracos devemos assumir a nossa fraqueza diante de Deus. Porque aí então, assumindo a ausência de força em nós mesmos é que seremos fortes em Deus. Não precisamos e nem devemos mascarar os nossos sentimentos diante de Deus e dos homens. O poder de Deus se aperfeiçoa é na fraqueza. Expressar humanidade faz parte da nossa natureza como seres humanos.

“E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo”. (Mateus 26.37-38 ACF)

b) Cansamos ao querer transmitir às pessoas que estamos alegres todo o tempo.

O cristão chora, grita, esmorece, fica triste. Ninguém consegue sorrir o tempo inteiro. Sorrir quando na verdade se quer chorar é uma hipocrisia. Salomão com sua evidente sabedoria deu-nos um grande conselho: “Há Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar...” (Eclesiastes 3.4 ACF) – O próprio Senhor Jesus chorou por seu amigo Lázaro. (João 11.35 ACF)

c) Cansamos ao querer transparecer perfeição, sendo que somos imperfeitos.

“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim”. (Romanos 7.14-20 ACF)

“Não fiz o melhor, mas fiz tudo para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o que era antes”. Martin Luther King

d) Cansamos quando não sabemos impor limites a nós mesmos, assumindo inúmeras atividades e negligenciando a nossa vida e da nossa família.

Como cristãos temos muitas vezes grande dificuldade em dizer a palavra “não”. Assumimos compromissos sociais, ministeriais e esquecemos que precisamos ter o nosso tempo de descanso. Ignoramos o fato de que a nossa família precisa de nós. Exercemos atividades de segunda a segunda na igreja, às vezes fora dela, e deixamos nossa família entregue à própria sorte.

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças...” (Eclesiastes 9:10a ACF)

Conclusão

Devemos viver conforme Deus quer que vivamos e não o que os outros querem que sejamos. Você é o que você é. Ir até Jesus é reconhecer a sua humanidade, fragilidades, fraquezas e entender que as aflições fazem parte da vida, mas que o jugo de Jesus é suave e o seu fardo, leve.

Cansado, o que fazer? Procure Jesus e encontrarás descanso para a vossa alma. (Mateus 11.28-30)

Em Cristo,
Anderson Vieira

Bibliografia

Bíblia de Estudo Dr. Scofield, texto bíblico Almeida Corrigida Fiel, 1995, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Vou seguir os passos de Jesus Cristo

Texto Básico: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”. (Hebreus 12.1-2 ACF)

Texto Áureo: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. (João 13.15 ACF)

Introdução

A paz de Cristo. A Escritura Sagrada, em sua totalidade aponta para a pessoa de Jesus Cristo. O Novo Testamento mostra com clareza que o objetivo final de Deus é que os cristãos se assemelhem a Jesus Cristo. (Jo 13.15; Hb 12.2) A vida cristã deve moldar-se aos exemplos deixados pelo Mestre, o próprio Verbo que se fez carne e habitou entre nós. (Jo 1.14)

Ao olhar para as ações de Jesus, registradas nos evangelhos, devemos ser compelidos pelo Espírito Santo a seguir os seus passos e andar como Ele andou. O chanceler e reverendo da Universidade Presbiteriana Mackienzie, Dr. Augustus Nicodemus, em seu recente livro “O Ateísmo Cristão e Outras Ameaças à Igreja” define “ateísmo cristão” como o ato de professar ser cristão, mas viver como se o Deus que se professa não existisse.

Verdade indubitável é que Jesus se revela nos evangelhos como alguém prático e não apenas teórico. Suas obras deixaram o fariseu Nicodemos atônito, levando-o a declarar: “... Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele”. (Jo 3.2)

Em suma, nosso dizer ("eu sou cristão") deve estar de acordo com a nossa conduta ("seguir os passos de Jesus"). O padrão normal da vida cristã deve refletir o caráter de Cristo, por meio de uma busca incessante da estatura completa de Cristo. (Ef 4.13)

Desenvolvimento

O Apóstolo João, em sua primeira carta declara: “Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou”. (1 Jo 2.6)

Sendo assim, vejamos:

a) Jesus Cristo era humilde em suas atitudes. Humildade é ausência completa de orgulho e isso podia ser visto em Jesus.

“E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos”. (Mc 9.35)

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”. (Fp 2.5-8)

b) Jesus Cristo viveu as alegrias e aflições da vida.

Jesus era plenamente Deus e plenamente Homem. Tal afirmação é defendida com base nos seguintes argumentos: (1) Sentia emoções (Mt 9:36; 14:14; 15:32; 20:34); (2) Sentia tristeza e angústia (Mt 26:37); (3) Sentia alegria (Jo 15:11; 17:13; Hb12:2); (4) Sentia indignação (Mc 3:5; 10:14); (5) Sentia ira (Mt 21: 12,13); (6) Se surpreendeu (Lc 7:9; Mc 6:6); (7) Se sentiu atormentado (Mc 14:33); (8) Se comoveu e chorou (Jo 11:33,35,38). Ou seja, o Deus encarnado assumiu completamente a humanidade, tornando-se passível das mesmas limitações físicas e psicológicas comuns a todos os homens, expressando a sua humanidade inclusive através do choro, das lágrimas.

c) Jesus viveu em santidade.

Jesus é Aquele que "foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado". (Hb 4.15)

Viver em santidade é viver para os propósitos de Deus, para agradar a Deus, em vez de vivermos para nossos próprios interesses e prazeres.

d) Jesus amava as pessoas.

O escritor Paulo Brabo, em seu livro “Em 6 passos o que Jesus faria”, página 12, faz uma citação que parece escandalizadora, mas que é a pura verdade e tem respaldo bíblico:

“ (...) Jesus, que comia com estelionatários, bebia com agiotas e era amigão de prostitutas, tolerava aparentemente tudo em todos. “Eu não condeno você”, ele ousou blasfemar aos ouvidos da mulher adúltera. O rabi puxava conversa com divorciadas promíscuas, pousava sua mão sobre leprosos de que todos desviavam o olhar e dormia nas camas rendadas de inimigos do povo. O sujeito conseguiu o feito inédito de sustentar a fama de homem de Deus ao mesmo tempo que abraçava a escória da sociedade(...)”

“Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus”. (Rm 15.7)

Jesus é para nós a motivação para aceitarmos os companheiros cristãos que pensam diferente de nós e demais pessoas. Jesus aceitou todos os tipos de pessoas em seu reino: Judeus e Gentios, Escravos e Livres, Homens e Mulheres, Ricos e Pobres, Jovens e Idosos, pessoas de formação moral reta e pessoas com estilo de vida decadente.

“E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Mt 22.39)

Conclusão

“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. (João 13.15 ACF)

“Não há razão para o mundo crer que somos de Deus se agimos como o Diabo.” (Tommy Tenney)

Decida mudar. Siga os passos de Jesus Cristo. Só assim poderás declarar-se “cristão”, que significa “pequeno Cristo”.

Em Cristo,
Anderson Vieira

Bibliografia

MCCALL, Larry. Walking Life Jesus Did. 2005, Indiana: EUA, BMH Books, P.O Box 544.

NICODEMUS, Augustus. O ateísmo cristão e outras ameaças à Igreja. 2011. Editora Mundo Cristão.

BRABO, Paulo. “Em 6 passos o que Jesus faria”, página 12. 2009. Editora Garimpo.

Bíblia de Estudo Dr. Scofield, texto bíblico Almeida Corrigida Fiel, 1995, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Dicionário da Língua Portuguesa On Line.