domingo, 20 de janeiro de 2013

A inércia do cristianismo prático em nossos dias


“Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”. (Mt 23.1-3 RA)

INTRODUÇÃO

A paz de Cristo. O evangelho sempre será loucura para o homem não regenerado. Todavia, Cristo e os apóstolos não queriam que os cristãos dessem ao mundo motivos para que nos chamassem de loucos a não ser pela pregação da cruz.

O que pode ser comprovado é que os ensinos de Jesus têm sido desvirtuados através da promoção da insensatez, superstição e sincretismo religioso, levando os que buscam viver o Evangelho genuíno e cristocêntrico a uma ridicularização por parte da sociedade, devido às crendices e bobagens feitas em nome de Jesus por parte de alguns.

E se buscarmos o ponto essencial relativo aos escândalos associados à igreja intitulada evangélica, veremos que os problemas são a crise de identidade, a inércia da fé, a falta de embasamento bíblico e a dubiedade do testemunho de vida de alguns que se dizem cristãos.

DESENVOLVIMENTO

A igreja da última hora, que somos nós, carece se posicionar. Precisamos urgentemente abandonar o discurso e dar lugar à prática. Mostrar para a sociedade que o Evangelho é muito mais que um conteúdo bíblico, é uma filosofia que rege o nosso estilo de vida. E que esse estilo de vida tem princípios de Deus que nos levam a viver uma vida santa.


Um dos maiores erros dos fariseus e escribas era justamente a hipocrisia e a inércia da fé, a ponto do Senhor Jesus dizer: “Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”. (Mt 23.3)
A fé apática, a fé teórica não tem proveito algum. A fé é um substantivo feminino que precisa virar verbo, precisa ser exercida, praticada por cada um de nós. Mais que isso, precisa ser praticada em consonância com a Escritura Sagrada. Pois, quando eu vivo o Evangelho com atitudes, tais atitudes revelam que eu sou um servo de Deus.

Olhemos para o testemunho do Senhor Jesus, ele apenas ficou na base do discurso ou deu exemplos práticos para que soubéssemos da importância do exercício da fé?

a)     Jesus deu exemplo através de suas atitudes. “Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. (Jo 13.15)

b)    Jesus era pragmático, dado ao testemunho prático. Quando o médico e evangelista Lucas escreveu a Teófilo, ele disse: “Escrevi o primeiro tratado, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e ensinar”. (At 1.1)

c)     Jesus não nos chamou apenas para conhecermos a Escritura. Jesus nos chamou para praticarmos a Palavra e termos experiências com Ele. O próprio apóstolo Pedro em seu discurso disse sobre Jesus: “Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis”. (At 2.22)

CONCLUSÃO

O apóstolo Paulo assimilou bem o pragmatismo de Jesus e então escreveu: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”. (1 Co 11.1). Este é o princípio: Jesus nos ensinou por meio do exemplo. Quem não é exemplo não tem autoridade para intitular-se “pequeno Cristo”. Caso contrário só irá contribuir para escandalizar cada vez mais muitas das pessoas que já se encontram descrentes quanto à obra de Deus.

“Pregue o evangelho, se necessário, use palavras”. (Uns dizem ser de Agostinho, outros do Aquino e outros de Francisco de Assis)

Em Cristo,
Anderson Vieira