quinta-feira, 10 de julho de 2014

Esboço Sermão – Perdão, Setenta vezes Sete

Referência Mateus 18.15-22

INTRODUÇÃO
A paz de Cristo.

·        Para Jesus, setenta vezes sete é muito mais que uma operação fundamental de aritmética, é a numerologia do perdão.

·        C. S. Lewis disse: “que é mais fácil falar sobre perdão do que perdoar”. É fácil falar sobre perdão até ter alguém para perdoar.

·        Alguém disse: “Eu amo a humanidade, o que eu não tolero são as pessoas”.

·        Rev. Hernandes Dias Lopes diz que "o perdão é o melhor remédio para a saúde emocional. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente, a alforria do coração e a cura das emoções. Perdoar não é sofrer de amnésia, e sim lembrar sem sentir dor. Perdoar é zerar a conta e não cobrar mais a dívida”.

·        Falar de perdão é falar de Deus, é falar de Jesus, é falar da graça, é falar da capacidade de oferecer aos outros uma memória sem as tatuagens do ressentimento.

·        Perdoar é deixar o outro nascer de novo na nossa história, sem as memórias que fizeram dele (a) uma desagradável lembrança.

·        Falar de perdão é falar de vida e de saúde, pois quem não perdoa, adoece, perde a humanidade e morre emocional e espiritualmente.
  
DESENVOLVIMENTO

Além disso, a falta de perdão traz consequências gravíssimas:
·        Quem não perdoa não pode orar – Marcos 11.25-26
“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas”.

·        Quem não perdoa não pode adorar – Mateus 5.23-24
Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta”.

·        Quem não perdoa não pode ser perdoado – Mateus 6.14-15
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”.

·        Quem não perdoa adoece – Tiago 5.16
Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”.

DESENVOLVIMENTO
Por que devemos PERDOAR?

1 - Porque faz parte da natureza do povo de Deus perdoar
Ser cristão é ter uma nova natureza, nova mente, nova vida e um novo coração. Um coração guiado pelo Espírito Santo de Deus é perdoador. Quem não perdoa é porque ainda não adquiriu pela fé o coração de carne e continua com o coração de pedra.
2 - Porque temos sido muito perdoados. Deus nos perdoou.
A igreja é a comunidade dos perdoados. Como Deus nos perdoou: Completamente (de tudo), eternamente (para sempre). Deus apagou, afastou, desfez, esqueceu, sepultou no fundo do mar os nossos pecados. Quando nos ajoelhamos, quando clamamos, quando suplicamos, quando dizemos: Tem piedade de mim, Senhor, Ele já perdoou toda a dívida. A dívida está paga, e paga com preço de sangue, está consumada, não há mais o que pagar, Deus cancelou todo o débito, usou de graça para comigo e para com você.
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. (1 Pedro 1.18-19)

3 – Porque as pessoas misericordiosas que exercem o perdão são felizes, pois alcançam misericórdia (Mateus 5.7).
Quando alguém houver feito alguma coisa contra você, quando alguém o tiver magoado, iludido, traído, esfaqueado psicológica e moralmente, perdoe. Se alguém bater na sua face direita, ofereça a esquerda (Mateus 5.39). Não perdoar ao próximo é tratá-lo como Deus não nos tratou. Paulo disse aos colossenses: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também”. (Colossenses 3:12-13)



4 -  Todos os que recebem o perdão de Deus têm perante Ele o compromisso perpétuo de repetir o mesmo gesto com os outros tantas vezes quantas sejam necessárias.
A parábola do credor incompassivo diz: “Então o seu Senhor, Chamou-o, disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda, porque tu pediste, tu me suplicaste; não devias tu igualmente, ou como eu fiz contigo, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?” (Mateus 18. 32-33).
Quem recebeu o perdão de Deus tem um compromisso perene, perpétuo e definitivo de perdoar tantas vezes quantas sejam necessárias e dar aos outros o mesmo perdão que Deus lhe deu.
Você recebeu graça? Você recebeu perdão? Então você está eternamente comprometido a ser uma miniatura de Deus nas relações com o seu próximo! Você está eternamente obrigado a repetir o mesmo gesto na relação com os outros, para com o próximo, na família, no trabalho, na igreja e na sociedade.

6 - Quem não perdoa coloca a si mesmo debaixo do juízo de Deus.
Ainda na parábola do credor incompassivo está escrito: “Indignando-se o Senhor, o entregou aos verdugos até que pagassem toda a dívida. E Jesus não brinca, diz: Assim também da mesma maneira, meu Pai Celeste vos fará, se no íntimo, não perdoardes cada um ao seu irmão”. (Mateus 18.34-35).
Há muitos verdugos psicológicos, existenciais, emocionais e espirituais para nos punirem já nesta vida. Quem não perdoa não será punido apenas na eternidade, é punido aqui. Quem não perdoa já está sob o poder dos verdugos aqui. Quem não perdoa fica com cancro na alma, envenena o coração e se autochicoteia pelo verdugo da consciência.

 CONCLUSÃO

1 - Perdoe a si mesmo e siga em frente.
O profeta Jeremias disse à Casa de Israel: “... porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados”. (Jeremias 31.34)
Não deixe que coisas do passado ou do presente atrapalhem o futuro grandioso que Deus tem preparado pra você. O não perdoar-se é como trancafiar-se, encarcerar-se numa prisão e jogar a chave da cela fora.

2 – Perdoe as pessoas. Perdoar não é uma escolha. Perdoar é uma ordenança divina.
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”. (Mateus 6.14-15)

3 – Perdoe sempre. Olhe para as atitudes de Jesus.
Jesus mesmo pregado numa cruz, ensanguentado e humilhado declarou: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23.34)
Jesus é de uma sabedoria incomparável, porque não deixa nada por se completar. Ele conclui com a conclusão. Ele ensina através do exemplo que perdoar é a atitude permanente, constante e ininterrupta do cristão. Perdoe. Até quantas vezes? Setenta vezes sete.

Em Cristo,
Asp. Anderson Vieira


Esboço Sermão – O “NÃO” DE DEUS (Pai)

Referência Gênesis 2.15-17

“E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela NÃO COMERÁS; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.

INTRODUÇÃO
A paz de Cristo. “Não”. Ah, essa palavrinha tão pequena é tão importante para todas as esferas de relacionamento. Sem sombra de dúvidas, o primeiro e mais importante “NÃO” da história humana foi dado por Deus a Adão, em Gênesis 2 e devido à desobediência de Adão, consequências seríssimas recaíram sobre a humanidade.
Precisamos entender antes de qualquer coisa, que Deus é o Pai, Progenitor e Criador de toda humanidade. Amém? E de acordo com João, no capítulo 1, verso 12, todos quantos receberam a Jesus, Ele mesmo, o Messias, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no seu nome. Se você crê em Jesus e entregou a sua vida a Ele, você é um filho de Deus, aleluia.
Nós somos filhos de Deus. “E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso” (2 Co 6.18). Se somos filhos, Deus é o nosso Pai. Mas que tipo de Pai Deus é? É um Pai amoroso, bondoso, misericordioso e cuidadoso. Se Deus é assim, por que temos tanta dificuldade em sujeitar-se à Sua vontade e aos “Nãos” necessários que Ele nos dá?
Quero dizer ainda nesta introdução que:
Não aceitar o não de Deus é dizer sim para o pecado;
Não aceitar o não de Deus é dizer sim para a morte física e espiritual;
Não aceitar o não de Deus é dizer sim para a atitude de desobediência de Adão e Eva.
É importante deixar claro que a nossa relação com o nosso Pai espiritual está diretamente ligada à nossa relação com o Pai terreno. NEM TODOS SOMOS PAIS, MAS TODOS NÓS SOMOS FILHOS.
Se você quer receber o sim de Deus, primeiro você precisa aprender a receber o “não”.

DESENVOLVIMENTO
Por que devo aceitar o não de Deus?

1 - “Porque Deus é Pai e nós somos seus filhos”.
a)                Todo filho deve obediência a seu Pai. – “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo”. (Ef 6.1)
b)                A razão da existência dos filhos está diretamente ligada ao Pai. Sem o Pai não haveria o Filho. – “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. (Gn 2.7)
c)                 Todo filho deve honrar seu pai. Deus estabeleceu um mandamento exclusivo com promessa para os filhos. “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”. (Ex 20.12)

2 - “Porque a bênção de Deus está na obediência”.
a)                O próprio Senhor Jesus se sujeitou em obediência ao Pai. “Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua”. (Lucas 22.42)
b)                Obedecer é melhor do que sacrificar. (1 Sm 15.22b)
c)                 A bênção de Deus está totalmente condicionada à obediência. – “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”. (Dt 30.19)
d)                Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Rm 6.23)

3 - “Porque Deus na sua onisciência sabe o que é melhor para a nossa vida”.
a)                A vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. (Rm 12.2) – Se a vontade de Deus é perfeita e Deus está me dizendo não, é porque se fosse pra ser sim, seria...Amém?
b)                Os caminhos de Deus são mais elevados que os nossos. – “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. (Is 55.9)
c)                 Todas as vezes que dizemos sim para aquilo que Deus diz não, saímos do centro da sua vontade e desobedecemos a sua palavra, saímos da luz em direção às trevas. “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”. (Sl 119.105)

4 - “Porque Deus me ama”.
a)                Um amor imensurável – O amor de Deus ultrapassa a altura, profundidade, largura e espessura, de modo que nada pode nos separar do Seu amor. (Rm 8.39)
b)                Um amor indescritível – O amor de Deus ultrapassa todas as barreiras do pensamento humano, o que torna impossível descrevê-lo.
c)                 Um amor incondicional – O amor de Deus é o Agápe divino; é um tipo de amor que só Deus possui. Os gregos dispõem de quatro palavras traduzidas pela palavra portuguesa “amor”. A primeira palavra grega é Éros, e refere-se ao amor romântico — o amor entre os sexos. A segunda é Storgé, amor entre os membros da família. A terceira é Filía, referindo-se à afeição sentida por amigos. E a quarta é Agápe, um amor baseado em princípios divinos, ao invés de nas emoções ou egoísmo. É o único amor capaz de dar a vida eterna.

CONCLUSÃO
·        Melhor é o não de um Pai que um sim de alguém que só trará danos para a nossa vida. É tempo de reconciliação entre pais e filhos, filhos e pais.
·        Fazendo referência a João Batista, Malaquias predisse: “E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”. (Ml 4:6)
·        Melhor é o não de Deus, que o sim do Diabo.
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Em Cristo,

Asp. Anderson Vieira