quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Esboço Sermão – Sopra Espírito

Referência Ezequiel 37.1-14

(*Sermão adaptado do Esboço Original do Rev. Hernandes Dias Lopes)

INTRODUÇÃO

Esta visão do “vale cheio de ossos secos” foi dada a Ezequiel para assegurar aos exilados que as promessas do Senhor jamais falharão. Depois de estar fora de sua terra por tanto tempo, eles sentiam-se como ossos secos; toda sua esperança havia se esvaído. A nação de Israel estava no cativeiro babilônico e não podia levantar-se pelo seu próprio esforço. Não havia vida neles. Ou Deus se manifestava ou estariam completamente perdidos.

Só Deus poderia agir na vida da Nação de Israel e só Deus pode operar algo sobrenatural na vida da igreja através do Espírito Santo. É Deus quem nos restaura. Dele vem a nossa cura. Dele vem a nossa libertação. É Ele quem põe de pé o prostrado! O caído. Dele vem a nossa restauração.

DESENVOLVIMENTO

I. A NECESSIDADE DE RESTAURAÇÃO

1. O povo de Deus estava desprovido de vida espiritual
- O profeta Isaías ao comtemplar a condição espiritual da nação, disse: “Este povo está enfermo da cabeça aos pés”. Isaías chamou o povo ao arrependimento, mas ele não quis ouvir. “Quem creu…”
- O profeta Amós olhou para o povo e viu que o culto estava sem vida, a música era apenas um barulho estridente aos ouvidos de Deus e chamou a nação ao arrependimento, mas eles não quiseram ouvir.
- O profeta Oséias olhou a para nação e viu sua infidelidade, sua instabilidade espiritual, sua depravação moral e chamou o povo ao arrependimento, mas eles não quiseram ouvir.
- Deus mandou o profeta Miquéias e este concluiu que o povo estava enfadado de Deus. O povo não quis ouvir.
- Deus enviou o profeta Jeremias e este chorou porque o povo havia abandonado a Deus.
Deus falou mil vezes: chamou, aconselhou, exortou, mas o povo não quis ouvir. Deus chamou o povo pelo amor e este não veio. Então, Deus mandou o açoite, o chicote, a espada, o cerco do inimigo, o cativeiro. A Assíria e a Babilônia vieram e levaram o povo para o cativeiro.
- Agora, Ezequiel vê os resultados da desobediência, os frutos amargos da rebeldia. Agora estava ali um monte de ossos secos, sem vida, sem esperança. Era a maquete da desesperança, o retrato de um povo caído, com a esperança morta.
- O v. 11 diz que os ossos secos eram todas a casa de Israel. 

2. O povo de Deus estava disperso
- Havia falta de vida e também falta de comunhão. 
- O pecado separa, divide, afasta as pessoas. Eles estavam não apenas sem vigor, mas também dispersos. Há falta de comunhão. Há fissuras na comunhão. - Há muros que nos separam, feridas abertas nos relacionamentos, distância uns dos outros.

3. O povo de Deus estava como um vale de ossos secos
- Esta era a condição de Israel e a situação de muitos crentes hoje, ausência de vida, de entusiasmo, de prazer na Casa de Deus, de deleite na oração. 
- A vida abundante que Cristo oferece parece estar ausente. 
- O poder do Espírito Santo parece ser algo desconhecido. 
- Muitos crentes estão dormindo. Outros estão imitando e amando o mundo. Outros estão flertando com o pecado. Outros estão apáticos às coisas de Deus.

4. O povo de Deus manifestava sinais de morte

a) Um morto não tem apetite – Uma pessoa morta espiritualmente não tem fome e sede de Deus. Ele não tem prazer na leitura da Bíblia. O culto para ele é uma canseira. Uma pessoa morta não sente saudade de Deus, não ama a Deus, não busca em primeiro lugar as coisas lá do alto. O que a atrai são os prazeres do mundo, a fascinação da riqueza.

b) Um morto é insensível – Deus fala, chama, exorta, mas o morto espiritual não escuta. Ele não se constrange com o amor de Deus nem se abala com o fogo do inferno. 

c) Um morto não tem ação – O morto não se levanta, não trabalha para Deus, não tem tempo para Deus.

d) Um morto espiritual é onde a vida de Deus está absolutamente ausente – Um morto espiritual é como um “zumbi”, parece que tem vida, mas está morto. Israel já estava como um monte de ossos sequíssimos. Talvez haja pessoas espiritualmente mortas aqui. Estão vivas, respiram, mas estão espiritualmente mortas.

II. O AGENTE DA RESTAURAÇÃO

Deus é quem age milagrosamente levantando os mortos da sepultura espiritual
- Deus perguntou ao profeta: “Filho do homem poderão reviver esses ossos?”. Os céticos diriam: impossível. Os incrédulos diriam: Jamais! Mas Ezequiel disse: “Senhor Deus, tu o sabes”. Se Deus quiser, os mortos se levantam. Se Deus quiser o leproso fica limpo. Se Deus quiser, o paralítico anda. Se Deus quiser, o bêbado se torna sóbrio. Se Deus quiser, o drogado fica livre. SE Deus quiser, o feiticeiro corre arrependido para os braços de Jesus. 
- Deus pergunta hoje: é possível a nossa igreja receber uma poderosa restauração? É possível esta igreja ser cheia do Espírito Santo? É possível nossos pastores serem tochas acesas nas mãos do Senhor? É possível termos líderes cheios da unção do alto? É possível termos jovens santos? É possível termos famílias piedosas? É possível esta igreja ser uma igreja de oração? É possível esta igreja ser uma ganhadora de almas?
- Ezequiel respondeu: “Senhor Deus tu o sabes!” Se Deus quiser Ele inflamar esta igreja.

III. O INSTRUMENTO DA RESTAURAÇÃO

1. A Palavra de Deus
- Deus então diz: “profetiza a esses ossos: ossos secos ouvi a Palavra do Senhor” (v. 4). Deus chama os mortos pela Palavra. Não há outro instrumento. Hoje muitas igrejas têm abandonado a Palavra, têm pregado outro evangelho, têm pregado o que o povo quer ouvir. Mas se queremos ver os mortos recebendo vida, se queremos ver conversões verdadeiras, precisamos pregar a Palavra. Há poder na Palavra!
- A Palavra é o poder de Deus para a salvação. A Palavra deve ser pregada com lágrimas e no poder do Espírito.

2. O Espírito Santo
- O v. 5 diz que é quando o Espírito entra nesses ossos é que eles recebem vida.
- O v. 9 diz que quando o Espírito vem e assopra sobre os ossos secos, eles recebem vida.
- O v. 10 diz que quando o Espírito entrou neles, eles se levantaram como um exército.
- Precisamos do sopro do Espírito trazendo vida, levantando os caídos, ressuscitando os mortos espirituais.
- É o Espírito Santo quem regenera, quem convence de pecado, quem nos batiza no corpo, quem nos dá nova vida.

IV. O PROCESSO DA RESTAURAÇÃO

1. Ruído
- Houve um ruído, um barulho, uma agitação. Mas isso ainda não é vida. Restauração não é barulho, agitação, estardalhaço, gritaria, emocionalismo. 

2. Ajuntamento
- Os ossos que estavam espalhados se ajuntaram. Voltaram às suas origens. Ficaram em ordem. Mas ainda eram ossos secos, sem vida, sem fôlego.

3. Tendões e carne
- Eles agora estavam de pé. Agora tinham uma estrutura. Agora pareciam gente. Mas ainda estavam mortos. Podemos ter estrutura, doutrina, preceitos, mas ainda falta vida. Podemos ter religião, podemos frequentar a igreja, mas precisamos de vida!

4. Pele 
- Agora eles tinham aparência, beleza, formosura, mas ainda estavam mortos. Eram cadáveres. Você pode parecer filho de Deus e não estar vivo.  Os fariseus eram bonitos por fora, mas estavam mortos como túmulos caiados. É preciso mais, é preciso que o Espírito Santo nos vivifique!

5. O Espírito entrou neles e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso
- Só o Espírito pode regenerar a alma. Só o Espírito pode transformar sua vida, só o Espírito pode trazer restauração em nosso meio. Só o Espírito pode fazer jorrar rios de águas vivas dentro de nós. Só o Espírito Santo pode nos dar poder e fazer esta igreja levantar-se como um poderoso e numeroso exército!

V. OS RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO

1. Os ossos secos passaram a viver e se puseram em pé - v. 10
Deus pode nos levantar. Deus nos pode unir. Deus pode nos dar um só coração, um só propósito, para sermos nesta igreja como um exército do Senhor, a nos levantarmos em nome do Senhor, para fazer a obra do Senhor.


2. Os ossos secos saíram da sepultura existencial – v. 12-13
Não importa quão profunda seja a sepultura existencial em que você se encontra. Em que buraco existencial você se enfiou. O Espírito Santo pode quebrar o poder da morte em sua vida e fazer de você uma pessoa livre, cheia de vida!

3. Comunhão íntima e contínua com Deus 
A nossa maior recompensa é Deus. Nossa maior herança é Deus. A vida eterna é conhecer a Deus. O céu é comunhão com Deus. O Espírito nos tira da morte e nos restaura para termos comunhão com Deus. 

CONCLUSÃO
Uma experiência profunda com Deus – v. 6,13,14
- Então sabereis que eu sou o Senhor (v. 6)
- Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e fizer sair dela, ó povo meu (v. 13).
- Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor (v. 14).
- Deus quer soprar vida em nosso interior neste momento. Quer acabar com toda sequidão que tem assolado a nossa alma. O Senhor quer fazer de nós um exército poderoso.
Sopra Espírito. Sopra Senhor. Vem dos quatro ventos ó espírito e traga vida sobre nós (v.9)

Em Cristo, 
Asp. Anderson Vieira