terça-feira, 25 de novembro de 2014

Esboço Sermão – O Poder da Oração

Esboço Sermão – O Poder da Oração

Referência João 14.13-14

 INTRODUÇÃO

A Bíblia está repleta de evidencias que demonstram o poder da oração. Milagres aconteceram pela oração. Deus continua ouvindo e respondendo nossas orações, portanto, podemos experimentar também muitas transformações e milagres através da oração.

 I – A BASE DA ORACÃO – O NOME DE JESUS

Jesus disse: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. (João 14.13-14)
Que tremenda promessa do Senhor Jesus para aqueles que o seguem. À medida que crescemos na intimidade com Ele em nossos momentos devocionais diários, mais o conhecemos e confiamos em suas promessas. Há algumas lições que devemos aprender desta promessa:

 1. Há poder no nome do Senhor Jesus.
Quando Ele afirma “em meu nome” está dando uma garantia de que o Pai ouve e responde. Ha duas implicações nesta afirmação:

 a. Como se fosse o próprio Senhor Jesus pedindo.
Em primeiro lugar devemos entender que o Senhor Jesus é Deus. Para a salvação da humanidade e para a Glória do Pai, Ele assumiu temporariamente as limitações da humanidade, quando veio ao mundo, denominado período de humilhação. Ele é chamado de “unigênito” que significa único gerado e também de “primogênito” que significa primeiro gerado de Deus. Ele foi colocado na posição de sacerdote e único mediador entre Deus e os homens, portanto quando pedimos no nome do Senhor Jesus, há uma garantia de acesso ao Pai.

 b. O Nome de Jesus está sobre todo nome.
Jesus, depois de ter feito toda a obra de resgate e restauração do ser humano e de toda criação, recebeu o nome que está acima de todo nome, e um dia este nome fará todo joelho dobrar e toda língua confessar que Jesus Cristo é Senhor para a Glória de Deus, Pai. Aleluia. (Filipenses 2.5-11)
Quando Ele deu a grande comissão aos seus discípulos, afirmou: Todo o poder me foi dado no céu e na terra (Mateus 28.18). O Senhor Jesus tem todo poder, portanto não há impossíveis para Ele. 

2. Tudo que pedirdes em meu nome eu farei.

Esta frase do Senhor deixa-nos perplexos porque ele começa com a palavra “tudo”. Precisamos interpretar isto de uma forma correta, porque numa interpretação simplória poderemos dizer que o Senhor nos deu uma arma poderosíssima, e podemos utilizá-la quando e como quisermos. 
A Bíblia mostra claramente que homens de Deus não receberam de Deus tudo o que pediram, e todos nós temos experiências de respostas positivas e negativas em nossas orações. 

3. Os Padrões de Deus para a oração.

Portanto é importante conhecer os padrões que Deus estabelece em sua Palavra para respostas às nossas orações. Vou separar alguns:

 a. Santificação.

“Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”. (Isaías 59.1-2)

O pecado é um dos grandes impedimentos para que Deus ouça nossas orações. Deus é Santo, e é impossível chegar diante dele com nossa vida cheia de imundícia.  Por isso que Jesus como nosso Sumo-sacerdote, abriu caminho ao Pai, pelo sangue derramado na Cruz. Somente purificados, lavados, santificados e justificados no nome do Senhor Jesus e no Espírito do nosso Deus teremos acesso ao Pai. (I Coríntios 6.11)

 b. Vontade de Deus

“E esta é a confiança que temos para com Ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito”. (I João 5.14-15)

O texto afirma que podemos confiar que Deus nos ouvirá, quando pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade. Este é um principio que nos ajuda a entender que Deus tem uma vontade soberana, que está acima dos nossos desejos pessoais. 

Por isso é muito importante termos intimidade com o Pai, no nosso TSD Tempo a Sós com Deus, porque ai conheceremos mais e melhor a Sua vontade. Não só na comunhão, mas a vontade dele está expressa em Sua Palavra. Devemos sempre conferir nossas petições com o que a Palavra de Deus diz.

 c. Sem Egoísmo

“Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”. (Tiago 4.2-3)

Agora fica mais fácil entender que a afirmação de Jesus “tudo o que pedirdes, eu farei” tem naturalmente algumas limitações, não impostas por Ele, mas resultado do nosso egoísmo e maldade.

O ser humano depois da queda ficou cheio de maldade e egoísmo, e entrou em inimizade com Deus. Imagine se todos os homens, corrompidos por causa do pecado tiverem todas suas petições egoístas respondidas, o mundo estaria num caos pior do que está agora.

Nossa oração é realmente respondida por Deus, quando oramos Segundo sua vontade e não com a motivação errada de gastarmos em nossos prazeres.

II – A CHAVE DA ORAÇÃO - FÉ

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. (Hebreus 11.1)

 Esta é a definição bíblica de Fé. 

 1. É a certeza de coisas que se esperam.

 A fé não é um salto no escuro. Ela tem que ser baseada em algum objeto seguro. No caso dos cristãos, a fé é baseada na Palavra de Deus. Por isso é certeza de coisas que se esperam. Sabemos do amor, do poder de Deus e de suas promessas, e isto nos ajuda a confiar que Ele é poderoso para responder nossas orações.

 2. É a convicção de fatos que se não veem.

A fé também é algo sobrenatural. É ter convicção de que algo que não estamos vendo acontecerá. 

 3. A Fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus.

“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. (Romanos 10.17)
Duas coisas acontecem quando ouvimos a Palavra de Deus: Em primeiro lugar, a Palavra transmite vida espiritual, e nos fortalece ajudando-nos a crer no poder de Deus. Em Segundo lugar somos confrontados com nossas limitações e entramos numa dependência de Deus que nos ajudará a crer que somente Ele poderá fazer o milagre.

 4. Vivemos pela Fé.

“E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé”. (Gálatas 3.11) 

Para obedecer os princípios da Palavra de Deus precisamos de Fé. Para produzir frutos na vida crista precisamos de fé. Para agradar a Deus no nosso viver diário precisamos de Fé. Para ver o mundo transformado por Deus precisamos de Fé.

 III – O PODER DA ORAÇÃO

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”. (Efésios 3.20-21)

1. Deus é poderoso.

 Deus é criador, controlador e sustentador de todo o universo. A Bíblia afirma que tudo foi criado por Sua palavra. (Hebreus 11.3) Ele disse Haja luz, e houve luz (Genesis 1.3) Não ha impossíveis para Deus. (João 1.37) O nosso Deus é conhecido como o “Todo-poderoso”.  O mais maravilhoso, é que Ele nos ama, e atende a nossa oração. 

 O grande desafio é a nossa incredulidade. Sabemos que Deus tem todo o poder, mas parece que quando estamos no meio de situações difíceis esquecemos que Ele pode transformar todas as situações. Devemos confiar que Ele nos abençoará e nos ajudará quando estivermos no centro da sua vontade.

2. Ele faz além do que pedimos ou pensamos.

 No relato das bodas de Caná da Galileia (João 2.1-11), que foi o primeiro milagre do ministério do Senhor Jesus, houve um problema: o vinho acabou. Jesus mandou encher de agua alguns vasos, e entregou ao anfitrião da festa, e ao experimentar o vinho novo, ele afirmou: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora. Verso 10 -  O pessoal simplesmente esperava qualquer vinho, mas Jesus fez o melhor. 

 Deus sempre nos abençoará com o melhor, de acordo com o ponto de vista d’Ele e não nosso. O melhor de Deus sempre será o ideal para nossas vidas. 

 3. Somente Ele é digno de Gloria.

 O texto diz: A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! Deus quer ser glorificado em toda a terra, e individualmente em cada ser humano. Por isso que a oração é algo bem pessoal. Você fala com Deus, expondo sua situação e esperando um milagre. Ele faz o milagre e você dá a Ele a Gloria e o louvor. Deus não vai fazer o milagre simplesmente para satisfazer uma necessidade nossa. Tudo que Ele faz é para o louvor da sua Gloria. Jesus afirmou que é para que o Pai seja glorificado: E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. (João 14.13)

 CONCLUSÃO

Com certeza tudo pode ser mudado pela oração. 

A carta aos Hebreus fala de homens e mulheres que pela fé tiveram experiências ponderosas com Deus, e depois de relatar uma sucessão de milagres diz: E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. (Hebreus 11.32-38)

 Podemos fazer parte desta galeria de heróis da fé, através das nossas experiências com Deus em oração.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Jejum Bíblico, uma prática esquecida

Referência Mateus 4.2

INTRODUÇÃO
A paz de Cristo. Começo este sermão afirmando uma verdade incontestável, o “jejum é bíblico” e está presente no Antigo e Novo Testamento. O “jejum” tinha se tornado uma prática comum entre judeus e foi continuado pelos cristãos da Igreja Primitiva. Segundo o Dicionário Bíblico Strong, jejum em hebraico, aramaico e grego significa primariamente: “abstinência voluntária como exercício religioso”. 

É interessante que o único jejum que Deus exigia do povo judeu era aquele da celebração anual do Dia da Expiação onde simbolicamente Javé se reconciliava com o seu povo escolhido (Lv 23.27). É importante dizer que o sacrifício de Cristo na cruz foi expiatório, apaziguando a ira de Deus de uma vez por todas por nós que fomos lavados e remidos no seu sangue.

Era no Dia da Expiação, dia do jejum público prescrito pela lei mosaica, no décimo dia do mês de Tisri, ou seja, em Outubro em nosso calendário, que o jejum ocorria.

Neste dia, o sumo-sacerdote, líder dos sacerdotes, exercia sua principal tarefa, uma vez por ano ele entrava no Santo dos Santos e oferecia sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo.
Para o Rev. Hernandes Dias Lopes, “Jejum é fome de Deus”.
Para John Piper, “Jejum é fome de Deus e não apenas pelas bênçãos de Deus”.
Para Martyn Lloyd-Jones (famoso teólogo protestante) “jejum não pode ser entendido apenas como uma abstinência de alimentos, mas deve também incluir abstinência de qualquer coisa que é legítima em si mesma por amor de algum propósito espiritual”.
Na Igreja do Evangelho Pleno na Coréia do Sul, do Pr David Young Cho, no altar está escrito “É proibido jejuar mais de 40 dias”. 
Na Igreja Batista da Lagoinha, o Pr. Márcio Valadão orienta que os membros façam diversos jejuns no decorrer do ano.

Velho Testamento

Apesar de não haver uma ordenança acerca do jejum além do Dia da Expiação, no Antigo Testamento, o jejum era praticado pelo povo de Israel em diversas situações, em especial, em tempos de aflição: 

a. Guerra ou ameaça. Israel jejuou em Betel, na guerra contra os benjamitas (Jz 20.26). 

b. Doença. Davi menciona o jejum por seus inimigos doentes (SI 35.13).

c. Luto. Davi e o povo jejuaram pela morte de Saul e Jônatas (2 Sm 1.12).

d. Penitência. O jejum geral por ocasião da leitura pública da lei por Esdras foi um ato de penitência (Ne 9.1).

e. Perigo iminente. Neemias jejuou quando soube do estado de Jerusalém (Ne 1.4).


Novo Testamento

No Novo Testamento, apesar de não haver um imperativo acerca desta prática do jejum, existem várias menções ao mesmo e pelas palavras de Jesus podemos entender indutivamente que Jesus esperava que jejuássemos, pois ele mesmo disso: “Quando jejuardes” (Mt 6.16) e referindo-se aos discípulos “naqueles dias jejuarão” (Lc 5.35). 

“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6.16-18).

“Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os fariseus frequentemente jejuam e fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem. Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão.” (Lc 5.33-35).

“Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum”. (Mt 17.21)





Além disso: 

a. Ana, a profetisa, servia a Deus com jejuns e orações (Lc 2.37). 

b. João Batista e seus discípulos jejuavam (Mc 2.18). 

c. Jesus jejuou (Mt 4.2).

d. A Igreja Primitiva jejuava (At 13.2-3).

e. Paulo jejuava. (At 9.9)

Duração do Jejum

Não há regras fixas na Bíblia sobre quando jejuar ou qual tipo de jejum praticar, isto é algo pessoal. Devemos discernir o tempo de duração que mais se adeque à nossa necessidade.

1 dia - O jejum do Dia da Expiação (Lv 16.29)

3 dias - O jejum de Ester (Et 4.16) 

7 dias - Jejum por luto pela morte de Saul (I Sm 31.13)

14 dias - Jejum involuntário de Paulo e os que com ele estavam no navio (At 27.33)

21 dias - O jejum de Daniel em favor de Jerusalém (Dn 10.3)

40 dias - O jejum do Senhor Jesus no deserto (Lc 4.2)


Existem ao menos três tipos de jejum

Jejum parcial – Daniel 10.3

A pessoa se abstém de certas refeições diárias e de certos alimentos.
Jejum absoluto – Atos 9.9

Neste tipo de jejum a pessoa se abstém de comida e bebida. Não dura mais que três dias.

Jejum sobrenatural sob a direção de Deus – Êxodo 34.28 e 1 Reis 19.8

A Bíblia fala de Moisés e Elias jejuando períodos de quarenta dias, mas estavam em condições sobrenaturais de Deus. 

DESENVOLVIMENTO

Quero falar ao menos de 5 resultados do jejum na nossa vida:

1) O jejum nos faz andar em Espírito. 
Kenneth Hagin disse: “O jejum muda o homem, tornando-lhe mais suscetível ao Espírito Santo”. O jejum mortifica a nossa carne e aflige a nossa alma, levando-nos a andar no Espírito e não satisfazer a concupiscência da carne (Gl 5.16). 

2) O jejum é para nos humilharmos diante de Deus.
Daniel se humilhou durante 21 dias por meio do jejum, teve as suas palavras ouvidas por Deus e foi consolado (Dn 10.1-12).

3) O jejum é para suplicarmos a intervenção de Deus.
Josafá apregoou jejum em todo o Judá, buscou ao Senhor, clamou por intervenção divina, até as crianças e mulheres participaram e a vitória veio sobre Moabe e Amom (2 Cr 20.3).

4) O jejum é para voltarmo-nos para Deus com todo o nosso coração (Jl 2.12,13). 
Joel chamou o povo ao arrependimento com jejuns, choro e pranto a fim de que rasgassem o coração e se convertessem ao Senhor.

5) O jejum é para reconhecermos a nossa total dependência de Deus (Ed 8.21-23). 
Quando os exilados judeus estavam se preparando para voltar a Jerusalém, Esdras convocou um jejum nacional, pedindo a Deus que os guiasse, guardasse e os protegesse.

CONCLUSÃO

O jejum é uma prática que não pode ser esquecida pela igreja. Os grandes reavivamentos bíblicos e na história da igreja foram respostas de oração e jejum. 

No que depender de nós, o jejum bíblico, de prática esquecida, volta hoje a ser praticado para a glória do Senhor. 

Em Cristo e em jejum,
Anderson Vieira

Esboço Sermão – Sopra Espírito

Referência Ezequiel 37.1-14

(*Sermão adaptado do Esboço Original do Rev. Hernandes Dias Lopes)

INTRODUÇÃO

Esta visão do “vale cheio de ossos secos” foi dada a Ezequiel para assegurar aos exilados que as promessas do Senhor jamais falharão. Depois de estar fora de sua terra por tanto tempo, eles sentiam-se como ossos secos; toda sua esperança havia se esvaído. A nação de Israel estava no cativeiro babilônico e não podia levantar-se pelo seu próprio esforço. Não havia vida neles. Ou Deus se manifestava ou estariam completamente perdidos.

Só Deus poderia agir na vida da Nação de Israel e só Deus pode operar algo sobrenatural na vida da igreja através do Espírito Santo. É Deus quem nos restaura. Dele vem a nossa cura. Dele vem a nossa libertação. É Ele quem põe de pé o prostrado! O caído. Dele vem a nossa restauração.

DESENVOLVIMENTO

I. A NECESSIDADE DE RESTAURAÇÃO

1. O povo de Deus estava desprovido de vida espiritual
- O profeta Isaías ao comtemplar a condição espiritual da nação, disse: “Este povo está enfermo da cabeça aos pés”. Isaías chamou o povo ao arrependimento, mas ele não quis ouvir. “Quem creu…”
- O profeta Amós olhou para o povo e viu que o culto estava sem vida, a música era apenas um barulho estridente aos ouvidos de Deus e chamou a nação ao arrependimento, mas eles não quiseram ouvir.
- O profeta Oséias olhou a para nação e viu sua infidelidade, sua instabilidade espiritual, sua depravação moral e chamou o povo ao arrependimento, mas eles não quiseram ouvir.
- Deus mandou o profeta Miquéias e este concluiu que o povo estava enfadado de Deus. O povo não quis ouvir.
- Deus enviou o profeta Jeremias e este chorou porque o povo havia abandonado a Deus.
Deus falou mil vezes: chamou, aconselhou, exortou, mas o povo não quis ouvir. Deus chamou o povo pelo amor e este não veio. Então, Deus mandou o açoite, o chicote, a espada, o cerco do inimigo, o cativeiro. A Assíria e a Babilônia vieram e levaram o povo para o cativeiro.
- Agora, Ezequiel vê os resultados da desobediência, os frutos amargos da rebeldia. Agora estava ali um monte de ossos secos, sem vida, sem esperança. Era a maquete da desesperança, o retrato de um povo caído, com a esperança morta.
- O v. 11 diz que os ossos secos eram todas a casa de Israel. 

2. O povo de Deus estava disperso
- Havia falta de vida e também falta de comunhão. 
- O pecado separa, divide, afasta as pessoas. Eles estavam não apenas sem vigor, mas também dispersos. Há falta de comunhão. Há fissuras na comunhão. - Há muros que nos separam, feridas abertas nos relacionamentos, distância uns dos outros.

3. O povo de Deus estava como um vale de ossos secos
- Esta era a condição de Israel e a situação de muitos crentes hoje, ausência de vida, de entusiasmo, de prazer na Casa de Deus, de deleite na oração. 
- A vida abundante que Cristo oferece parece estar ausente. 
- O poder do Espírito Santo parece ser algo desconhecido. 
- Muitos crentes estão dormindo. Outros estão imitando e amando o mundo. Outros estão flertando com o pecado. Outros estão apáticos às coisas de Deus.

4. O povo de Deus manifestava sinais de morte

a) Um morto não tem apetite – Uma pessoa morta espiritualmente não tem fome e sede de Deus. Ele não tem prazer na leitura da Bíblia. O culto para ele é uma canseira. Uma pessoa morta não sente saudade de Deus, não ama a Deus, não busca em primeiro lugar as coisas lá do alto. O que a atrai são os prazeres do mundo, a fascinação da riqueza.

b) Um morto é insensível – Deus fala, chama, exorta, mas o morto espiritual não escuta. Ele não se constrange com o amor de Deus nem se abala com o fogo do inferno. 

c) Um morto não tem ação – O morto não se levanta, não trabalha para Deus, não tem tempo para Deus.

d) Um morto espiritual é onde a vida de Deus está absolutamente ausente – Um morto espiritual é como um “zumbi”, parece que tem vida, mas está morto. Israel já estava como um monte de ossos sequíssimos. Talvez haja pessoas espiritualmente mortas aqui. Estão vivas, respiram, mas estão espiritualmente mortas.

II. O AGENTE DA RESTAURAÇÃO

Deus é quem age milagrosamente levantando os mortos da sepultura espiritual
- Deus perguntou ao profeta: “Filho do homem poderão reviver esses ossos?”. Os céticos diriam: impossível. Os incrédulos diriam: Jamais! Mas Ezequiel disse: “Senhor Deus, tu o sabes”. Se Deus quiser, os mortos se levantam. Se Deus quiser o leproso fica limpo. Se Deus quiser, o paralítico anda. Se Deus quiser, o bêbado se torna sóbrio. Se Deus quiser, o drogado fica livre. SE Deus quiser, o feiticeiro corre arrependido para os braços de Jesus. 
- Deus pergunta hoje: é possível a nossa igreja receber uma poderosa restauração? É possível esta igreja ser cheia do Espírito Santo? É possível nossos pastores serem tochas acesas nas mãos do Senhor? É possível termos líderes cheios da unção do alto? É possível termos jovens santos? É possível termos famílias piedosas? É possível esta igreja ser uma igreja de oração? É possível esta igreja ser uma ganhadora de almas?
- Ezequiel respondeu: “Senhor Deus tu o sabes!” Se Deus quiser Ele inflamar esta igreja.

III. O INSTRUMENTO DA RESTAURAÇÃO

1. A Palavra de Deus
- Deus então diz: “profetiza a esses ossos: ossos secos ouvi a Palavra do Senhor” (v. 4). Deus chama os mortos pela Palavra. Não há outro instrumento. Hoje muitas igrejas têm abandonado a Palavra, têm pregado outro evangelho, têm pregado o que o povo quer ouvir. Mas se queremos ver os mortos recebendo vida, se queremos ver conversões verdadeiras, precisamos pregar a Palavra. Há poder na Palavra!
- A Palavra é o poder de Deus para a salvação. A Palavra deve ser pregada com lágrimas e no poder do Espírito.

2. O Espírito Santo
- O v. 5 diz que é quando o Espírito entra nesses ossos é que eles recebem vida.
- O v. 9 diz que quando o Espírito vem e assopra sobre os ossos secos, eles recebem vida.
- O v. 10 diz que quando o Espírito entrou neles, eles se levantaram como um exército.
- Precisamos do sopro do Espírito trazendo vida, levantando os caídos, ressuscitando os mortos espirituais.
- É o Espírito Santo quem regenera, quem convence de pecado, quem nos batiza no corpo, quem nos dá nova vida.

IV. O PROCESSO DA RESTAURAÇÃO

1. Ruído
- Houve um ruído, um barulho, uma agitação. Mas isso ainda não é vida. Restauração não é barulho, agitação, estardalhaço, gritaria, emocionalismo. 

2. Ajuntamento
- Os ossos que estavam espalhados se ajuntaram. Voltaram às suas origens. Ficaram em ordem. Mas ainda eram ossos secos, sem vida, sem fôlego.

3. Tendões e carne
- Eles agora estavam de pé. Agora tinham uma estrutura. Agora pareciam gente. Mas ainda estavam mortos. Podemos ter estrutura, doutrina, preceitos, mas ainda falta vida. Podemos ter religião, podemos frequentar a igreja, mas precisamos de vida!

4. Pele 
- Agora eles tinham aparência, beleza, formosura, mas ainda estavam mortos. Eram cadáveres. Você pode parecer filho de Deus e não estar vivo.  Os fariseus eram bonitos por fora, mas estavam mortos como túmulos caiados. É preciso mais, é preciso que o Espírito Santo nos vivifique!

5. O Espírito entrou neles e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso
- Só o Espírito pode regenerar a alma. Só o Espírito pode transformar sua vida, só o Espírito pode trazer restauração em nosso meio. Só o Espírito pode fazer jorrar rios de águas vivas dentro de nós. Só o Espírito Santo pode nos dar poder e fazer esta igreja levantar-se como um poderoso e numeroso exército!

V. OS RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO

1. Os ossos secos passaram a viver e se puseram em pé - v. 10
Deus pode nos levantar. Deus nos pode unir. Deus pode nos dar um só coração, um só propósito, para sermos nesta igreja como um exército do Senhor, a nos levantarmos em nome do Senhor, para fazer a obra do Senhor.


2. Os ossos secos saíram da sepultura existencial – v. 12-13
Não importa quão profunda seja a sepultura existencial em que você se encontra. Em que buraco existencial você se enfiou. O Espírito Santo pode quebrar o poder da morte em sua vida e fazer de você uma pessoa livre, cheia de vida!

3. Comunhão íntima e contínua com Deus 
A nossa maior recompensa é Deus. Nossa maior herança é Deus. A vida eterna é conhecer a Deus. O céu é comunhão com Deus. O Espírito nos tira da morte e nos restaura para termos comunhão com Deus. 

CONCLUSÃO
Uma experiência profunda com Deus – v. 6,13,14
- Então sabereis que eu sou o Senhor (v. 6)
- Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e fizer sair dela, ó povo meu (v. 13).
- Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor (v. 14).
- Deus quer soprar vida em nosso interior neste momento. Quer acabar com toda sequidão que tem assolado a nossa alma. O Senhor quer fazer de nós um exército poderoso.
Sopra Espírito. Sopra Senhor. Vem dos quatro ventos ó espírito e traga vida sobre nós (v.9)

Em Cristo, 
Asp. Anderson Vieira

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Esboço Sermão – Os 7 Mergulhos de Naamã

(2Reis 5.1-15)

INTRODUÇÃO

1. Naamã, um homem de projeção.
Ele era comandante de Ban-Hadade, rei de Damasco, capital da Síria.
Era o ministro da guerra. Homem corajoso. Forte. Guerreiro. Famoso.
Ele tinha grande prestígio político.

2. Naamã, um homem honrado – v. 1
Honra militar – “Naamã, comandante do exército do rei da Síria… era ele herói de guerra”. Ele era comandante das forças armadas da Síria. Ele era um herói nacional. Sua farda estava cheia de condecorações. Tinha atingido o mais alto grau na carreira militar. Ele era o máximo.
Honra política – “Era grande homem diante do seu senhor”. Era o braço direito do rei. O homem de maior prestígio no palácio. O homem forte da Síria. O responsável pelas vitórias militares do seu país.
Honra popular – “E de muito conceito”. Naamã era um homem admirado, amado, aplaudido, de sucesso e total aprovação popular. O próprio Deus que ele não conhecia o abençoava em suas esplêndidas vitórias.

3. Naamã, um homem leproso – v. 1
Naamã tinha sucesso público, mas fracasso pessoal.
Naamã era um vencedor, um herói público, mas na intimidade, quando tirava a armadura, era um leproso.
Talvez esse seja o retrato da sua vida: você também é um vencedor no seu trabalho, nos seus estudos, na sua empresa. Você é reconhecido. Tem diplomas, sucesso financeiro. É amado e prestigiado. Passou em todas as provas e concursos, mas você tem uma lepra dentro de você. Sua lepra não é física, é espiritual.
Talvez esta é sua situação. Tem fama de um homem ou mulher de Deus, piedoso, de uma mulher de oração, de um homem santo, mas dentro de seu lar, você é outra pessoa. Vive com máscara. Vive de aparência. Na igreja tem cara de gente santa, mas dentro de casa, na rua, você vive alimentando seu coração de impureza. Lá fora é um herói, dentro de casa, é um déspota, um leproso.

Deus quer nos limpar nesta noite e à semelhança de Naamã, convida-nos a mergulhar em seu rio de água viva:

DESENVOLVIMENTO

1) Mergulho da RENÚNCIA: “homem... de muito conceito... porém leproso” v.1
Para entrar na água Naamã teve que assumir sua condição de miséria e enfermidade. Abriu mão de sua pose para expor sua necessidade.
Muitas pessoas estão como Naamã, demonstrando-se bem exteriormente, mas cheios de feridas por dentro. Para ser curado é preciso primeiro renunciar a aparência externa e mostrar sua verdadeira condição de carência. Como um paciente que não tem vergonha de mostrar suas feridas para o médico para ser tratado.
Você está disposto a fazer renuncias para ser curado?
Mostre suas feridas para o Médico Jesus e Ele vai te curar nesta noite!

2) Mergulho da FÉ: “assim e assim falou a jovem que é da terra de Israel” v.4
Havia uma menina na casa de Naamã que sabendo de sua necessidade, contou sobre as curas realizadas pelo profeta Eliseu. Naamã acreditou no testemunho da jovem escrava. Impressionante a disposição de um homem importante em acreditar no assunto de uma pessoa inferior.
O trabalho que Naamã teve em sair de sua terra em busca da cura foi um ato de fé naquela palavra que ouviu. Por isso devemos dar crédito às palavras de esperança que ouvimos.
Existem pessoas que estão precisando de um milagre, mas não acreditam quando ouvem que Deus curou alguém. Ou não estão dispostas como Naamã em assumir publicamente sua fé. Ou até mesmo não acreditam que Deus tem poder para curá-las.
Você está disposto a assumir sua fé?
Receba esta palavra de cura e libertação pra sua vida!

3) Mergulho da GRATIDÃO: “levou consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais” v.5
Naamã não queria apenas receber, mas estava disposto a doar o que tivesse como atitude de gratidão, então preparou uma oferta especial de gratidão a Deus pelo milagre que receberia.
Naamã levou 350 kg de prata, 74 kg de ouro e dez vestes festivais. Mas a graça de Deus não tem preço. A cura e a salvação não podem ser compradas com ouro ou prata. v.15
Você está disposto (a) a dedicar o seu melhor para Deus?

4) Mergulho da OBEDIÊNCIA: “vai, lava-te sete vezes no Jordão e a tua carne será restaurada e ficarás limpo” v.10
Enquanto Naamã não se banhou as sete vezes que foi requerido não recebeu a cura completa. Ele contava: um, dois, três ... e olhando para sua pele. Quatro, cinco, seis... e vendo as feridas no corpo. Mas quando se levantou do sétimo banho, sua pele foi totalmente restaurada.
Não adiantaria fazer uma parte do que foi pedido. Precisava cumprir totalmente a ordem para receber o milagre completo. Ele tomou um banho de obediência.
Naamã estava acostumado a dar ordens para seus subordinados. Como general, não recebia muitas ordens a não ser de seu rei. Ele sabia que ao obedecer estaria reconhecendo o profeta como seu superior. Com este ato precisou aprender a obedecer. Sua obediência seria indispensável para receber o milagre que desejava.
Para receber a bênção do Senhor, precisamos aprender a obedecer. Obediência não é fazer o que quer e sim o que lhe é ordenado sem questionar.
Você está disposto a dar um mergulho de obediência?
Obedeça à vontade de Deus completamente e sem questionar!

5) Mergulho da HUMILDADE: “pensava eu que ele sairia a ter comigo... não são porventura... rios de Damasco melhores que todas as águas de Israel?” v.11-12
Imagine um homem muito rico, despindo sua capa e chapéu, retirando distintivos e joias. Diante de várias pessoas inferiores a ele, desceu às águas e ficou todo molhado. Talvez nem tivesse coragem de encarar as pessoas que o observavam. Foi assim que tomou um banho de humildade.
Naamã aprendeu que de nada adiantava todo aquele aparato. Nada resolvia sua maior necessidade. Precisou reconhecer sua carência para se igualar com as outras pessoas que eram inferiores a ele.
Várias situações da vida servem para nos ensinar a sermos mais humildes. Humildade tem a ver com aceitar humilhação. Onde há arrogância não há espaço para receber o milagre de Deus.
Você está disposto a dar um mergulho de humildade?
Deixe Deus lavar todo orgulho de sua vida!
                             
6) Mergulho da PERSEVERANÇA: “Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes...” v.14
Naamã perseverou. A cada mergulho quem sabe sua fé titubeava, a dúvida tentava assolar o seu coração, o medo de não ser curado e o pessimismo tentavam desmotivá-lo e fazê-lo parar, mas a perseverança o levou a conquistar a sua vitória.
Você tem desistido ou perseverado sobre as palavras proféticas e promessas derramadas sobre a tua vida?
Você quer dar o mergulho da perseverança em relação a esperar o namorado (a), estudar para o vestibular, passar num concurso público, conquistar um bom emprego, entrar em algum ministério, receber dons espirituais?
Persevere em nome de Jesus.

7) Mergulho da RENDIÇÃO: “...Eis que tenho conhecido em toda a terra não há Deus, senão em Israel...” v.15
Naamã não suportou e se rendeu a Deus. O general do exército sírio se dobrou diante do Senhor dos Exércitos, o Deus verdadeiro. Toda sua pompa foi por terra diante do Todo-Poderoso.
O general da Síria que só tinha como superior o rei Bem-Hadade, agora estava se dobrando diante do Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Você quer dar o mergulho da rendição e se render a Deus?
Entregue os seus problemas a Deus e seja limpo pela glória do Altíssimo.

CONCLUSÃO
Mergulhe no rio de Deus hoje e seja limpo em nome de Jesus.
Os servos de Naamã lhe motivaram a obedecer e perseverar, mas com certeza houve opositores. Houve aqueles que lhe disseram que era loucura obedecer tal ordem do profeta. Mas Naamã perseverou e conquistou a vitória.
Infelizmente, muitos de nós cristãos, começamos algo e não terminamos. Fazemos um propósito e ficamos pelo meio do caminho. Acredite, persevere e seja vitorioso em nome de Jesus.

Em Cristo,
Asp. Anderson Vieira

sábado, 27 de setembro de 2014

O Poder de uma lembrança

(I Samuel 1:1-20)

INTRODUÇÃO
A paz de Cristo। Toda mulher anseia ser mãe, ou pelo menos deveria, pois gerar um filho é algo maravilhoso. Ter filhos na cultura judaica é um sinal da benevolência de Deus e prosperidade. Pois bem, havia uma mulher dos montes de Efraim chamada “Ana”, israelita, cujo ventre era estéril. Devido a esse fato, a outra mulher de seu marido a humilhava, escarnecia e a zombava ano a ano, diz a santa palavra. Não bastasse a dor de não poder dar luz a um filho, ainda padecia humilhações. Quem sabe você cristão está sendo humilhado, menosprezado, desacreditado. Mas diz a Escritura que um dia no santuário, Ana chorou muito, orou ao Senhor e fez um voto em relação ao seu sonho de ser mãe (I Sm 1.11). Ana foi mal interpretada pelo marido, foi mal interpretada pelo sacerdote Eli, mas Deus conhecia a angústia da sua alma e do seu coração. Então, após orar, Ana recebeu uma palavra profética do sacerdote e teve a sua fisionomia transformada, seu rosto já não estava mais abatido. Na manhã seguinte ela e o marido adoraram o Senhor e voltaram para Ramá. Ana após voltar teve relações com o seu marido e a Bíblia relata que “o Senhor se lembrou de Ana”. No devido tempo todos sabemos que nasceu Samuel. O bebê tão esperado haveria de se tornar profeta e Ana ainda teve mais três filhos e duas filhas. De estéril passou a ser mãe de seis filhos.

Todo esse acontecimento é fantástico e pode nos ensinar algumas lições:



DESENVOLVIMENTO

1) A primeira delas é que Deus se lembrou de Ana. Aleluia! (Vs. 19)

a) Deus jamais esquece das nossas orações. Primeiro é importante dizer que Deus não se esquece de nada. Ele conhece o passado, o presente e o futuro. Essa expressão é uma “antropopatia”, uma figura de linguagem onde Deus para se fazer entendido, faz uso.

b) Deus já preparou tudo para te abençoar, espere no Senhor. Há quanto tempo essa mulher orava, há quanto tempo essa mulher chorava e era humilhada. Mas Deus preparou o momento exato para exaltar Ana, a hora, o dia, o ano, o lugar exato para abençoá-la. 

c) A vitória vem. E a vitória veio, não no momento de Ana, mas no momento que Deus escolheu para agir e operar o seu poder. Tenha essa certeza, suas orações não caíram no mar do esquecimento, Deus tem guardado cada uma de suas palavras e aguarda o momento exato para operar o milagre na sua vida.

2) Ana era provocada e oprimida, mas sua resposta era orar, chorar e jejuar. (Vs 7)

a) Atitude sábia diante da provação. Ana era provocada mas não dava margens para a ira, bate boca, vingança, agressão física, entre outras coisas. Sua resposta era orar, chorar e jejuar. 
b) Os humilhados serão exaltados. Ana se humilhava na presença de Deus, tributando a Ele reverência e crendo que Ele era a sua justiça. Ela compreendeu que Deus era o socorro bem presente na angústia. 

c) O Senhor é a nossa justiça. Quem sabe, eu e você no lugar de Ana teríamos revidado e feito justiça com as próprias mãos. Na verdade, muitas vezes assumimos o lugar de Deus e fazemos a justiça do nosso jeito, mesmo sabendo que a justiça humana é como um trapo de imundícia.

3) Nosso socorro vem do Senhor e Ana sabia disso.
No verso 10 vemos Ana orando ao Senhor, clamando por ajuda e misericórdia, por resposta. Ana foi falar com quem resolvia, o Deus Todo-Poderoso, o único que poderia reverter aquela situação. E pra glória de Deus, a situação foi revertida, pois Deus torna a estéril mãe de filhos.

4) Ana cumpriu com o seu voto. (Vs 24)
No verso 24 Ana cumpre seu voto e leva o pequeno Samuel para ser consagrado ao Senhor. Ana foi fiel e isso lhe rendeu mais cinco filhos. Quem é fiel no pouco, sobre o muito será colocado. Deus concedeu a Ana a alegria de ser mãe mais cinco vezes, que coisa linda. 

CONCLUSÃO
No seu devido tempo Deus abriu a madre de Ana e ela engravidou. Anos de espera, mas no devido tempo as coisas aconteceram. Tenha paciência, tenha calma, espere no Senhor.  Ler Isaías 49:14-15. Seja fiel e espere com fé. O Senhor se lembrará de ti. 

Em Cristo, 
Asp. Anderson Vieira

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Esboço Sermão – E vós, quem dizei que eu sou?

Referência Mateus 16.13-16

“E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”

INTRODUÇÃO
A paz de Cristo. “E vós, quem dizei que eu sou?”. Quem foi Jesus Cristo? Esta é uma questão que teólogos, historiadores, filósofos, homens comuns e, infelizmente, até alguns cristãos têm dificuldade em responder. 
Quem era Jesus? Era apenas um homem bom, um carpinteiro ou um filósofo que nos deixou alguns ensinamentos virtuosos para aplicarmos à nossa vida? Era apenas mais um profeta? Ele era Deus ou foi apenas uma invenção de homens que viveram acerca de dois mil anos atrás?
No texto outrora lido, Jesus perguntou aos seus discípulos quem é que as pessoas do seu tempo pensavam que ele era e a resposta foi: “Uns, João Batista, outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas”. Mas Simão Pedro, com a revelação de Deus respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
E você, quem você diz que Jesus Cristo é?
Quero lhe dizer que Jesus é a figura central da história do mundo e do cristianismo. O cristianismo é Cristo e Cristo é o cristianismo. 

Jesus Cristo é chamado de: Filho do Homem (Lc 19.10), Jesus, o Nazareno (At 2.22), O Carpinteiro (Mc 6.3), O Profeta (Mt 21.11), Jesus, filho de Davi (Mc 10.47) Cristo Jesus, homem (1 Tm 2.5), Deus (Hb 1.8), Cristo (Lc 9.20); o Primeiro e o Último, o Alfa e Ômega (Ap 1.17); o Santo (At 3.14), Senhor (At 9.17)); Filho de Deus (Mt 16.16), Senhor de todos (At 10.36), Senhor da glória (1 Co 2.8), Advogado (1 Jo 2.1), Autor da Salvação (Hb 2.10), Autor e consumador da fé (Hb 12.2), Bom Pastor (Jo 10.11), Braço do Senhor (Is 51.9), Cabeça da Igreja (Ef 1.22), Conselheiro (Is 9.6), Cordeiro (Jo 1.29), Cristo de Deus (Lc 9.20), Eleito de Deus (Is 42.1), Emanuel (Is 7.14), Estrela da Manhã (Ap 22.16), Filho Amado (Mc 1.11), Homem de Dores (Is 53.3), Imagem de Deus (2 Co 4.4), Libertador (Rm 11.26), Luz do Mundo (Jo 8.12), Mediador (1 Tm 2.5), Pão da Vida (Jo 6.35) e Messias (Jo 1.41). 
Jesus é o Messias, ou seja, aquele prometido pelos profetas e que viria libertar o povo. Aleluia.

DESENVOLVIMENTO

Para que você verdadeiramente possa responder de forma satisfatória quem é Jesus Cristo, quero te levar a meditar sobre cinco pontos acerca do Cristo, o Filho do Deus vivo: 

1 – O nascimento de Jesus foi incomparável

a) O Deus Filho, transcendente, o Verbo que era Deus se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito (Filho único) do Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo 1.14)
b) Ao nascer, Jesus Cristo submeteu-se às condições da vida humana e do corpo humano.
c) Jesus Cristo tornou-se descendente da humanidade por meio do nascimento de mulher. 
d) Jesus Cristo foi gerado pelo Espírito Santo. “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo”. (Mt 1.18)

2 - A vida de Jesus foi incomparável 

a) Ele nunca pecou nem dolo algum se achou em sua boca. 
b) Ele andou por toda parte fazendo o bem, libertando todos os oprimidos do diabo.
c) Sua mensagem foi a mensagem da graça, sua mensagem trouxe esperança.
d) Sua mensagem trouxe libertação.
e) Sua mensagem trouxe salvação.
f) Jesus pregou a verdade, mas Ele mesmo é a verdade eterna.
g) Jesus falou sobre a vida, mas Ele mesmo é a vida.
h) Jesus Cristo falou sobre libertação, mas ele é o libertador.
i) Jesus Cristo é o profeta e também é a mensagem.
j) Jesus Cristo é o sacerdote e também é o sacrifício.
k) Jesus Cristo é o servo, mas é o Rei dos reis.
l) A vida de Jesus foi um exemplo.
m) Jesus trazia esperança aos desesperançados, Ele é a esperança da glória.
n) Jesus restaurava aquilo que estava quebrado.
o) Até os demônios se prostravam e diziam que Ele era o filho do Deus vivo.
p) Os cativos eram libertos, os leprosos purificados, os coxos levantavam e andavam, os endemoniados eram libertos, os mortos ressuscitavam.
q) Jesus abraçava as crianças, tocava nos leprosos, conversava com os pecadores, dava atenção aos publicanos.
r) Jesus recebia as prostitutas, era amigo dos pecadores e publicanos.
s) Os inimigos de Jesus reconheceram que a sua vida era incomparável:
Pilatos que o condenou teve que dizer, eu não vejo neste homem crime algum;
Judas teve que dizer, eu trai sangue inocente;
A mulher de Pilatos teve que dizer: Não te envolvas com este justo;
O centurião que liderou a Crucificação de Jesus teve que dizer: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus;
Até os demônios precisavam se prostrar e dizer que Ele era o filho do Deus vivo.
t) Os que o acompanhavam diziam:
Pedro disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Tomé disse: Senhor meu e Deus meu.
João Batista disse: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
João, o apóstolo disse: Ele é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade.
u) O Pai afirmou acerca de Jesus: Este é o meu filho amado em quem me comprazo, a Ele ouvi.
v) O Espírito Santo veio para testemunhar sobre Ele.
w) Os anjos que estão no céu vão dizer digno é o Cordeiro que foi morto, e Ele é digno de receber toda honra, glória e louvor pelos séculos dos séculos.
x) Os samaritanos disseram, nós temos crido e ouvido, sabemos que é o verdadeiro Salvador do mundo. 

3 - Sua mensagem foi incomparável 

a) Ninguém falou como Ele.
b) Seus inimigos se rendiam à soberania da sua mensagem.
c) A mensagem de Jesus era singular e com autoridade: Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.
d) Ele dizia, se alguém tem sede, venha a mim e beba, quem crer em mim, como diz a Escritura, fluirão rios de água viva.
e) Sua mensagem era mensagem de salvação, quem não nascer de novo não pode ver o reino de Deus, se você não nascer da água e do espírito, você não pode entrar no reino de Deus.

4 - Sua morte foi incomparável

a) Ele morreu a nossa morte
b) Ele morreu morte de cruz
c) Sua morte foi:
Pré-determinada (planejada) At 2.23; 
Voluntária (por livre escolha, não por propulsão) Jo 10.17-18; 
Vicária (a favor de outros) 1 Pe 3.18; 
Sacrificial (como holocausto pelo pecado) 1 Co 5.7; 
Expiatória (apaziguou a ira de Deus) Gl 3.13; 
Propiciatória (cobriu o nosso pecado) 1 Jo 4.10; 
Substitutiva (em lugar de outros) 1 Pe 2.24; 
Redentora (resgatando por meio de pagamento) Gl 4.4-5.
d) A dor maior não foi no pretório romano ou no sinédrio judaico, nem na via crucis. A dor mais cruel foi quando a iniquidade de todos nós foi lançada sobre Ele. Ele sendo santo, se fez pecado, se fez maldição por nós.
e) O Pai não poupou o seu próprio filho, para nos poupar.
f) Se Jesus descesse da cruz, todos nós desceríamos ao inferno.
g) Jesus suportou a ira do Pai.

5 - A ressurreição de Jesus foi incomparável

a) Nós não adoramos um Cristo que esteve vivo e está morto, nós adoramos um Cristo que esteve morto e está vivo, Ele ressuscitou.
b) Nós adoramos o Cristo que rompeu os grilhões da morte.
c) Nós adoramos o Cristo que matou a morte com a sua morte ao ressurgir dentre os mortos.
d) Nós adoramos o Cristo que está à destra do Pai em estado glorioso e não um Cristo que está pregado num crucifixo.
e) Nós adoramos o Cristo que tem as chaves da morte e do inferno.
f) Nós adoramos o Cristo que se levantou gloriosamente como primícia dentre os mortos.
g) Nós adoramos o Cristo vencedor.
h) Nós adoramos o Cordeiro que foi morto.
i) Nós adoramos o Leão da Tribo de Judá.
j) Nós adoramos o Cristo que ressuscitou.
k) Nós adoramos o Cristo que voltou aos céus.
l) Nós adoramos o Cristo que julga o universo.
m) Nós adoramos o Cristo que há de voltar para nos buscar como igreja santa e sem mácula.

CONCLUSÃO

a) O que você diz que Cristo é? Jesus Cristo salva, liberta, cura, batiza e leva pro céu.
b) Ele pode ser o seu Salvador hoje.
c) Ele pode ser o seu Libertador hoje.
d) Ele pode te curar hoje.
e) Ele pode te batizar no e com o Espírito Santo hoje 
f) Ele pode ser o seu reconciliador hoje, caso você esteja afastado dos caminhos do Senhor.

Em Cristo,
Asp. Anderson Vieira

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Esboço Sermão – Avivamento nos cura da cegueira da vida

Referência Marcos 8.22-26

INTRODUÇÃO

A paz de Cristo. O genuíno avivamento está centrado em Cristo e na sua obra, e isso implica em abrir a nossa visão.

O que salta aos nossos olhos nesse texto de Marcos é a cuspida. Isso nos incomoda porque foge do comum. Jesus não segue uma metodologia padrão. Jesus quebra os paradigmas para operar milagres.

Muitos acreditam que a cegueira é apenas visual. A cegueira não é apenas a incapacidade de ver, a cegueira é também a incapacidade de discernir. Creio que é isso que Jesus quer nos mostrar nesse texto.

Enxergar é mais que perceber imagens, é discernir a imagem vista.

Ver homens como árvores pode ser melhor do que a cegueira, mas sem discernir é como continuar cego.

Há muita gente cega dentro da igreja. Na carta de Jesus à igreja de Laodicéia, o Senhor aconselha que eles unjam os olhos com colírio para que vejam. Ou seja, eles enxergavam, mas a sua visão estava deturpada. Estavam cegos em sua cosmovisão cristã. Eles viam a si mesmos como ricos, mas Jesus declara o seu equívoco, pois na verdade eles eram desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus.

Jesus ao curar o cego, mostra-nos que tem poder para restaurar a visão do homem.

A atitude de Jesus para com o cego de Betsaida revela o cumprimento da profecia de Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor.” (Lc 4.18-19)

Quando Jesus manda avisar a João Batista que agora os cegos veem (Mt 11.5), eu creio que Jesus estava apontando para muito mais que uma cura física, mas uma cura de natureza espiritual.

DESENVOLVIMENTO

Existem ao menos três cegueiras que estão implícitas no texto de Marcos e que precisam ser restauradas por Jesus em nossa vida.

1ª Cegueira é Direcional - Verso 23 “E, tomando o cego pela mão...”:

O cego não tem senso de direção. O cego precisa usar uma muleta para se locomover ou um cão guia. Semelhantemente é o ato de enxergar sem discernir. Mas glória a Deus que Jesus restaura a direção da vida.

Jesus nos conduz para Ele mesmo, visto que Ele é o caminho, e a verdade, e a vida. Jesus dá sentido aos nossos pés. Jesus é o logos, é a palavra, é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.

Jesus tomou o cego pela mão. Ele restaurou a cegueira do cego por inteiro. Guiou o cego nas veredas da justiça.

Somos cegos quando não sabemos para onde vamos. Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.

Quando não entendemos o sentido da vida, da nossa existência, somos cegos. Vida sem direção está com o diagnóstico da cegueira. É vazia em si mesma. Jesus quer nos curar da cegueira direcional e dar sentido à nossa existência a fim de que tenhamos não uma vida qualquer, mas uma vida em abundância.


2ª Cegueira é a Sentimental ou Emocional - Verso 24 “Vejo os homens... como árvores que andam”:

Ver as pessoas como árvores é não discernir a essência do ser humano. É não enxergá-lo na sua humanidade, alguém dotado de corpo, alma e espírito, alguém que precisa ser visto e tratado como gente e não como objeto. Infelizmente vivemos um tempo de relacionamentos descartáveis.

Preciso ver os homens como homens e dar-lhe o devido valor, porque o que tem valor não tem preço e o que tem preço não tem valor. Não posso amar as coisas mais do que amo as pessoas.

Se perguntarmos a uma mãe o preço do seu filho, ela vai nos dizer que seu filho não tem preço. Qual o preço do sacrifício de Jesus. Não tem preço, tem valor inestimável e impagável. Nem todo dinheiro dos bancos do planeta poderiam pagar por tamanho sacrifício.

Jesus restaura as sensibilidades do cego. Gente é gente.

Jesus restaura o senso de valor pelo próximo apontando para o fato de que devemos amar ao próximo como a nós mesmos.

Jesus quer nos curar da cegueira emocional para que vejamos as pessoas como elas são, humanas.


3ª Cegueira Relacional - Verso 26: “E mandou-o para sua casa”.

Não adianta querer seguir Jesus e fugir da resolução dos problemas da vida, em especial, de relacionamentos.

A nossa relação com Deus não é apenas transcendental. Vemos Deus também na relação com nossos irmãos. E devemos exalar o aroma de Cristo para as pessoas.

Devemos enxergar os perdidos assim como Jesus os vê.

Enxergue de forma correta a sua família, seus amigos, seus irmãos na fé. Volte pra sua casa assim como o cego de Betsaida. Volte para o seio familiar. Porém, veja a sua família como ela merece ser vista e se relacione de forma correta com ela. No que depender de você, tenha paz com todos os homens. (Rm 12.18)

Ame o teu próximo como a ti mesmo (Mt 22.39)

CONCLUSÃO

Se você tem estado cego ou tem visto homens como árvores, Jesus toca em sua visão. Avivamento implica em ter a visão restaurada por Jesus e enxergar a vida sob a ótica do reino de Deus, sob a ótica da eternidade.

Em Cristo,
Asp. Anderson Vieira

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Esboço Sermão – Perdão, Setenta vezes Sete

Referência Mateus 18.15-22

INTRODUÇÃO
A paz de Cristo.

·        Para Jesus, setenta vezes sete é muito mais que uma operação fundamental de aritmética, é a numerologia do perdão.

·        C. S. Lewis disse: “que é mais fácil falar sobre perdão do que perdoar”. É fácil falar sobre perdão até ter alguém para perdoar.

·        Alguém disse: “Eu amo a humanidade, o que eu não tolero são as pessoas”.

·        Rev. Hernandes Dias Lopes diz que "o perdão é o melhor remédio para a saúde emocional. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente, a alforria do coração e a cura das emoções. Perdoar não é sofrer de amnésia, e sim lembrar sem sentir dor. Perdoar é zerar a conta e não cobrar mais a dívida”.

·        Falar de perdão é falar de Deus, é falar de Jesus, é falar da graça, é falar da capacidade de oferecer aos outros uma memória sem as tatuagens do ressentimento.

·        Perdoar é deixar o outro nascer de novo na nossa história, sem as memórias que fizeram dele (a) uma desagradável lembrança.

·        Falar de perdão é falar de vida e de saúde, pois quem não perdoa, adoece, perde a humanidade e morre emocional e espiritualmente.
  
DESENVOLVIMENTO

Além disso, a falta de perdão traz consequências gravíssimas:
·        Quem não perdoa não pode orar – Marcos 11.25-26
“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas”.

·        Quem não perdoa não pode adorar – Mateus 5.23-24
Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta”.

·        Quem não perdoa não pode ser perdoado – Mateus 6.14-15
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”.

·        Quem não perdoa adoece – Tiago 5.16
Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”.

DESENVOLVIMENTO
Por que devemos PERDOAR?

1 - Porque faz parte da natureza do povo de Deus perdoar
Ser cristão é ter uma nova natureza, nova mente, nova vida e um novo coração. Um coração guiado pelo Espírito Santo de Deus é perdoador. Quem não perdoa é porque ainda não adquiriu pela fé o coração de carne e continua com o coração de pedra.
2 - Porque temos sido muito perdoados. Deus nos perdoou.
A igreja é a comunidade dos perdoados. Como Deus nos perdoou: Completamente (de tudo), eternamente (para sempre). Deus apagou, afastou, desfez, esqueceu, sepultou no fundo do mar os nossos pecados. Quando nos ajoelhamos, quando clamamos, quando suplicamos, quando dizemos: Tem piedade de mim, Senhor, Ele já perdoou toda a dívida. A dívida está paga, e paga com preço de sangue, está consumada, não há mais o que pagar, Deus cancelou todo o débito, usou de graça para comigo e para com você.
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. (1 Pedro 1.18-19)

3 – Porque as pessoas misericordiosas que exercem o perdão são felizes, pois alcançam misericórdia (Mateus 5.7).
Quando alguém houver feito alguma coisa contra você, quando alguém o tiver magoado, iludido, traído, esfaqueado psicológica e moralmente, perdoe. Se alguém bater na sua face direita, ofereça a esquerda (Mateus 5.39). Não perdoar ao próximo é tratá-lo como Deus não nos tratou. Paulo disse aos colossenses: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também”. (Colossenses 3:12-13)



4 -  Todos os que recebem o perdão de Deus têm perante Ele o compromisso perpétuo de repetir o mesmo gesto com os outros tantas vezes quantas sejam necessárias.
A parábola do credor incompassivo diz: “Então o seu Senhor, Chamou-o, disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda, porque tu pediste, tu me suplicaste; não devias tu igualmente, ou como eu fiz contigo, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?” (Mateus 18. 32-33).
Quem recebeu o perdão de Deus tem um compromisso perene, perpétuo e definitivo de perdoar tantas vezes quantas sejam necessárias e dar aos outros o mesmo perdão que Deus lhe deu.
Você recebeu graça? Você recebeu perdão? Então você está eternamente comprometido a ser uma miniatura de Deus nas relações com o seu próximo! Você está eternamente obrigado a repetir o mesmo gesto na relação com os outros, para com o próximo, na família, no trabalho, na igreja e na sociedade.

6 - Quem não perdoa coloca a si mesmo debaixo do juízo de Deus.
Ainda na parábola do credor incompassivo está escrito: “Indignando-se o Senhor, o entregou aos verdugos até que pagassem toda a dívida. E Jesus não brinca, diz: Assim também da mesma maneira, meu Pai Celeste vos fará, se no íntimo, não perdoardes cada um ao seu irmão”. (Mateus 18.34-35).
Há muitos verdugos psicológicos, existenciais, emocionais e espirituais para nos punirem já nesta vida. Quem não perdoa não será punido apenas na eternidade, é punido aqui. Quem não perdoa já está sob o poder dos verdugos aqui. Quem não perdoa fica com cancro na alma, envenena o coração e se autochicoteia pelo verdugo da consciência.

 CONCLUSÃO

1 - Perdoe a si mesmo e siga em frente.
O profeta Jeremias disse à Casa de Israel: “... porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados”. (Jeremias 31.34)
Não deixe que coisas do passado ou do presente atrapalhem o futuro grandioso que Deus tem preparado pra você. O não perdoar-se é como trancafiar-se, encarcerar-se numa prisão e jogar a chave da cela fora.

2 – Perdoe as pessoas. Perdoar não é uma escolha. Perdoar é uma ordenança divina.
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”. (Mateus 6.14-15)

3 – Perdoe sempre. Olhe para as atitudes de Jesus.
Jesus mesmo pregado numa cruz, ensanguentado e humilhado declarou: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23.34)
Jesus é de uma sabedoria incomparável, porque não deixa nada por se completar. Ele conclui com a conclusão. Ele ensina através do exemplo que perdoar é a atitude permanente, constante e ininterrupta do cristão. Perdoe. Até quantas vezes? Setenta vezes sete.

Em Cristo,
Asp. Anderson Vieira